Plano de leitura da Bíblia – dia 131
Texto(s) da Bíblia
- Atos 20:1-16
Cessado o tumulto, Paulo mandou chamar os discípulos e, tendo-os encorajado, despediu-se e foi para a Macedônia. Havendo atravessado aquelas terras, fortalecendo os discípulos com muitas exortações, dirigiu-se para a Grécia, onde se demorou três meses. Quando estava para embarcar rumo à Síria, houve uma conspiração por parte dos judeus contra ele. Então decidiu voltar pela Macedônia. Acompanharam-no Sópatro, de Bereia, filho de Pirro; Aristarco e Secundo, de Tessalônica; Gaio, de Derbe; Timóteo; e também Tíquico e Trófimo, da província da Ásia. Estes nos precederam, ficando à nossa espera em Trôade. Depois dos dias dos pães sem fermento, navegamos de Filipos e, em cinco dias, nos encontramos com eles em Trôade, onde passamos uma semana. No primeiro dia da semana, nós nos reunimos a fim de partir o pão. Paulo, que pretendia viajar no dia seguinte, falava aos irmãos e prolongou a mensagem até a meia-noite. Havia muitas lâmpadas no cenáculo onde estávamos reunidos. Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante a prolongada mensagem de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo. Quando o levantaram, estava morto. Mas Paulo desceu, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: — Não fiquem alvoroçados, pois ele está vivo. Subindo de novo, Paulo partiu o pão e comeu. E lhes falou ainda muito tempo até o amanhecer. E, assim, partiu. Então conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente confortados. Nós, porém, prosseguindo, embarcamos e navegamos para Assôs, onde devíamos receber Paulo, porque assim nos havia sido determinado, devendo ele ir por terra. Quando se reuniu conosco em Assôs, nós o recebemos a bordo e fomos a Mitilene. Dali, navegando, no dia seguinte passamos diante de Quios. Levamos mais um dia até Samos e, um dia depois, chegamos a Mileto. Paulo já tinha resolvido não aportar em Éfeso, pois não queria demorar-se na província da Ásia. Ele tinha pressa, pois queria, caso lhe fosse possível, passar o dia de Pentecostes em Jerusalém.
- Juízes 13
Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, e por isso ele os entregou nas mãos dos filisteus durante quarenta anos. Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. O Anjo do Senhor apareceu a essa mulher e lhe disse: — Eis que você é estéril e nunca teve filhos, mas você ficará grávida e dará à luz um filho. Por isso, tenha cuidado e não beba vinho nem bebida forte, e não coma nenhuma comida impura. Porque eis que você ficará grávida e dará à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha. O menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe, e ele começará a livrar Israel do poder dos filisteus. Então a mulher foi a seu marido e lhe disse: — Um homem de Deus veio falar comigo. A sua aparência era semelhante à de um anjo de Deus, tremenda. Não perguntei de onde ele vinha, e ele não me disse como se chamava. Porém ele me disse: “Eis que você ficará grávida e dará à luz um filho. Por isso, não beba vinho, nem bebida forte, nem coma coisa impura, porque o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre materno até o dia de sua morte.” Então Manoá orou ao Senhor, dizendo: — Ah! Meu Senhor, peço que o homem de Deus que enviaste venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer com o menino que há de nascer. Deus ouviu a voz de Manoá, e o Anjo de Deus veio outra vez à mulher, quando ela estava sentada no campo. Porém Manoá, o marido, não estava com ela. A mulher se apressou, correu e deu a notícia a seu marido. Ela lhe disse: — Eis que me apareceu aquele homem que falou comigo no outro dia. Então Manoá se levantou e seguiu a sua mulher. Quando encontrou o homem, perguntou: — Você é o homem que falou com esta mulher? Ele respondeu: — Sim, sou eu. Então Manoá disse: — Quando se cumprirem as palavras que você falou, qual será o modo de viver do menino e o seu serviço? O Anjo do Senhor disse a Manoá: — A sua mulher deve se guardar de tudo o que eu disse a ela. Não deve comer nada que procede da videira. Não deve beber vinho nem bebida forte, nem comer nada que seja impuro. Ela deve observar tudo o que lhe ordenei. Então Manoá disse ao Anjo do Senhor: — Permita-nos convidá-lo a ficar conosco. Queremos preparar