Plano de leitura da Bíblia – dia 179
Texto(s) da Bíblia
- Marcos 9:2-50
Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou, em particular, a sós, a um alto monte. E Jesus foi transfigurado diante deles. As suas roupas se tornaram resplandecentes, de um branco muito intenso, como nenhum lavandeiro no mundo as poderia alvejar. E lhes apareceu Elias com Moisés, e estavam falando com Jesus. Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: — Mestre, bom é estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias. Pois não sabia o que dizer, por estarem eles apavorados. A seguir, veio uma nuvem que os envolveu; e dela veio uma voz que dizia: — Este é o meu Filho amado; escutem o que ele diz! E, de repente, olhando ao redor, não viram mais ninguém com eles, a não ser Jesus. Ao descerem do monte, Jesus lhes ordenou que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros o que seria esse ressuscitar dentre os mortos. Então perguntaram a Jesus: — Por que os escribas dizem ser necessário que Elias venha primeiro? Jesus respondeu: — Elias, vindo primeiro, restaurará todas as coisas. Como, então, está escrito sobre o Filho do Homem que sofrerá muito e será desprezado? Eu, porém, lhes digo que Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, como está escrito a respeito dele. Quando eles se aproximaram dos outros discípulos, viram numerosa multidão ao redor deles e os escribas discutindo com eles. E logo toda a multidão, ao ver Jesus, ficou surpresa e, correndo até ele, o saudava. Então Jesus perguntou: — O que é que vocês estão discutindo com eles? E um, do meio da multidão, respondeu: — Mestre, eu trouxe até o senhor o meu filho, que está possuído de um espírito mudo; e este, sempre que se apossa dele, lança-o por terra, e ele espuma, range os dentes e vai definhando. Pedi aos seus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam. Então Jesus exclamou: — Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei de suportá-los? Tragam o menino até aqui. E eles o trouxeram. Quando ele viu Jesus, o espírito imediatamente agitou o menino com violência, e, caindo ele por terra, revolvia-se espumando. Jesus perguntou ao pai do menino: — Há quanto tempo isso está acontecendo com ele? O pai respondeu: — Desde a infância; e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar. Mas, se o senhor pode fazer alguma coisa, tenha compaixão de nós e ajude-nos. Ao que Jesus respondeu: — “Se o senhor pode”? Tudo é possível ao que crê. E imediatamente o pai do menino exclamou: — Eu creio! Ajude-me na minha falta de fé! Vendo Jesus que muita gente estava se reunindo, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: — Espírito mudo e surdo, eu ordeno a você: Saia deste menino e nunca mais entre nele. E ele, gritando e agitando-o muito, saiu, deixando-o como se estivesse morto, a ponto de muitos dizerem: — Morreu. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou. Quando Jesus entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular: — Por que nós não pudemos expulsá-lo? Jesus respondeu: — Esse tipo de espírito só pode ser expulso por meio de oração. E, tendo saído dali, passavam pela Galileia, e Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: — O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e estes o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará. Eles, porém, não compreendiam isto e tinham medo de perguntar. Chegaram, então, a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou aos discípulos: — Sobre o que vocês estavam discutindo no caminho? Mas eles se calaram, porque, no caminho, tinham discutido entre si sobre quem era o maior. E Jesus, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: — Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos. Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, disse-lhes: — Quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, recebe a mim; e quem receber a mim, não é a mim que recebe, mas aquele que me enviou. João disse a Jesus: — Mestre, vimos um homem que expulsava demônios em seu nome, mas nós o proibimos de fazer isso, porque não nos seguia. Mas Jesus respondeu: — Não o proíbam, porque não há ninguém que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é a favor de nós. Pois aquele que lhes der de beber um copo de água, em meu nome, porque vocês são de Cristo, em verdade lhes digo que de modo nenhum perderá a sua recompensa. — E, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, seria melhor para esse que uma grande pedra de moinho fosse pendurada ao seu pescoço e fosse jogado no mar. E, se a sua mão leva você a tropeçar, corte-a; pois é melhor você entrar aleijado na vida do que, tendo as duas mãos, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se o seu pé leva você a tropeçar, corte-o; pois é melhor você entrar na vida aleijado do que, tendo os dois pés, ser lançado no inferno [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se um dos seus olhos leva você a tropeçar, arranque-o; pois é melhor você entrar no Reino de Deus com um olho só do que, tendo os dois, ser lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. — Porque cada um será salgado com fogo. O sal é bom; mas, se o sal vier a se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Tenham sal em vocês mesmos e paz uns com os outros.
