Plano de leitura da Bíblia em 100 dias - 7
Texto(s) da Bíblia
- Lucas 13
Naquela mesma ocasião, estavam ali algumas pessoas que falaram para Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos havia misturado com os sacrifícios que os mesmos realizavam. Então Jesus lhes disse: — Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Digo a vocês que não eram; se, porém, não se arrependerem, todos vocês também perecerão. E, quanto àqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou, vocês pensam que eles eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? Digo a vocês que não eram; mas, se não se arrependerem, todos vocês também perecerão. E Jesus contou a seguinte parábola: — Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Então disse ao homem que cuidava da vinha: “Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não encontro nada. Portanto, corte-a! Por que ela ainda está ocupando inutilmente a terra?” Mas o homem que cuidava da vinha respondeu: “Senhor, deixe-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e ponha estrume. Se vier a dar fruto, muito bem. Se não der fruto, o senhor poderá cortá-la.” Num sábado, Jesus estava ensinando numa das sinagogas. E chegou ali uma mulher possuída de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; ela andava encurvada, sem poder se endireitar de modo nenhum. Ao vê-la, Jesus a chamou e lhe disse: — Mulher, você está livre da sua enfermidade. E, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus. O chefe da sinagoga, indignado por ver que Jesus curava no sábado, disse à multidão: — Há seis dias em que se deve trabalhar. Venham nesses dias para serem curados, mas não no sábado. Porém o Senhor lhe respondeu: — Hipócritas! Cada um de vocês não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber? Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos? Tendo Jesus dito estas palavras, todos os seus adversários ficaram envergonhados. Entretanto, o povo se alegrava por todos os feitos gloriosos que Jesus realizava. Jesus disse: — A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei? É semelhante a um grão de mostarda, que um homem plantou na sua horta; e cresceu e fez-se árvore; e as aves do céu se aninharam nos seus ramos. Disse mais: — A que compararei o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher pegou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado. Jesus passava por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém lhe perguntou: — Senhor, são poucos os que são salvos? Jesus respondeu: — Esforcem-se por entrar pela porta estreita! Pois eu afirmo a vocês que muitos procurarão entrar, mas não conseguirão. Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vocês, do lado de fora, começarem a bater, dizendo: “Senhor, abra a porta para nós”, ele responderá: “Não sei de onde vocês são.” Então vocês dirão: “Comíamos e bebíamos com o senhor. Além disso, o senhor ensinava em nossas ruas.” Mas ele dirá a vocês: “Não sei de onde vocês são; afastem-se de mim, vocês todos que praticam o mal.” Ali haverá choro e ranger de dentes, quando vocês virem Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, mas vocês lançados fora. Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. Porém, de fato, há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos. Naquela mesma hora, alguns fariseus vieram para dizer a Jesus: — Vá embora daqui, porque Herodes quer matá-lo. Ele, porém, lhes respondeu: — Vão e digam a essa raposa que hoje e amanhã expulso demônios e curo doentes, e no terceiro dia terminarei. Porém, preciso caminhar hoje, amanhã e depois, porque não se espera que um profeta morra fora de Jerusalém. — Jerusalém, Jerusalém! Você mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, mas vocês não quiseram! Eis que a casa de vocês ficará deserta. E eu afirmo a vocês que não me verão mais, até que venham a dizer: “Bendito o que vem em nome do Senhor!”
