Plano de leitura da Bíblia – dia 166
Texto(s) da Bíblia
- Marcos 2
Dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum, e logo se ouviu dizer que ele estava em casa. Muitos se reuniram ali, a ponto de não haver lugar nem mesmo junto à porta. E Jesus anunciava-lhes a palavra. Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se de Jesus, por causa da multidão, removeram o telhado no ponto correspondente ao lugar onde Jesus se encontrava e, pela abertura, desceram o leito em que o paralítico estava deitado. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: — Filho, os seus pecados estão perdoados. Alguns escribas estavam sentados ali e pensavam em seu coração: — Como ele se atreve a falar assim? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, a não ser um, que é Deus? E Jesus, percebendo imediatamente em seu espírito que eles assim pensavam, disse-lhes: — Por que vocês estão pensando essas coisas em seu coração? O que é mais fácil? Dizer ao paralítico: “Os seus pecados estão perdoados”, ou dizer: “Levante-se, tome o seu leito e ande”? Mas isto é para que vocês saibam que o Filho do Homem tem autoridade sobre a terra para perdoar pecados. E disse ao paralítico: — Eu digo a você: Levante-se, pegue o seu leito e vá para casa. Ele se levantou e, no mesmo instante, pegando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de todos se admirarem e darem glória a Deus, dizendo: — Jamais vimos coisa assim! De novo, Jesus foi para junto do mar, e toda a multidão vinha ao encontro dele, e ele os ensinava. Quando ia passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e lhe disse: — Siga-me! Ele se levantou e o seguiu. Achando-se Jesus à mesa, na casa de Levi, estavam junto com ele e com os seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram muitos e também o seguiam. Os escribas dos fariseus, vendo Jesus comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: — Por que ele come e bebe com os publicanos e pecadores? Tendo ouvido isto, Jesus lhes respondeu: — Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; eu não vim chamar justos, e sim pecadores. Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas foram perguntar a Jesus: — Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, mas os seus discípulos não jejuam? Jesus respondeu: — Como podem os convidados para o casamento jejuar enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que o noivo estiver presente, não podem jejuar. No entanto, virão dias em que o noivo lhes será tirado, e então, naquele dia, eles vão jejuar. Ninguém costura um remendo de pano novo em roupa velha; porque o remendo novo tira um pedaço da roupa velha, e o buraco fica ainda maior. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque, se fizer isso, o vinho romperá os odres e se perdem tanto o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos. Aconteceu que, num sábado, Jesus atravessava as searas, e os seus discípulos, ao passar, começaram a colher espigas. Então os fariseus disseram a Jesus: — Olhe! Por que eles estão fazendo o que não é lícito aos sábados? Ele lhes respondeu: — Vocês nunca leram o que Davi fez quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os quais só aos sacerdotes era lícito comer, e ainda deu esses pães aos seus companheiros? E Jesus acrescentou: — O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, o Filho do Homem é senhor também do sábado.