- 2Samuel 22
Davi falou ao Senhor as palavras deste cântico, no dia em que o Senhor o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Ele disse: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu alto refúgio. Ó Deus, tu me salvas da violência. Invoco o Senhor, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos.” “Porque ondas de morte me cercaram, torrentes de perdição me impuseram terror. Cadeias infernais me envolveram, e tramas de morte me surpreenderam.” “Na minha angústia, invoquei o Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos. Então a terra se abalou e tremeu; vacilaram também os fundamentos dos céus e se abalaram, porque ele estava irado. Das suas narinas subiu fumaça, e fogo devorador saiu da sua boca; dele saíram brasas ardentes. Ele baixou os céus e desceu, e teve sob os pés densa escuridão. Cavalgava um querubim e voou; foi levado sobre as asas do vento. Por abrigo pôs ao redor de si trevas, ajuntamento de águas, nuvens dos céus. Do resplendor que diante dele havia, brasas de fogo se acenderam. O Senhor trovejou desde os céus; o Altíssimo levantou a sua voz. Atirou as suas flechas e espalhou os meus inimigos; multiplicou os seus raios e os dispersou. Então se viu o leito do mar, e se descobriram os fundamentos do mundo, pela repreensão do Senhor, pelo sopro irado das suas narinas.” “Do alto o Senhor me estendeu a mão e me segurou; ele me tirou das águas profundas. Livrou-me de forte inimigo e dos que me odiavam, pois eram mais poderosos do que eu. Eles me atacaram no dia da minha calamidade, mas o Senhor me serviu de amparo. Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim.” “O Senhor me retribuiu segundo a minha justiça; recompensou-me conforme a pureza das minhas mãos. Pois tenho guardado os caminhos do Senhor e não me afastei perversamente do meu Deus. Porque todos os seus juízos estão diante de mim, e não rejeitei os seus preceitos. Também fui íntegro para com ele e me guardei da iniquidade. Por isso, o Senhor me retribuiu segundo a minha justiça, conforme a minha pureza, na sua presença.” “Para com quem é fiel, fiel te mostras; com o íntegro, também íntegro. Com o puro, puro te mostras; com o perverso, inflexível. Tu salvas o povo humilde, mas, com um lance de vista, abates os orgulhosos. Tu, Senhor, és a minha lâmpada; o Senhor derrama luz nas minhas trevas. Pois contigo posso atacar exércitos, com o meu Deus salto muralhas. O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é confiável; ele é escudo para todos os que nele se refugiam.” “Pois quem é Deus além do Senhor? E quem é rochedo, a não ser o nosso Deus? Deus é a minha fortaleza e a minha força e ele aperfeiçoa o meu caminho. Ele deu aos meus pés a ligeireza das corças e me firmou nas minhas alturas. Ele treinou as minhas mãos para o combate, tanto que os meus braços vergaram um arco de bronze. Também me deste o escudo da tua salvação, e a tua clemência me engrandeceu. Alargaste o caminho sob meus passos, e os meus pés não vacilaram. Persegui os meus inimigos e os derrotei, e só voltei depois de ter acabado com eles. Acabei com eles, esmagando-os a tal ponto, que não puderam se levantar; caíram sob os meus pés. Pois me cingiste de força para o combate e me submeteste os que se levantaram contra mim. Também puseste em fuga os meus inimigos, e os que me odiavam, eu os exterminei. Olharam, mas não houve quem os salvasse; olharam para o Senhor, mas ele não respondeu. Então os moí como o pó da terra; esmaguei-os e, como a lama das ruas, os amassei.” “Dos conflitos do meu povo me livraste e me fizeste cabeça das nações; um povo que eu não conhecia me serviu. Os estrangeiros se mostram submissos a mim; bastou-lhes ouvir a minha voz, logo me obedeceram. Os estrangeiros fraquejaram e, tremendo, saíram das suas fortalezas.” “O Senhor vive! Bendita seja a minha rocha! Exaltado seja o meu Deus, a rocha da minha salvação! O Deus que por mim tomou vingança e me submeteu povos; o Deus que me tirou do meio dos meus inimigos; sim, tu que me exaltaste acima dos meus adversários e me livraste dos homens violentos.” “Por isso, eu te glorificarei entre os gentios, ó Senhor, e cantarei louvores ao teu nome. É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de misericórdia para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade, para sempre.”
