Plano de leitura da Bíblia – dia 173
Texto(s) da Bíblia
- Marcos 6:1-29
Tendo saído dali, Jesus foi para a sua terra, e os seus discípulos o acompanharam. Chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: — De onde lhe vem tudo isso? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não vivem aqui entre nós? E escandalizavam-se por causa dele. Jesus, porém, lhes disse: — Nenhum profeta é desprezado, a não ser na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. Não pôde fazer ali nenhum milagre, a não ser curar uns poucos doentes, impondo-lhes as mãos. E admirava-se da incredulidade deles. Jesus percorria as aldeias vizinhas, ensinando. Chamou os doze e passou a enviá-los de dois em dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Ordenou-lhes que não levassem nada para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro; e que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas. E recomendou-lhes: — Quando vocês entrarem numa casa, fiquem ali até saírem daquele lugar. Se em algum lugar não quiserem recebê-los nem ouvi-los, ao saírem dali sacudam o pó dos pés, em testemunho contra eles. Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo. Isto chegou aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus havia se tornado conhecido. E alguns diziam: “João Batista ressuscitou dentre os mortos e, por isso, forças miraculosas operam nele.” Outros diziam: “É Elias.” Ainda outros diziam: “É profeta como um dos antigos profetas.” Herodes, porém, ouvindo isto, disse: — É João, a quem eu mandei decapitar, que ressuscitou. Porque o próprio Herodes havia mandado prender João e amarrá-lo na prisão, por causa de Herodias, mulher do seu irmão Filipe, com a qual Herodes havia casado. Pois João lhe dizia: “Você não tem o direito de viver com a mulher do seu irmão.” Herodias odiava João Batista e queria matá-lo, mas não conseguia fazer isso. Porque Herodes temia João, sabendo que era homem justo e santo, e o mantinha em segurança. E, quando o ouvia, ficava perplexo, embora gostasse de escutá-lo. Chegando uma ocasião favorável, em que Herodes, no dia do seu aniversário, deu um banquete às autoridades, aos oficiais militares e às pessoas importantes da Galileia, a filha de Herodias entrou no salão e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convidados. Então o rei disse à jovem: — Peça o que quiser, e eu lhe darei. E fez este juramento: — O que você me pedir eu lhe darei, mesmo que seja a metade do meu reino. Ela saiu e foi perguntar à mãe: — O que pedirei? A mãe respondeu: — A cabeça de João Batista. No mesmo instante, voltando apressadamente para junto do rei, disse: — Quero que, sem demora, o senhor me dê num prato a cabeça de João Batista. O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não quis negar o pedido da jovem. E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi e o decapitou na prisão, e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem, e esta, por sua vez, a entregou à sua mãe. Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram o corpo dele e o colocaram num túmulo.
- 2Samuel 15
Depois disso, Absalão arranjou uma carruagem, cavalos e cinquenta homens que corressem na sua frente. Ele se levantava cedo e ficava à beira do caminho que levava ao portão da cidade. Quando passava um homem que tinha alguma demanda que devia ser submetida ao rei para julgamento, Absalão o chamava a si e lhe dizia: “De que cidade você é?” Quando ele respondia: “Este seu servo é de tal tribo de Israel”, Absalão lhe dizia: “Olhe, a sua causa é boa e justa, mas você não tem quem o ouça da parte do rei.” Absalão dizia mais: “Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo homem que tivesse demanda ou questão, para que eu lhe fizesse justiça!” Também, quando alguém se aproximava para inclinar-se diante dele, ele estendia as mãos, abraçava-o e o beijava. Absalão agia desta maneira com todo o Israel que vinha ao rei para pedir justiça e, assim, conquistava o coração dos homens de Israel. Ao fim de quatro anos, Absalão disse ao rei: — Deixe-me ir a Hebrom cumprir o voto que fiz ao Senhor. Porque, quando estava morando em Gesur, na Síria, este seu servo fez um voto, dizendo: “Se o Senhor me trouxer de volta a Jerusalém, prestarei culto ao Senhor.” Então o rei disse: — Vá em paz. E Absalão levantou-se e foi para Hebrom. Absalão enviou emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: — Quando ouvirem o som das trombetas, digam: “Absalão é rei em Hebrom!” De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele plano. Enquanto oferecia os seus sacrifícios, Absalão também mandou chamar Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo. Assim a conspiração tornou-se poderosa, e o povo que tomava o partido de Absalão crescia em número. Então um mensageiro veio a Davi, dizendo: — Todo o povo de Israel está seguindo Absalão. Diante disto, Davi disse a todos os servos que estavam com ele em Jerusalém: — Levantem-se, e vamos fugir, porque não poderemos nos salvar de Absalão. Saiam o mais depressa possível, para que ele não nos alcance, lance sobre nós a ruína e passe a cidade a fio de espada. Então os servos do rei lhe disseram: — Eis aqui os seus servos, dispostos a fazer tudo o que o rei, nosso senhor, determinar. O rei saiu, e todos os de sua casa o seguiram. Deixou, porém, dez concubinas para cuidarem do palácio. Quando o rei e todo o povo estavam saindo da cidade, pararam na última casa. Todos os seus servos passaram por ele. Também toda a guarda real e todos os geteus, seiscentos homens que o seguiram de Gate, passaram diante do rei. Então o rei disse a Itai, o geteu: — Por que também você está indo conosco? Volte e fique com quem vier a ser o rei, porque você é estrangeiro e desterrado de sua pátria. Você chegou ontem, e por que hoje eu já o levaria conosco a vaguear, quando eu mesmo não sei para onde vou? Volte e leve consigo os seus companheiros. E que a misericórdia e a fidelidade o acompanhem. Porém Itai respondeu ao rei: — Tão certo como vive o Senhor Deus, e como vive o rei, meu senhor, no lugar em que estiver o rei, meu senhor, seja para morte seja para vida, lá estará também este seu servo. Então Davi disse a Itai: — Vá e passe adiante. E assim passaram adiante Itai, o geteu, todos os seus homens e todas as crianças que estavam com ele. Toda a terra chorava em alta voz. E todo o povo e também o rei passaram o ribeiro de Cedrom, seguindo o caminho do deserto. Eis que Zadoque também estava ali, e com ele todos os levitas que levavam a arca da aliança de Deus. Puseram ali a arca de Deus, até que todo o povo acabou de sair da cidade. Então o rei disse a Zadoque: — Leve a arca de Deus de volta para a cidade. Se eu encontrar favor aos olhos do Senhor, ele me fará voltar para lá e me deixará ver tanto a arca como a sua habitação. Se ele, porém, disser: “Não tenho prazer em você”, eis-me aqui; faça de mim o que achar melhor. O rei disse mais a Zadoque, o sacerdote: — Ó vidente, volte em paz para a cidade com o seu filho Aimaás e com Abiatar e o filho dele, Jônatas. Vejam: vou ficar esperando nos vaus do deserto até que me venham notícias de vocês. Então Zadoque e Abiatar levaram a arca de Deus de volta para Jerusalém e lá ficaram. Davi seguiu pela encosta do monte das Oliveiras, subindo e chorando; tinha a cabeça coberta e caminhava descalço. Todo o povo que ia com ele, de cabeça coberta, subiu chorando. Então contaram a Davi que Aitofel estava entre os que conspiravam com Absalão. Por isso Davi orou, dizendo: — Ó Senhor, peço-te que transformes em loucura o conselho de Aitofel. Quando Davi chegou ao alto do monte, onde se costuma adorar a Deus, eis que Husai, o arquita, veio encontrar-se com ele, de manto rasgado e com terra sobre a cabeça. Davi lhe disse: — Se você for comigo, será um peso para mim. Mas, se voltar para a cidade e disser a Absalão: “Eu serei, ó rei, seu servo; como no passado fui servo de seu pai, assim agora serei seu servo”, você poderá me ajudar a frustrar o conselho de Aitofel. Os sacerdotes Zadoque e Abiatar estarão lá com você. Conte a esses sacerdotes tudo o que você ouvir no palácio real. Lá estão também os filhos deles, Aimaás, filho de Zadoque, e Jônatas, filho de Abiatar. Por meio deles vocês podem me mandar notícias de todas as coisas que ouvirem. Então Husai, amigo de Davi, foi para a cidade, e Absalão entrou em Jerusalém.