- 2Samuel 4
Quando Isbosete, o filho de Saul, soube que Abner tinha sido morto em Hebrom, as suas mãos desfaleceram; e todo o Israel ficou consternado. Esse filho de Saul tinha a seu serviço dois homens, capitães de tropas. Um se chamava Baaná e o outro, Recabe. Eram filhos de Rimom, o beerotita, dos filhos de Benjamim, porque também a cidade de Beerote era considerada como pertencente a Benjamim. Os beerotitas tinham fugido para Gitaim e ali vivem como estrangeiros até o dia de hoje. Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Ele tinha cinco anos de idade quando de Jezreel chegaram as notícias da morte de Saul e de Jônatas. Então sua ama o pegou e fugiu. Aconteceu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu e ficou manco. Seu nome era Mefibosete. Recabe e Baaná, filhos de Rimom, beerotita, chegaram à casa de Isbosete, no maior calor do dia, estando este a dormir, ao meio-dia. Ali, entraram para o interior da casa, como que vindo buscar trigo, e o feriram na barriga. Depois, Recabe e Baaná, seu irmão, fugiram. Eles tinham entrado na casa enquanto Isbosete estava deitado em sua cama, no quarto de dormir, feriram-no e o mataram. Depois cortaram a cabeça dele e a levaram, andando toda a noite pelo caminho da planície. Levaram a cabeça de Isbosete ao rei Davi, em Hebrom, e lhe disseram: — Aqui está a cabeça de Isbosete, filho de seu inimigo Saul, que queria matá-lo. Assim, hoje o Senhor Deus vingou o rei, meu senhor, de Saul e da sua descendência. Porém Davi respondeu a Recabe e a Baaná, seu irmão, filhos de Rimom, o beerotita, dizendo: — Tão certo como vive o Senhor, que remiu a minha alma de toda a angústia, quando alguém me trouxe a notícia de que Saul estava morto, pensando que me trazia uma boa notícia, como recompensa eu o agarrei e matei em Ziclague. Muito mais agora que homens perversos mataram um homem justo em sua casa, deitado no seu leito, será que eu não requereria o sangue dele das mãos de vocês e não os exterminaria da face da terra? Então Davi deu ordem aos seus moços e eles mataram Recabe e Baaná. Depois, cortaram as mãos e os pés deles, e os penduraram junto à cisterna em Hebrom. Porém pegaram a cabeça de Isbosete e a sepultaram no túmulo de Abner, em Hebrom.
- 2Samuel 5
Então todas as tribos de Israel vieram a Davi, em Hebrom, e disseram: — Veja, somos do mesmo povo que o senhor, ó rei. No passado, quando Saul ainda era rei sobre nós, era o senhor quem fazia entradas e saídas militares com Israel. Também o Senhor Deus lhe disse: “Você apascentará o meu povo de Israel e será príncipe sobre Israel.” Assim todos os anciãos de Israel foram falar com o rei, em Hebrom. E o rei Davi fez com eles uma aliança em Hebrom, diante do Senhor. E eles ungiram Davi rei sobre Israel. Davi tinha trinta anos de idade quando começou a reinar; e reinou durante quarenta anos. Em Hebrom, reinou sobre Judá sete anos e seis meses; em Jerusalém, reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá. O rei Davi partiu com os seus homens para Jerusalém, para atacar os jebuseus que moravam naquela terra. Os jebuseus disseram a Davi: — Você não entrará aqui. Até os cegos e os coxos poderão impedi-lo de entrar. Com isto queriam dizer: “Davi não entrará neste lugar.” Porém Davi tomou a fortaleza de Sião, isto é, a Cidade de Davi. Davi, naquele dia, mandou dizer: — Todo o que está disposto a atacar os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e ataque os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi odeia. Por isso se diz: “Nem cego nem coxo entrará na casa.” Assim, Davi morou na fortaleza e a chamou de Cidade de Davi. Ele foi edificando ao redor, desde Milo e para dentro. Davi ia crescendo em poder cada vez mais, porque o Senhor, o Deus dos Exércitos, estava com ele. Hirão, rei de Tiro, enviou a Davi mensageiros, madeira de cedro, carpinteiros e pedreiros; estes construíram um palácio para Davi. Então Davi reconheceu que o Senhor o havia confirmado como rei sobre Israel e que tinha exaltado o seu reino por amor do seu povo de Israel. Davi tomou mais concubinas e mulheres de Jerusalém, depois que tinha vindo de Hebrom, e nasceram-lhe mais filhos e filhas. São estes os nomes dos filhos de Davi que nasceram em Jerusalém: Samua, Sobabe, Natã, Salomão, Ibar, Elisua, Nefegue, Jafia, Elisama, Eliada e Elifelete. Quando os filisteus ouviram que Davi tinha sido ungido rei sobre Israel, subiram todos para prendê-lo. Quando soube disso, Davi desceu para a fortaleza. Mas os filisteus vieram e se espalharam pelo vale dos Refains. Então Davi consultou o Senhor, dizendo: — Devo atacar os filisteus? Tu os entregarás nas minhas mãos? O Senhor respondeu: — Vá, porque certamente entregarei os filisteus nas suas mãos. Então Davi foi até Baal-Perazim e os derrotou ali. E disse: — O Senhor rompeu as fileiras inimigas diante de mim, como as águas rompem barreiras. Por isso, chamou aquele lugar de Baal-Perazim. Os filisteus deixaram lá os seus ídolos, e Davi e os seus homens os levaram embora. Os filisteus tornaram a subir e se espalharam pelo vale dos Refains. Davi consultou o Senhor, e este lhe respondeu: — Não os ataque de frente, mas rodeie por detrás deles e ataque-os por diante das amoreiras. E, quando você ouvir um barulho de marcha pelas copas das amoreiras, entre logo em ação: é o Senhor que saiu à sua frente, para atacar o exército dos filisteus. Davi fez como o Senhor lhe havia ordenado, e atacou os filisteus desde Geba até Gezer.