- Lucas 14
Num sábado, ao entrar Jesus na casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição, eles o estavam observando. E eis que diante dele se achava um homem hidrópico. Então Jesus, dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos fariseus, perguntou: — É ou não é lícito curar no sábado? Eles, porém, não disseram nada. Então Jesus pegou na mão daquele homem, curou-o e o mandou embora. A seguir, Jesus lhes perguntou: — Quem de vocês, se o filho ou o boi cair num poço, não irá tirá-lo imediatamente, mesmo em dia de sábado? A isto nada puderam responder. Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus contou-lhes uma parábola: — Quando alguém convidá-lo para um casamento, não sente no lugar de honra, pois pode haver um convidado mais importante do que você. Então aquele que convidou os dois dirá a você: “Dê o lugar a este aqui.” Então você irá, envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando alguém convidá-lo, vá sentar no último lugar, para que, quando vier aquele que o convidou, diga a você: “Amigo, venha sentar num lugar melhor.” Isso será uma honra para você diante de todos os demais convidados. Porque todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado. Depois Jesus disse ao que o havia convidado: — Quando você der um jantar ou uma ceia, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os vizinhos ricos; para não acontecer que eles retribuam o convite e você seja recompensado. Pelo contrário, ao dar um banquete, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos, e você será bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensá-lo. A sua recompensa você receberá na ressurreição dos justos. Ao ouvir tais palavras, um dos que estavam à mesa com Jesus lhe disse: — Bem-aventurado aquele que participar do banquete no Reino de Deus. Jesus, porém, respondeu: — Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos. À hora da ceia, enviou o seu servo para avisar aos convidados: “Venham, porque tudo já está preparado.” Mas todos eles, um por um, começaram a apresentar desculpas. O primeiro disse: “Comprei um campo e preciso ir vê-lo; peço que me desculpe.” Outro disse: “Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; peço que me desculpe.” E outro disse: “Casei-me e, por isso, não posso ir.” — O servo voltou e contou tudo ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse ao seu servo: “Saia depressa para as ruas e becos da cidade e traga para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.” Mais tarde, o servo lhe disse: “Patrão, já fiz o que o senhor mandou, e ainda há lugar.” Então o senhor disse ao servo: “Saia pelos caminhos e atalhos e obrigue todos a entrar, para que a minha casa fique cheia. Porque digo a vocês que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.” Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: — Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Pois qual de vocês, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não acontecer que, tendo lançado os alicerces e não podendo terminar a construção, todos os que a virem zombem dele, dizendo: “Este homem começou a construir e não pôde acabar.” Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz. Assim, pois, qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo. — O sal é certamente bom; mas, se o sal se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Não presta mais nem para a terra nem para o monte de estrume; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
- Gênesis 26
Sobreveio fome à terra, assim como tinha acontecido nos dias de Abraão. Então Isaque foi a Gerar, encontrar-se com Abimeleque, rei dos filisteus. O Senhor apareceu a Isaque e lhe disse: — Não desça ao Egito, mas fique na terra que eu lhe indicar. Habite nela, e estarei com você e o abençoarei. Porque a você e à sua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, o seu pai. Multiplicarei a sua descendência como as estrelas dos céus e a ela darei todas estas terras. Na sua descendência serão benditas todas as nações da terra, porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandamentos, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Isaque, pois, ficou em Gerar. Quando os homens daquele lugar perguntaram a respeito de sua mulher, ele disse: “É minha irmã.” Ele tinha medo de dizer: “É minha mulher”, porque pensava assim: “Os homens do lugar me matarão por causa de Rebeca, porque ela é muito bonita.” Depois que Isaque havia permanecido ali por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela e viu que Isaque acariciava Rebeca, sua mulher. Então Abimeleque chamou Isaque e lhe disse: — É evidente que ela é a sua mulher! Como é que você disse que ela era a sua irmã? Isaque respondeu: — É que eu pensei que poderiam me matar por causa dela. Então Abimeleque disse: — O que é isso que você fez conosco? Facilmente alguém do povo poderia ter se deitado com a sua mulher, e você teria trazido culpa sobre nós. Então Abimeleque deu esta ordem a todo o povo: — Quem tocar neste homem ou na sua mulher certamente morrerá. Isaque semeou naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cem por um, porque o Senhor o abençoava. Ele enriqueceu, continuou prosperando, ficou riquíssimo. Tinha ovelhas e bois e grande número de servos, de maneira que os filisteus tinham inveja dele. E, por isso, lhe entulharam todos os poços que os servos de seu pai haviam cavado, nos dias de Abraão, enchendo-os de terra. Abimeleque disse a Isaque: — Saia da nossa terra, porque você já é muito mais poderoso do que nós. Então Isaque saiu dali e se acampou no vale de Gerar, onde ficou morando. Isaque tornou a abrir os poços que haviam sido cavados nos dias de Abraão, seu pai, porque os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abraão, e lhes deu os mesmos nomes que o seu pai já lhes tinha dado. Os servos de Isaque cavaram no vale e acharam um poço de água nascente. Mas os pastores de Gerar entraram em conflito com os pastores de Isaque, dizendo: — Esta água é nossa! Por isso, Isaque chamou o poço de Eseque, porque entraram em conflito com ele. Então cavaram outro poço e também por causa desse houve conflito. Por isso, recebeu o nome de Sitna. Partindo dali, Isaque cavou ainda outro poço. E, como por esse não houve conflito, deu-lhe o nome de Reobote. Ele disse: — Porque agora o Senhor abriu espaço para nós e vamos prosperar nesta terra. Dali Isaque foi para Berseba. Na mesma noite, o Senhor lhe apareceu e disse: — Eu sou o Deus de seu pai Abraão. Não tenha medo, porque eu estou com você. Eu o abençoarei e multiplicarei a sua descendência por amor de Abraão, meu servo. Então Isaque levantou ali um altar e, tendo invocado o nome do Senhor, armou a sua tenda; e os servos de Isaque abriram ali um poço. Abimeleque, seu amigo Austate e Ficol, comandante do seu exército, saíram de Gerar para encontrar Isaque. Isaque perguntou: — Por que vocês vieram à minha presença, se me odeiam e me expulsaram do meio de vocês? Eles responderam: — Vimos claramente que o Senhor está com você. Então pensamos que seria bom se houvesse um juramento entre nós e você. Queremos fazer uma aliança com você. Você jura que não nos fará mal, assim como nós também não fizemos nenhum mal a você, mas fizemos somente o bem e o deixamos ir em paz. Você é agora o abençoado do Senhor. Então Isaque lhes deu um banquete, e comeram e beberam. Levantando-se de madrugada, juraram de parte a parte. Isaque os despediu, e eles se foram em paz. Nesse mesmo dia, vieram os servos de Isaque e, dando-lhe notícia do poço que tinham cavado, lhe disseram: — Achamos água. Ao poço, Isaque deu o nome de Seba. Por isso, Berseba é o nome daquela cidade até o dia de hoje. Quando Esaú tinha quarenta anos de idade, tomou por esposa Judite, filha de Beeri, heteu, e Basemate, filha de Elom, heteu. Essas duas se tornaram amargura de espírito para Isaque e para Rebeca.
