Plano de leitura da Bíblia – dia 127
Texto(s) da Bíblia
- Atos 17:16-34
Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Por isso, falava na sinagoga com os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, com os que se encontravam ali. E alguns dos filósofos epicureus e estoicos discutiam com ele, havendo quem perguntasse: — Que quer dizer esse tagarela? Outros diziam: — Parece pregador de deuses estranhos. Diziam isso porque Paulo pregava Jesus e a ressurreição. Então, tomando-o consigo, levaram-no ao Areópago, dizendo: — Podemos saber que nova doutrina é essa que você ensina? Pois você nos traz aos ouvidos coisas estranhas e queremos saber o que vem a ser isso. Acontece que todos os de Atenas e os estrangeiros residentes não se ocupavam com outra coisa senão dizer ou ouvir as últimas novidades. Então Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: — Senhores atenienses! Percebo que em tudo vocês são bastante religiosos, porque, andando pela cidade e observando os objetos de culto que vocês têm, encontrei também um altar no qual aparece a seguinte inscrição: “Ao Deus Desconhecido”. Pois esse que vocês adoram sem conhecer é precisamente aquele que eu lhes anuncio. — O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas; nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais. De um só homem fez todas as nações para habitarem sobre a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem Deus se, porventura, tateando, o possam achar, ainda que não esteja longe de cada um de nós; pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dos poetas de vocês disseram: “Porque dele também somos geração.” Portanto, visto que somos geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam. Porque Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu certeza disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns zombaram, e outros disseram: — A respeito disso ouviremos você em outra ocasião. A essa altura, Paulo se retirou do meio deles. Houve, porém, alguns homens que se juntaram a ele e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e, com eles, mais algumas pessoas.
- Juízes 7
Então Jerubaal, isto é, Gideão, se levantou de madrugada, e todo o povo que com ele estava, e acamparam junto à fonte de Harode, de maneira que o arraial dos midianitas ficava ao norte deles, no vale, perto do monte de Moré. O Senhor disse a Gideão: — É demais o povo que está com você, para eu entregar os midianitas nas suas mãos. Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: “A minha própria mão me livrou.” Portanto, anuncie ao povo o seguinte: “Quem estiver assustado e com medo, saia da região montanhosa de Gileade e volte para casa.” Então vinte e dois mil homens voltaram, e dez mil ficaram. Então o Senhor disse a Gideão: — Ainda há povo demais. Faça-os descer até as águas, e ali eu os provarei para você. Aquele de quem eu disser: “Este irá com você”, esse de fato irá com você; porém todo aquele de quem eu disser: “Este não irá com você”, esse não irá. Gideão fez com que os homens descessem até as águas. Então o Senhor lhe disse: — Todos os que lamberem a água com a língua, como faz o cachorro, esses você deve pôr à parte, separando-os daqueles que se ajoelharem para beber. O número dos que lamberam, levando a mão à boca, foi de trezentos homens. Todos os outros se ajoelharam para beber a água. Então o Senhor disse a Gideão: — Com estes trezentos homens que lamberam a água eu livrarei vocês, e entregarei os midianitas nas suas mãos. Diga a todos os outros que voltem para casa. Os trezentos homens pegaram as provisões e as trombetas dos outros. Gideão mandou todos os homens de Israel cada um à sua tenda, porém reteve consigo os trezentos homens. O arraial dos midianitas estava abaixo dele, no vale. Naquela mesma noite, o Senhor lhe disse: — Levante-se e ataque o arraial, porque o entreguei nas suas mãos. Se você ainda estiver com medo de atacar, desça ao arraial com o seu ajudante Pura e ouça o que eles dizem. Então você ganhará coragem e atacará o arraial. Gideão desceu até a vanguarda do arraial com o seu ajudante Pura. Os midianitas, os amalequitas e todos os povos do Oriente cobriam o vale como uma nuvem de gafanhotos. Os camelos deles eram uma multidão inumerável como a areia que está na praia do mar. Quando Gideão se aproximou, eis que certo homem estava contando um sonho ao seu amigo. Ele dizia: — Tive um sonho. Eis que um pão de cevada vinha rolando dentro do arraial dos midianitas. Bateu contra a tenda, de maneira que esta caiu, se virou de cima para baixo e ficou estendida no chão. O amigo respondeu: — Isso não é outra coisa a não ser a espada de Gideão, filho de Joás, homem israelita. Deus