Plano de leitura da Bíblia – dia 96
Texto(s) da Bíblia
- Mateus 27:1-31
Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem; e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos. Então Judas, que o traiu, vendo que Jesus havia sido condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: — Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: — Que nos importa? Isso é com você. Então Judas, atirando as moedas de prata para dentro do templo, retirou-se e se enforcou. E os principais sacerdotes, pegando as moedas, disseram: — Não é lícito colocá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros. Por isso, aquele campo é chamado, até o dia de hoje, Campo de Sangue. Então se cumpriu o que foi dito por meio do profeta Jeremias: “Pegaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram, e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.” Jesus estava em pé diante do governador, e este o interrogou, dizendo: — Você é o rei dos judeus? Jesus respondeu: — O senhor está dizendo isso. E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, Jesus nada respondeu. Então Pilatos perguntou: — Não está ouvindo quantas acusações fazem contra você? Mas Jesus não respondeu nem uma palavra, a ponto de o governador ficar muito admirado. Ora, por ocasião da festa, o governador costumava soltar ao povo um preso, conforme eles quisessem. Naquela ocasião, eles tinham um preso muito conhecido, chamado Barrabás. Estando, pois, o povo reunido, Pilatos lhes perguntou: — Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo? Porque sabia que era por inveja que eles tinham entregado Jesus. E, estando Pilatos sentado no tribunal, a mulher dele mandou dizer-lhe: — Não se envolva com esse justo, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele. Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus à morte. De novo, o governador perguntou: — Qual dos dois vocês querem que eu solte? Eles responderam: — Barrabás! Pilatos lhes perguntou: — Que farei, então, com Jesus, chamado Cristo? Todos responderam: — Que seja crucificado! Pilatos continuou: — Que mal ele fez? Porém eles gritavam cada vez mais: — Que seja crucificado! Vendo Pilatos que nada conseguia e que, ao contrário, o tumulto aumentava, mandou trazer água e lavou as mãos diante do povo, dizendo: — Estou inocente do sangue deste homem; fique o caso com vocês! E o povo todo respondeu: — Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos! Então Pilatos lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado. Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o Pretório, reuniram em torno dele toda a tropa. Tiraram a roupa de Jesus e o vestiram com um manto escarlate. E, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça dele, e colocaram um caniço na sua mão direita. E, ajoelhando-se diante dele, zombavam, dizendo: — Salve, rei dos judeus! E, cuspindo nele, pegaram o caniço e batiam na sua cabeça. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias roupas. Então o levaram para ser crucificado.
- Deuteronômio 5
Moisés chamou todo o Israel e lhe disse: — Escute, Israel, os estatutos e juízos que hoje lhes anuncio, para que vocês os aprendam e tenham o cuidado de pôr em prática. O Senhor, nosso Deus, fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que o Senhor fez esta aliança, e sim conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos. Face a face o Senhor falou conosco, no monte, do meio do fogo. Naquela ocasião, eu me coloquei entre o Senhor e vocês, para lhes anunciar a palavra do Senhor, porque vocês ficaram com medo do fogo e não subiram o monte. E o Senhor disse: — “Eu sou o Senhor, seu Deus, que o tirei da terra do Egito, da casa da servidão.” — “Não tenha outros deuses diante de mim.” — “Não faça para você imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não adore essas coisas, nem preste culto a elas, porque eu, o Senhor, seu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” — “Não tome o nome do Senhor, seu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” — “Guarde o dia de sábado, para o santificar, como o Senhor, seu Deus, lhe ordenou. Seis dias você trabalhará e fará toda a sua obra, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, seu Deus; não faça nenhum