- Gênesis 27
Quando Isaque envelheceu e os seus olhos se enfraqueceram, a ponto de não mais poder ver, chamou Esaú, seu filho mais velho, e lhe disse: — Meu filho! Esaú respondeu: — Aqui estou! O pai lhe disse: — Estou velho e não sei o dia da minha morte. Pegue agora as suas armas, a sua aljava e o seu arco, vá ao campo e apanhe para mim alguma caça. Faça uma comida saborosa, como eu aprecio, e traga aqui para mim, para que eu coma e abençoe você antes que eu morra. Rebeca esteve escutando enquanto Isaque falava com Esaú, seu filho. E Esaú foi ao campo para apanhar a caça e trazê-la. Então Rebeca disse a Jacó, seu filho: — Ouvi seu pai falar com Esaú, o seu irmão. Ele disse: “Traga uma caça e faça uma comida saborosa para mim, para que eu coma e o abençoe na presença do Senhor, antes que eu morra.” Agora, meu filho, escute as minhas palavras e faça o que lhe ordeno. Vá ao rebanho e traga-me dois bons cabritos. Deles farei uma saborosa comida para o seu pai, como ele aprecia. Você a levará ao seu pai, para que a coma e o abençoe, antes que ele morra. Mas Jacó disse a Rebeca, sua mãe: — Esaú, meu irmão, é um homem peludo, e eu sou um homem de pele lisa. Se o meu pai me apalpar, passarei a ser visto por ele como zombador e trarei sobre mim maldição e não bênção. A mãe respondeu: — Caia sobre mim essa maldição, meu filho. Faça somente o que eu digo: vá e traga os cabritos para mim. Ele foi, pegou os cabritos e os trouxe a sua mãe, que fez uma saborosa comida, como o pai dele apreciava. Depois, Rebeca pegou a melhor roupa de Esaú, seu filho mais velho, roupa que tinha consigo em casa, e vestiu Jacó, seu filho mais novo. Com a pele dos cabritos cobriu-lhe as mãos e a lisura do pescoço. Então entregou a Jacó, seu filho, a comida saborosa e o pão que havia preparado. Jacó foi a seu pai e disse: — Meu pai! Ele respondeu: — Fale! Quem é você, meu filho? Jacó respondeu a seu pai: — Sou Esaú, seu filho primogênito. Fiz o que o senhor ordenou. Levante-se, por favor; sente-se e coma da minha caça, para que depois o senhor me abençoe. Isaque perguntou a seu filho: — Como foi que você conseguiu achar a caça tão depressa, meu filho? Ele respondeu: — Porque o Senhor, seu Deus, a mandou ao meu encontro. Então Isaque disse a Jacó: — Chegue mais perto, para que eu o apalpe, meu filho, e veja se você é meu filho Esaú ou não. Jacó se aproximou de Isaque, seu pai, que o apalpou e disse: — A voz é de Jacó, mas as mãos são de Esaú. E não o reconheceu, porque as mãos realmente estavam peludas como as de seu irmão Esaú. E o abençoou. Então perguntou: — Você é mesmo o meu filho Esaú? Ele respondeu: — Eu sou. Então disse: — Traga isso para perto de mim, para que eu coma da caça de meu filho e o abençoe. Jacó a levou até ele e o pai comeu. Trouxe-lhe também vinho, e ele bebeu. Então Isaque, seu pai, lhe disse: — Venha cá e me dê um beijo, meu filho. Ele se aproximou e o beijou. Então o pai aspirou o cheiro da roupa dele e o abençoou. Ele disse: “Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou; Deus lhe dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de vinho. Que povos sirvam você, e nações o reverenciem. Que você seja senhor de seus irmãos, e os filhos de sua mãe se curvem diante de você. Maldito seja quem o amaldiçoar, e bendito quem o abençoar.” E aconteceu que, depois que Isaque abençoou Jacó e este tinha acabado de sair da presença de seu pai, chegou Esaú, seu irmão, vindo da sua caçada. Ele também fez uma comida saborosa e a levou ao seu pai. E lhe disse: — Levante-se, meu pai, e coma da caça de seu filho, para que o senhor me abençoe. Então Isaque, o pai dele, perguntou: — Quem é você? Ele respondeu: — Sou o seu filho, o seu primogênito; sou Esaú. Isaque estremeceu, sentindo uma violenta comoção. E disse: — Mas então quem foi