um cabrito para você. Porém o Anjo do Senhor disse a Manoá: — Ainda que você me convide, não comerei a sua comida. Mas, se você preparar um holocausto, ofereça-o ao Senhor. Acontece que Manoá não sabia que aquele era o Anjo do Senhor. Então Manoá perguntou ao Anjo do Senhor: — Qual é o seu nome, para que possamos honrar você, quando se cumprir aquilo que nos falou? O Anjo do Senhor respondeu: — Por que você me pergunta pelo meu nome, que é maravilhoso? Então Manoá pegou um cabrito e uma oferta de cereais e os ofereceu sobre uma rocha ao Senhor Deus. E o Anjo do Senhor fez algo maravilhoso, enquanto Manoá e a sua mulher estavam observando. Aconteceu que, enquanto a chama que saiu do altar subia para o céu, o Anjo do Senhor subiu nela. Ao verem isso, Manoá e a sua mulher se prostraram com o rosto em terra. Nunca mais o Anjo do Senhor apareceu a Manoá, nem à sua mulher. Então Manoá ficou sabendo que aquele era o Anjo do Senhor. Manoá disse à sua mulher: — Certamente vamos morrer, porque vimos Deus. Mas a mulher respondeu: — Se o Senhor Deus quisesse nos matar, não teria aceito de nossas mãos o holocausto e a oferta de cereais, nem nos teria mostrado tudo isso, nem nos teria revelado essas coisas. Depois, a mulher deu à luz um filho e lhe deu o nome de Sansão. O menino cresceu, e o Senhor o abençoou. E o Espírito do Senhor começou a agir nele em Maané-Dã, entre Zorá e Estaol.
- Jó 41
“Você é capaz de pescar o monstro Leviatã com um anzol e prender a sua língua com uma corda? Você consegue passar uma vara de junco pelo nariz dele? Ou furar o queixo dele com um gancho? Por acaso ele lhe fará muitas súplicas? Ou lhe falará palavras brandas? Será que ele fará um acordo com você, para que seja seu escravo para sempre? Será que você vai brincar com ele, como se fosse um passarinho? Irá prendê-lo com uma corda, para dá-lo às suas meninas? Será que os seus sócios o colocarão à venda? Ou irão reparti-lo entre os negociantes? Você consegue encher de arpões a pele dele? Ou cravar fisgas de pesca na sua cabeça? Ponha a mão sobre ele; você se lembrará da luta e nunca mais repetirá o gesto.” “Eis que a gente se engana na esperança que tem; não é fato que alguém cairá por terra só em vê-lo? Ninguém é tão ousado, que se atreva a despertá-lo.” “Quem então será capaz de se erguer diante de mim? Quem primeiro deu algo a mim, para que eu tenha de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.” “Não me calarei a respeito das pernas do Leviatã, nem da sua grande força, nem da graça da sua compostura. Quem poderá tirar a capa do seu dorso? Ou lhe penetrará a dupla couraça? Quem abriria as portas de sua boca? Pois em roda dos seus dentes está o terror. As fileiras de suas escamas são o seu orgulho, cada uma bem-encostada como por um selo que as ajusta. A tal ponto uma se junta à outra, que entre elas não passa nem o ar. Elas se ligam umas às outras, aderem entre si e não podem ser separadas. Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos são como os raios do amanhecer. Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela. Das suas narinas procede fumaça, como de uma panela fervente sobre juncos em chama. O sopro dele acende o carvão; da sua boca saem chamas. No seu pescoço reside a força; e diante dele salta o desespero. Suas partes carnudas são bem-pegadas entre si; todas fundidas nele e imóveis. O coração dele é duro como uma pedra, firme como a pedra inferior de um moinho. Quando ele se levanta, os valentes tremem; quando ele irrompe, ficam como que fora de si. Se o golpe de espada o alcança, isso não tem efeito algum, e o mesmo vale para a lança, o dardo ou a flecha. Para ele, o ferro é como palha, e o cobre, como pau podre. As flechas não o fazem fugir; para ele, as pedras das fundas se transformam em palha. Os porretes são para ele como talos de capim; quando agitam a lança, ele dá risada. Debaixo do ventre ele tem escamas pontiagudas; arrasta-se sobre a lama, como um instrumento de debulhar. Leva as profundezas a ferver como panela; torna o mar como caldeira de unguento. Deixa atrás de si um sulco luminoso, como se o abismo tivesse uma cabeleira branca. Na terra, não há ninguém como ele, pois foi feito para nunca ter medo. O Leviatã olha com desprezo tudo o que é alto; é rei sobre todos os orgulhosos.”