entregou nas mãos dele os midianitas e todo este arraial. Quando Gideão ouviu o relato desse sonho e o seu significado, adorou a Deus. Voltou para o arraial de Israel e disse: — Levantem-se, porque o Senhor entregou o arraial dos midianitas nas mãos de vocês. Então repartiu os trezentos homens em três companhias e entregou a cada homem uma trombeta e um cântaro vazio, com uma tocha dentro dele. E disse-lhes: — Olhem para mim e façam como eu fizer. Quando eu chegar às imediações do arraial, assim como eu fizer, façam vocês também. Quando eu tocar a trombeta, e todos os que comigo estiverem, então vocês também tocarão a sua trombeta ao redor de todo o arraial e dirão: “Pelo Senhor e por Gideão!” Gideão e os cem homens que estavam com ele chegaram às imediações do arraial por volta da meia-noite, pouco tempo após a troca das guardas. Tocaram as trombetas e quebraram os cântaros que tinham nas mãos. Assim, as três companhias tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros. Seguravam a tocha na mão esquerda e a trombeta na mão direita. E gritavam: “Uma espada pelo Senhor e por Gideão!” E cada um permaneceu no seu lugar ao redor do arraial. Todo o exército dos midianitas começou a correr, a gritar e a fugir. Ao soar das trezentas trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, que fugiu na direção de Zererá, até Bete-Sita, até a divisa de Abel-Meolá, perto de Tabate. Então os homens de Israel, de Naftali, de Aser e de todo o Manassés foram convocados e perseguiram os midianitas. Gideão enviou mensageiros a todas as montanhas de Efraim, dizendo: — Desçam para atacar os midianitas e impedir que eles passem pelas águas do Jordão até Bete-Bara. Assim, todos os homens de Efraim foram convocados. E eles cortaram a passagem dos midianitas pelas águas do Jordão, até Bete-Bara. E prenderam dois príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe. Mataram Orebe no rochedo de Orebe e mataram Zeebe no lagar de Zeebe. Perseguiram os midianitas e trouxeram a cabeça de Orebe e a cabeça de Zeebe a Gideão, do outro lado do Jordão.
- Juízes 8
Então os homens de Efraim disseram a Gideão: — Que é isto que você fez conosco, não nos chamando quando foi lutar contra os midianitas? E discutiram fortemente com ele. Porém ele lhes disse: — Que mais fiz eu, agora, do que vocês? Não é fato que os poucos cachos de uvas deixados por Efraim são melhores do que toda a colheita de Abiezer? Deus entregou nas mãos de vocês os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe. O que pude eu fazer em comparação com o que vocês fizeram? Depois de ele dizer isto, abrandou-se a ira deles contra Gideão. Quando Gideão chegou ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam, cansados mas ainda perseguindo os inimigos. E disse aos homens de Sucote: — Por favor, deem alguns pães para estes que me seguem, pois estão cansados, e eu vou ao encalço de Zeba e Salmuna, reis dos midianitas. Porém os chefes de Sucote disseram: — Será que você já tem Zeba e Salmuna em seu poder, para que demos pão ao exército que está com você? Então Gideão disse: — Por isso, quando o Senhor entregar Zeba e Salmuna nas minhas mãos, rasgarei a carne de vocês com espinheiros e outras plantas do deserto. Dali Gideão foi a Penuel e fez o mesmo pedido aos homens daquele lugar. Mas esses de Penuel lhe responderam como os homens de Sucote lhe haviam respondido. Por isso também falou aos homens de Penuel, dizendo: — Quando eu voltar em paz, derrubarei esta torre. Ora, Zeba e Salmuna estavam em Carcor com os seus exércitos, uns quinze mil homens, todos os que restaram do exército de povos do Oriente, pois cento e vinte mil homens que puxavam da espada tinham sido mortos. Gideão foi pelo caminho dos nômades, a leste de Noba e Jogbeá, e atacou aquele exército de surpresa. Zeba e Salmuna fugiram, mas Gideão os perseguiu. Ele prendeu os dois reis dos midianitas, Zeba e Salmuna, e deixou todo aquele exército em pânico. Quando Gideão, filho de Joás, voltou da batalha, pela subida de Heres, prendeu um moço de Sucote e lhe fez perguntas. E o moço deu por escrito o nome dos chefes e anciãos de Sucote, setenta e sete homens. Então Gideão foi falar com os homens de Sucote e lhes disse: — Vejam! Aqui estão Zeba e Salmuna, a respeito dos quais vocês zombaram de mim, dizendo: “Será que você já tem Zeba e Salmuna em seu poder, para que demos pão aos seus homens cansados?” E prendeu os anciãos da cidade. Pegou espinheiros e outras plantas do deserto e, com eles, deu severa lição aos homens de Sucote. Derrubou a torre de Penuel e matou os homens da cidade. Depois perguntou a Zeba e a Salmuna: — Como eram os homens que vocês mataram em Tabor? E eles responderam: — Como você, assim