trabalho nesse dia, nem você, nem o seu filho, nem a sua filha, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento ou qualquer outro dos seus animais, nem o estrangeiro das suas portas para dentro, para que o seu servo e a sua serva descansem como você. Lembre-se de que você foi escravo na terra do Egito e que o Senhor, seu Deus, o tirou de lá com mão poderosa e braço estendido. Por isso o Senhor, seu Deus, ordenou que você guardasse o dia de sábado.” — “Honre o seu pai e a sua mãe, como o Senhor, seu Deus, lhe ordenou, para que você tenha uma longa vida e para que tudo vá bem com você na terra que o Senhor, seu Deus, lhe dá.” — “Não mate.” — “Não cometa adultério.” — “Não furte.” — “Não dê falso testemunho contra o seu próximo.” — “Não cobice a mulher do seu próximo. Não deseje a casa do seu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo.” — São estas as palavras que o Senhor falou a toda a congregação de vocês, junto ao monte. Ele falou do meio do fogo, da nuvem e da escuridão, com voz forte, e nada acrescentou. Ele escreveu essas palavras em duas tábuas de pedra, e as deu para mim. Quando ouviram a voz que vinha do meio das trevas, enquanto o monte estava em chamas, vocês se aproximaram de mim, todos os chefes das tribos e os anciãos, e disseram: “Eis que aqui o Senhor, nosso Deus, nos mostrou a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo. Hoje vimos que Deus fala com as pessoas e que elas permanecem vivas. Agora, pois, por que morreríamos? Pois este grande fogo nos consumirá! Se continuarmos a ouvir a voz do Senhor, nosso Deus, morreremos. Afinal, de toda a humanidade, quem é que ouviu a voz do Deus vivo falar do meio do fogo, como nós ouvimos, e permaneceu vivo? Aproxime-se você e ouça tudo o que o Senhor, nosso Deus, disser. Você nos dirá tudo o que o Senhor, nosso Deus, lhe disser. Nós ouviremos e cumpriremos o que for dito.” — Quando o Senhor ouviu o que vocês disseram, quando falavam comigo, o Senhor me disse: “Eu ouvi as palavras que este povo lhe falou, e em tudo eles falaram muito bem. Quem dera que eles sempre tivessem tal coração, e sempre me temessem e guardassem todos os meus mandamentos! Assim tudo iria bem para eles e para os filhos deles, para sempre! Vá e diga-lhes que voltem para as suas tendas. Mas você fique aqui comigo, e eu lhe direi todos os mandamentos, estatutos e juízos que você lhes ensinará, para que os cumpram na terra que eu lhes darei para que seja deles.” — Tenham o cuidado de fazer como o Senhor, seu Deus, lhes ordenou. Não se desviem, nem para a direita nem para a esquerda. Andem em todo o caminho que o Senhor, seu Deus, lhes ordenou, para que vocês vivam, para que tudo lhes vá bem, e para que se prolonguem os seus dias na terra que irão possuir.
- Deuteronômio 6
— São estes os mandamentos, os estatutos e os juízos que o Senhor, seu Deus, ordenou que fossem ensinados a vocês, para que vocês os cumprissem na terra em que vão entrar e possuir, para que durante todos os dias da sua vida vocês, os seus filhos, e os filhos dos seus filhos temam o Senhor, seu Deus, e guardem todos os seus estatutos e mandamentos que eu lhes ordeno, e para que os seus dias sejam prolongados. Portanto, escute, Israel, e tenha o cuidado de cumprir esses mandamentos, para que tudo lhes corra bem e vocês muito se multipliquem na terra que mana leite e mel, como o Senhor, o Deus dos seus pais, lhes prometeu. — Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força. Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. Você as inculcará a seus filhos, e delas falará quando estiver sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao deitar-se e ao levantar-se. Também deve amarrá-las como sinal na sua mão, e elas lhe serão por frontal entre os olhos. E você as escreverá nos umbrais de sua casa e nas suas portas. — Quando, pois, o Senhor, seu Deus, tiver levado vocês para a terra que, sob juramento, prometeu aos seus pais Abraão, Isaque e Jacó, que daria a vocês — uma terra com grandes e boas cidades, que vocês não construíram; com casas cheias de tudo o que é bom, que vocês não encheram; com poços abertos, que vocês não cavaram; com vinhas e olivais, que vocês não plantaram — e quando vocês comerem e se fartarem, tenham o