aquele que apanhou a caça e trouxe para mim? Eu comi tudo, antes que você chegasse, e o abençoei, e ele será abençoado. Ao ouvir tais palavras de seu pai, Esaú deu um grito cheio de amargura e disse: — Abençoe também a mim, meu pai! Mas Isaque respondeu: — Seu irmão veio e, com astúcia, tomou a bênção que era sua. Esaú disse: — Não é com razão que ele se chama Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora tomou a bênção que era minha. E perguntou: — Então o senhor não reservou nenhuma bênção para mim? Isaque respondeu a Esaú: — Eis que o constituí senhor sobre você, e fiz com que todos os parentes sejam servos dele; de trigo e de vinho o supri. Assim, o que posso fazer por você, meu filho? Esaú disse a seu pai: — Será que o senhor, meu pai, tem somente uma bênção? Abençoe também a mim, meu pai. E, levantando Esaú a voz, chorou. Então Isaque, seu pai, disse: “Sua habitação será longe dos lugares férteis da terra, longe do orvalho que cai do alto. Você viverá da sua espada e servirá o seu irmão; quando, porém, você se libertar, sacudirá do seu pescoço o jugo dele.” Esaú passou a odiar Jacó por causa da bênção com que seu pai o tinha abençoado. E disse em seu íntimo: — Os dias de luto por meu pai se aproximam; então matarei meu irmão Jacó. Chegaram aos ouvidos de Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho. Então ela mandou chamar Jacó, seu filho mais moço, e lhe disse: — Eis que o seu irmão Esaú se consola fazendo planos para matá-lo. Agora, pois, meu filho, ouça bem o que vou dizer: levante-se e fuja para a casa de Labão, meu irmão, em Harã. Fique com ele alguns dias, até que passe o furor de seu irmão, e cesse o rancor dele contra você, e se esqueça do que você lhe fez. Quando isso acontecer, enviarei alguém para trazer você de volta. Não posso perder os meus dois filhos num só dia! Então Rebeca disse a Isaque: — Estou aborrecida da vida por causa das filhas de Hete. Se Jacó tomar esposa dentre as filhas de Hete, tais como estas, as filhas desta terra, de que me servirá a vida?
- Salmos 19
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som. No entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras chegam até os confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, que é como um noivo que sai dos seus aposentos, e se alegra como um herói a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até a outra vai o seu percurso; e nada pode se esconder do seu calor. A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar há grande recompensa. Quem há que possa discernir as suas próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo; que ela não me domine. Então serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!
- Salmos 21
Na tua força, Senhor, o rei se alegra! E como exulta com a tua salvação! Tu lhe satisfizeste o desejo do coração e não lhe negaste as súplicas dos seus lábios. Pois o supres das bênçãos de bondade; e lhe pões na cabeça uma coroa de ouro puro. Ele te pediu vida, e tu lhe deste; sim, longevidade para todo o sempre. Grande é a glória dele por causa da tua salvação; de esplendor e majestade o cobriste. Pois o puseste por bênção para sempre e o encheste de alegria com a tua presença. O rei confia no Senhor e pela misericórdia do Altíssimo jamais vacilará. A mão dele alcançará todos os seus inimigos, a sua mão direita apanhará os que o odeiam. Tu os farás como uma fornalha ardente, quando te manifestares; o Senhor, na sua indignação, os consumirá, o fogo os devorará. Destruirás da terra a sua posteridade e a sua descendência, de entre os filhos dos homens. Se contra ti planejarem o mal e armarem ciladas, não obterão êxito; porque tu os porás em fuga e mirarás o rosto deles com o teu arco. Exalta-te, Senhor, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o teu poder.