- Daniel 9
No primeiro ano do reinado de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, que foi constituído rei sobre os caldeus, no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que, de acordo com o que o Senhor havia falado ao profeta Jeremias, a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, vestido de pano de saco e sentado na cinza. Orei ao Senhor, meu Deus, e fiz a seguinte confissão: — Ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos, nós temos pecado e cometido iniquidades. Procedemos mal e fomos rebeldes, afastando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos. Não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, aos nossos príncipes, aos nossos pais e a todo o povo da terra. A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós cabe o corar de vergonha, como hoje se vê, a saber, aos homens de Judá, aos moradores de Jerusalém, a todo o Israel, tanto os de perto como os de longe, em todas as terras para onde os expulsaste, por causa das transgressões que cometeram contra ti. Ó Senhor, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos rebelamos contra ele e não obedecemos à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por meio dos seus servos, os profetas. Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei e se desviou, deixando de ouvir a tua voz. Por isso, as maldições que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, e que foram confirmadas com juramento, se derramaram sobre nós, porque pecamos contra ti. Ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós e contra os nossos juízes que nos julgavam, e fez vir sobre nós um grande mal. Nunca antes, debaixo do céu, havia acontecido algo como o que aconteceu com Jerusalém! Como está escrito na Lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio. Mas mesmo assim não temos implorado o favor do Senhor, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades e nos aplicarmos à tua verdade. O Senhor tinha preparado esse mal e o fez cair sobre nós, pois o Senhor, nosso Deus, é justo em tudo o que faz, e nós não obedecemos à sua voz. — Ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa e adquiriste a fama que tens até o dia de hoje, nós temos pecado e cometido iniquidade. Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, afasta a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte, porque, por causa dos nossos pecados e por causa das iniquidades de nossos pais, Jerusalém e o teu povo se tornaram objeto de deboche para todos os que estão ao redor de nós. E agora, ó nosso Deus, ouve a oração e as súplicas do teu servo. Por amor do Senhor, faze resplandecer o teu rosto sobre o teu santuário, que está abandonado. Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve! Abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome! Lançamos as nossas súplicas diante de ti não porque confiamos em nossas justiças, mas porque confiamos em tuas muitas misericórdias. Ó Senhor, ouve! Ó Senhor, perdoa! Ó Senhor, atende-nos e age! Não te demores, por amor de ti mesmo, ó meu Deus, porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome. Enquanto eu ainda falava, orava, confessava o meu pecado e o pecado do meu povo de Israel e lançava a minha súplica diante do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus, sim, enquanto eu assim orava, Gabriel, o homem que eu tinha visto na minha visão anterior, veio rapidamente, voando, e tocou em mim; era hora do sacrifício da tarde. Ele queria instruir-me, falou comigo e disse: — Daniel, agora eu vim para dar a você inteligência e discernimento. Quando você começou a fazer as suas súplicas, foi dada uma ordem, e eu vim para explicar tudo a você, porque Deus o ama muito. Portanto, preste atenção à mensagem e entenda a visão. — Setenta semanas estão determinadas para o seu povo e para a sua santa cidade, para acabar com a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. Saiba e entenda isto: desde que foi dada a ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até a vinda do Ungido, o Príncipe, haverá sete semanas e sessenta e duas semanas. As ruas e as muralhas serão reconstruídas, mas será um tempo de muita angústia. Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto e não terá nada. O povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário. O seu fim virá como uma inundação. Até o fim haverá guerra, e desolações foram determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana. Na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais. Sobre a asa das abominações virá aquele que causa desolação, até que a destruição, que está determinada, seja derramada sobre ele.