- Oseias 2:2-23
Os filhos de Judá e os filhos de Israel serão reunidos, e constituirão sobre si uma só cabeça. Eles se levantarão da terra, porque grande será o dia de Jezreel. Chamem seus irmãos de Ami, e suas irmãs de Ruamá. “Acusem a mãe de vocês, acusem-na, porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido. Que ela afaste as suas prostituições de sua presença e os seus adultérios de entre os seus seios. Do contrário, eu a deixarei sem roupa e nua como no dia em que nasceu. Eu a tornarei semelhante a um deserto, a uma terra seca, e deixarei que morra de sede. E não terei compaixão de seus filhos, porque são filhos de uma prostituta. Pois a mãe deles se prostituiu; aquela que os concebeu agiu de forma vergonhosa. Porque disse: ‘Irei atrás dos meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu azeite e as minhas bebidas.’” “Portanto, eis que cercarei o seu caminho com espinhos e levantarei um muro contra ela, para que ela não ache as suas veredas. Ela correrá atrás dos seus amantes, mas não os alcançará; irá procurá-los, mas não os encontrará. Então dirá: ‘Vou voltar para o meu primeiro marido, porque a minha vida era melhor naquele tempo do que agora.’ Ela não reconheceu que fui eu que lhe dei o trigo, o vinho e o azeite; fui eu que lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal. Portanto, farei com que, no devido tempo, ela devolva o meu trigo e o meu vinho. Tirarei dela a minha lã e o meu linho, que deviam cobrir a sua nudez. Agora descobrirei as suas vergonhas aos olhos dos seus amantes, e ninguém a livrará da minha mão. Farei cessar toda a sua alegria, as suas festas, as Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades. Devastarei as suas videiras e as suas figueiras, das quais ela diz: ‘Este é o pagamento que recebi dos meus amantes.’ Farei com que virem mato, e os animais selvagens as devorarão. Eu a castigarei pelos dias dos baalins, nos quais lhes queimou incenso, e se enfeitou com os seus pendentes e com as suas joias, e andou atrás de seus amantes, mas de mim se esqueceu”, diz o Senhor. “Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E ali eu lhe devolverei as suas vinhas e farei do vale de Acor uma porta de esperança. Ali ela me responderá como nos dias da sua mocidade e como no dia em que saiu da terra do Egito. Naquele dia”, diz o Senhor, “ela me chamará de ‘Meu Marido’, e não me chamará mais de ‘Meu Baal’. Removerei da sua boca os nomes dos baalins, e ela não mais se lembrará desses nomes. Naquele dia, farei a favor dela uma aliança com os animais selvagens, com as aves do céu e com os animais que rastejam sobre a terra. Tirarei da terra o arco, a espada e a guerra e farei com que o meu povo repouse em segurança. Farei de você a minha esposa para sempre. Farei de você a minha esposa em justiça, em juízo, em bondade e em misericórdia. Farei de você a minha esposa em fidelidade, e você conhecerá o Senhor.” “Naquele dia, eu responderei”, diz o Senhor, “responderei aos céus, e estes responderão à terra;