cuidado de não esquecer o Senhor, que os tirou da terra do Egito, da casa da servidão. Temam o Senhor, seu Deus, sirvam a ele e jurem somente pelo nome dele. Não sigam outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que estiverem à sua volta, porque o Senhor, seu Deus, é Deus zeloso no meio de vocês, para que a ira do Senhor, seu Deus, não se acenda contra vocês e os destrua de sobre a face da terra. — Não ponham à prova o Senhor, seu Deus, como o fizeram em Massá. Guardem cuidadosamente os mandamentos do Senhor, seu Deus, os seus testemunhos e os seus estatutos que ele lhes ordenou. Façam o que é reto e bom aos olhos do Senhor, para que tudo lhes vá bem, e para que vocês entrem e possuam a boa terra que o Senhor, sob juramento, prometeu aos pais de vocês, expulsando todos os inimigos de diante de vocês, como o Senhor prometeu. — Quando, no futuro, os seus filhos perguntarem: “Que significam os testemunhos, estatutos e juízos que o Senhor, nosso Deus, lhes ordenou?”, vocês dirão a eles: “Nós éramos escravos de Faraó, no Egito, mas o Senhor nos tirou de lá com mão poderosa. Diante dos nossos olhos o Senhor fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito e contra Faraó e toda a sua casa. Ele nos tirou do Egito, para nos trazer e nos dar a terra que, sob juramento, prometeu aos nossos pais. O Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o Senhor, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos preservar a vida, como tem feito até hoje. E será justiça para nós, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos diante do Senhor, nosso Deus, como ele nos ordenou.”
- Jó 6
Então Jó respondeu: “Ah! Se a minha queixa, de fato, pudesse ser pesada, e contra ela, numa balança, se pusesse a minha miséria, esta, na verdade, pesaria mais que a areia dos mares. Por isso é que as minhas palavras foram precipitadas. Porque as flechas do Todo-Poderoso estão cravadas em mim, e o meu espírito sorve o veneno delas; os terrores de Deus se armam contra mim. Será que o jumento selvagem zurra quando está junto à relva? Ou será que o boi berra junto ao seu pasto? Pode-se comer sem sal o que é insípido? Ou haverá sabor na clara do ovo? Aquilo que a minha alma recusava tocar, isso é agora a minha comida repugnante.” “Quem dera que se cumprisse o meu pedido, e que Deus me concedesse o que desejo! Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo! Isto ainda seria a minha consolação, e eu saltaria de contente na minha dor, que é implacável; porque não tenho negado as palavras do Santo. Por que esperar, se já não tenho forças? Por que prolongar a vida, se o meu fim é certo? Por acaso a minha força é a força da pedra? Ou é de bronze a minha carne? Não encontro socorro em mim mesmo; foram afastados de mim os meus recursos.” “Ao aflito deve o amigo mostrar compaixão, mesmo ao que abandonou o temor do Todo-Poderoso. Meus irmãos me enganaram; são como um ribeiro, como a torrente que transborda no vale, turvada com o gelo e com a neve que nela se esconde, torrente que seca quando o tempo aquece, e que no calor desaparece do seu lugar. As caravanas se desviam dos seus caminhos, sobem para lugares desolados e perecem. As caravanas de Temá procuram essa torrente, os viajantes de Sabá por ela suspiram. Ficam envergonhados por terem confiado; quando chegam ali, ficam decepcionados. Assim também vocês não me ajudaram em nada; veem os meus males e ficam com medo. Por acaso pedi que me dessem recompensa? Ou que da riqueza de vocês me trouxessem algum presente? Será que pedi que me livrassem do poder do opressor? Ou que me resgatassem das mãos dos tiranos?” “Ensinem-me, e eu me calarei; mostrem-me em que tenho errado. Como são persuasivas as palavras retas! Mas o que é que a repreensão de vocês repreende? Por acaso vocês pensam em reprovar as minhas palavras, ditas por um desesperado ao vento? Até sobre um órfão vocês lançariam sortes e seriam capazes de vender um amigo! Agora, pois, tenham a bondade de olhar para mim e vejam que não estou mentindo na cara de vocês. Por favor, mudem de parecer, e que não haja injustiça; mudem de parecer, e a justiça da minha causa triunfará. Há iniquidade em meus lábios? Será que a minha boca não consegue discernir coisas perniciosas?”