- Daniel 2:24-49
Por isso, Daniel foi falar com Arioque, a quem o rei tinha encarregado de exterminar os sábios da Babilônia. Daniel entrou e lhe disse: — Não mate os sábios da Babilônia! Leve-me à presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação. Então Arioque depressa levou Daniel à presença do rei e lhe disse: — Achei um dos filhos dos exilados de Judá, que revelará ao rei a interpretação. O rei perguntou a Daniel, cujo nome era Beltessazar: — Você é capaz de me contar o que vi no sonho e qual é a sua interpretação? Daniel respondeu na presença do rei: — O mistério que o rei exige, nem sábios, nem magos nem encantadores o podem revelar. Mas há um Deus no céu, que revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que vai acontecer nos últimos dias. O sonho e as visões que o senhor teve, quando estava em sua cama, são estes: — Quando o senhor, ó rei, estava na sua cama, surgiram em sua mente pensamentos a respeito do que vai acontecer no futuro. Deus, que revela os mistérios, revelou ao senhor o que vai acontecer. Quanto a mim, este mistério me foi revelado, não porque exista em mim mais sabedoria do que em todos os outros homens, mas para que a interpretação fosse revelada ao rei, e para que ele entenda o que passou pela sua mente. — O senhor, ó rei, estava olhando e viu uma grande estátua. Esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé, bem na sua frente; e a aparência dela era terrível. A cabeça era de ouro puro, o peito e os braços eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze; as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. Enquanto o senhor estava olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos humanas, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os despedaçou. O ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados no mesmo instante, e se fizeram como a palha das eiras no verão. O vento os levou, e deles não se viu mais nenhum vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua se tornou uma grande montanha, que encheu toda a terra. — Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao rei. O senhor, ó rei, que é rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória; em cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasse sobre todos eles, o senhor, ó rei, é a cabeça de ouro. — Depois do senhor, se levantará outro reino, inferior ao seu; e um terceiro reino, de bronze, que terá domínio sobre toda a terra. O quarto reino será forte como o ferro; pois o ferro quebra e despedaça tudo; como o ferro quebra todas as coisas, assim esse reino fará em pedaços e destruirá todos os outros. — Quanto aos pés e aos dedos dos pés que o senhor viu, que eram em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, isto significa que esse será um reino dividido. Contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, porque o senhor viu o ferro misturado com barro. Como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim, por um lado, o reino será forte e, por outro, será frágil. Quanto ao ferro misturado com o barro que o senhor viu, isto significa que procurarão se misturar por meio de casamentos, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro. Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que jamais será destruído e que não passará a outro povo. Esse reino despedaçará e consumirá todos esses outros reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, assim como o rei viu que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos humanas, e ela despedaçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus revelou ao rei o que vai acontecer no futuro. Certo é o sonho, e fiel é a sua interpretação. Então o rei Nabucodonosor se inclinou e se prostrou com rosto em terra diante de Daniel. Ordenou que oferecessem a Daniel uma oferta de cereais e incenso. O rei disse a Daniel: — Certamente o Deus que vocês adoram é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis. Ele é quem revela os mistérios, pois você foi capaz de revelar este mistério. Então o rei engrandeceu Daniel e lhe deu muitos e grandes presentes. Ele o pôs como governador de toda a província da Babilônia. Também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia. A pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da província da Babilônia; mas Daniel permaneceu na corte do rei.