eram eles; cada um se parecia com um filho de rei. Gideão disse: — Eram meus irmãos, filhos de minha mãe. Tão certo como vive o Senhor, se vocês os tivessem deixado com vida, eu não mataria vocês. E disse a Jéter, seu primogênito: — Levante-se e mate-os. Porém o moço não arrancou da sua espada, porque teve medo, pois ainda era jovem. Então Zeba e Salmuna disseram: — Venha você mesmo e nos mate. Pois o homem é conhecido por sua valentia. Gideão foi, matou Zeba e Salmuna e pegou os ornamentos em forma de meia-lua que estavam no pescoço dos camelos deles. Então os homens de Israel disseram a Gideão: — Domine sobre nós, tanto você como o seu filho e o filho de seu filho, porque você nos livrou do poder dos midianitas. Porém Gideão lhes disse: — Não dominarei sobre vocês, nem tampouco meu filho dominará sobre vocês. O Senhor Deus dominará sobre vocês. E Gideão continuou: — Mas quero fazer um pedido: que cada um de vocês me dê as argolas do seu despojo. É que os midianitas tinham argolas de ouro, pois eram ismaelitas. Então eles responderam: — De bom grado as daremos. E estenderam uma capa, e cada um deles colocou ali uma argola do seu despojo. O peso das argolas de ouro que pediu foi de uns vinte quilos de ouro — sem contar os ornamentos em forma de meia-lua, os pendentes e as roupas de púrpura que os reis dos midianitas usavam, e sem contar os ornamentos que os camelos traziam ao pescoço. Disso Gideão fez uma estola sacerdotal e a pôs na sua cidade, em Ofra. E todo o Israel se prostituiu ali, adorando essa estola. E isso veio a ser um tropeço para Gideão e toda a sua casa. Assim, os midianitas foram subjugados pelos filhos de Israel e nunca mais levantaram a cabeça. E a terra ficou em paz durante quarenta anos nos dias de Gideão. Jerubaal, filho de Joás, retirou-se e ficou morando em sua casa. Gideão teve setenta filhos, todos provindos dele, porque tinha muitas mulheres. A sua concubina, que morava em Siquém, lhe deu também à luz um filho, e ele lhe deu o nome de Abimeleque. Gideão, filho de Joás, morreu em boa velhice e foi sepultado no túmulo de Joás, seu pai, em Ofra, cidade da família de Abiezer. Depois que Gideão morreu, os filhos de Israel voltaram a se prostituir com os baalins e puseram Baal-Berite por deus. Os filhos de Israel não se lembraram do Senhor, seu Deus, que os havia livrado do poder de todos os seus inimigos ao redor. Também não usaram de bondade com a casa de Jerubaal, a saber, Gideão, segundo todo o bem que ele tinha feito a Israel.
- Jó 37
“Diante disto, o meu coração treme e salta do seu lugar. Ouçam atentamente o trovão de Deus, o estrondo que sai da sua boca. Ele o solta por baixo de todos os céus, e o seu relâmpago chega até os confins da terra. Depois deste, ruge a sua voz, troveja com o estrondo da sua majestade, e ele já não retém o relâmpago quando se ouve a sua voz. Com a sua voz Deus troveja maravilhosamente; ele faz grandes coisas, que nós não compreendemos. Porque ele diz à neve: ‘Caia sobre a terra’; e à chuva e ao aguaceiro: ‘Sejam fortes’. Assim, ele torna inativas as mãos de todos, para que reconheçam as obras dele. Os animais entram nos seus esconderijos e ficam nas suas cavernas. De suas recâmaras sai a tempestade, e os ventos fortes trazem o frio. Pelo sopro de Deus se dá a geada, e uma grande extensão de água congela. Carrega de umidade as densas nuvens, e do meio delas irradia o seu relâmpago. Então as nuvens, segundo o rumo que ele dá, se espalham para uma e outra direção, para fazerem tudo o que lhes ordena sobre a superfície da terra. E tudo isso ele faz vir para disciplina, se convém à terra, ou para exercer a sua misericórdia.” “Dê ouvidos a isto, Jó; pare e pense nas maravilhas de Deus. Será que você sabe como Deus comanda as nuvens e como faz resplandecer o relâmpago da sua nuvem? Será que você sabe algo sobre o equilíbrio das nuvens e sobre as maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento? Você, cujas roupas ficam aquecidas quando há forte calor por causa do vento sul, será que você pode ajudar Deus a estender o firmamento, que é sólido como espelho de metal fundido? Ensine-nos o que devemos dizer a ele, porque nós, envoltos em trevas, não podemos expor a nossa causa diante dele. Será que alguém deveria contar a Deus que eu quero falar com ele? Se alguém fizesse isso, seria devorado.” “Eis que ninguém pode olhar para o sol, que brilha no céu, uma vez passado o vento que o deixa limpo. Do norte vem o áureo esplendor, pois Deus está cercado de tremenda majestade. Quanto ao Todo-Poderoso, não o podemos compreender. Ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça. Por isso, as pessoas o temem; ele não olha para os que se julgam sábios.”