Plano de leitura da Bíblia – dia 142
Texto(s) da Bíblia
- Atos 27:13-44
Soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram costeando mais de perto a ilha de Creta. Entretanto, não muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado Euroaquilão. O navio foi arrastado com violência e, sem poder resistir ao vento, cessamos a manobra e nos fomos deixando levar. Passando ao abrigo de uma ilhota chamada Cauda, com dificuldade conseguimos recolher o bote. Tendo içado o bote, os marinheiros usaram de todos os meios para reforçar o navio com cabos de segurança. E, temendo que fossem encalhar nos bancos de areia de Sirte, desceram as velas e foram à deriva. Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte começaram a jogar a carga no mar. E, no terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a esperança de salvamento. Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: — Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas agora aconselho que tenham coragem, porque nenhuma vida se perderá, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo do Deus a quem pertenço e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: “Paulo, não tenha medo! É preciso que você compareça diante de César, e eis que Deus, por sua graça, lhe deu todos os que navegam com você.” Portanto, senhores, tenham coragem! Pois eu confio em Deus que tudo vai acontecer conforme me foi dito. Porém é necessário que sejamos arrastados para alguma ilha. Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós batidos de um lado para outro no mar Adriático, por volta da meia-noite os marinheiros pressentiram que se aproximavam de alguma terra. E, lançando a sonda, viram que a profundidade era de trinta e seis metros. Passando um pouco mais adiante, tornando a lançar a sonda, viram que a profundidade era de vinte e sete metros. E, receosos de que fôssemos atirados contra lugares rochosos, lançaram da popa quatro âncoras e oravam para que rompesse o dia. Nisto os marinheiros tentaram escapar do navio. Arriaram o bote no mar, a pretexto de que iam largar âncoras da proa. Paulo disse ao centurião e aos soldados: — Se estes não permanecerem a bordo, vocês não poderão se salvar. Então os soldados cortaram os cabos do bote e o deixaram afastar-se. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, dizendo: — Hoje é o décimo quarto dia em que, esperando, vocês estão sem comer, não tendo provado nada. Por isso peço que comam alguma coisa, pois disto depende a sobrevivência de vocês. Porque nenhum de vocês perderá nem mesmo um fio de cabelo. Tendo dito isto, pegando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer. Todos ficaram mais animados e se puseram também a comer. Estávamos no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo. Refeitos com a comida, aliviaram o navio, jogando o trigo no mar. Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas avistaram uma enseada, onde havia uma praia. Então consultaram entre si se não podiam encalhar ali o navio. Cortando os cabos das âncoras, deixaram que ficassem no mar. Soltaram também as amarras do leme. E, alçando a vela de proa ao vento, dirigiram-se para a praia. Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se despedaçava pela violência das ondas. O parecer dos soldados era que os presos deviam ser mortos, para que nenhum deles fugisse nadando. Mas o centurião, querendo salvar Paulo, impediu-os de fazer isso. Ordenou que os que soubessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra. Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.
- 1Samuel 3
O menino Samuel servia o Senhor, diante de Eli. Naqueles dias, a palavra do Senhor era muito rara; as visões não eram frequentes. Certo dia, o sacerdote Eli, cujos olhos já começavam a escurecer-se, a ponto de não poder ver, estava deitado no lugar de costume. Também Samuel estava deitado no templo do Senhor, onde estava a arca da aliança. Antes que a lâmpada de Deus se apagasse, o Senhor chamou o menino: — Samuel, Samuel! Este respondeu: — Eis-me aqui! Então correu para onde estava Eli e disse: — Eis-me aqui, pois você me chamou. Mas Eli respondeu: — Eu não chamei você. Vá deitar. Ele foi e se deitou. O Senhor tornou a chamar: — Samuel! Este se levantou, foi até Eli e disse: — Eis-me aqui, pois você me chamou. Mas Eli respondeu: — Meu filho, eu não chamei você. Vá deitar. Porém Samuel ainda não conhecia o Senhor, e a palavra do Senhor ainda não havia sido manifestada a ele. E o Senhor chamou Samuel pela terceira vez. Ele se levantou, foi até Eli e disse: — Eis-me aqui, pois você me chamou. Então Eli entendeu que era o Senhor quem chamava o menino. Por isso, Eli disse a Samuel: — Vá deitar. Se alguém chamar, diga: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve.” E Samuel foi para o seu lugar e se deitou. Então o Senhor veio e ali esteve, e chamou como das outras vezes: — Samuel, Samuel! Este respondeu: — Fala, porque o teu servo ouve. E o Senhor disse a Samuel: — Eis que vou fazer uma coisa tal em Israel, que todos os que a ouvirem ficarão com os dois ouvidos tinindo. Naquele dia farei contra Eli tudo o que eu disse a respeito da casa dele, do começo ao fim. Porque eu já disse a ele que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque os seus filhos trouxeram maldição sobre si, e ele não os repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que a sua iniquidade nunca será expiada, nem com sacrifício, nem com oferta de cereais. Samuel ficou deitado até de manhã e, então, abriu os portões da Casa do Senhor. Mas estava com medo de relatar a visão a Eli. Então Eli chamou Samuel e disse: — Samuel, meu filho! Ele respondeu: — Eis-me aqui! Então Eli disse: — O que foi que o Senhor lhe falou? Peço que você não esconda nada de mim. Que Deus faça com você o que bem quiser se você me esconder alguma coisa de tudo o que ele falou. Então Samuel lhe contou tudo, sem esconder nada. E Eli disse: — Ele é o Senhor. Que ele faça o que achar melhor. Samuel crescia, e o Senhor estava com ele e não deixou que nenhuma de suas palavras caísse por terra. Todo o Israel, desde Dã até Berseba, reconheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor. O Senhor continuou a aparecer em Siló, porque em Siló o Senhor se manifestava a Samuel por meio da palavra do Senhor.
- Salmos 51
Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau aos teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe. Eis que te agradas da verdade no íntimo e no oculto me fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. Esconde o teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me lances fora da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará o teu louvor. Pois não te agradas de sacrifícios; do contrário, eu os ofereceria; e não tens prazer em holocaustos. Sacrifício agradável a Deus é o espírito quebrantado; coração quebrantado e contrito, não o desprezarás, ó Deus. Faze bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica as muralhas de Jerusalém. Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; e sobre o teu altar serão oferecidos novilhos.