Plano de leitura da Bíblia – dia 86
Texto(s) da Bíblia
- Mateus 22:23-46
Naquele dia, alguns saduceus, que dizem não haver ressurreição, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram: — Mestre, Moisés disse: “Se alguém morrer, não tendo filhos, o irmão desse homem deve casar com a viúva e gerar descendentes para o falecido.” Ora, havia entre nós sete irmãos. O primeiro, tendo casado, morreu e, não tendo descendência, deixou sua mulher para seu irmão. O mesmo aconteceu com o segundo, com o terceiro, até o sétimo. Por fim, depois de todos, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete ela será esposa? Porque todos casaram com ela. Jesus respondeu: — O erro de vocês está no fato de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus. Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento, mas são como os anjos no céu. Quanto à ressurreição dos mortos, vocês nunca leram o que Deus disse a vocês: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina. Entretanto, os fariseus, sabendo que Jesus havia silenciado os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da Lei, querendo pôr Jesus à prova, perguntou-lhe: — Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Jesus respondeu: — “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.” Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.” Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. Estando reunidos os fariseus, Jesus lhes perguntou: — O que vocês pensam do Cristo? De quem é filho? Eles responderam: — De Davi. E Jesus perguntou: — Então, como é que Davi, pelo Espírito, chama o Cristo de Senhor, dizendo: “Disse o Senhor ao meu Senhor: ‘Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos debaixo dos seus pés’”? — Portanto, se Davi o chama de Senhor, como ele pode ser filho de Davi? E ninguém podia lhe responder uma palavra; e a partir daquele dia ninguém mais ousou fazer perguntas.
- Números 22:1-40
Os filhos de Israel partiram e acamparam nas campinas de Moabe, do outro lado do Jordão, na altura de Jericó. Balaque, filho de Zipor, viu tudo o que Israel havia feito aos amorreus. E os moabitas tiveram grande medo deste povo, porque era muito numeroso. E andavam angustiados por causa dos filhos de Israel. Por isso o povo de Moabe disse aos anciãos dos midianitas: — Agora essa multidão vai lamber tudo o que houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Balaque, filho de Zipor, era o rei dos moabitas naquele tempo. Ele enviou mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio Eufrates, na terra dos filhos do seu povo, para chamá-lo, dizendo: — Eis que um povo saiu do Egito, cobre a face da terra e está morando perto de mim. Venha agora e, por favor, amaldiçoe este povo, pois eles são mais poderosos do que eu; talvez assim eu possa atacá-los e expulsá-los da terra. Porque sei que a quem você abençoar será abençoado, e a quem você amaldiçoar será amaldiçoado. Então os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas foram, levando consigo o dinheiro para pagar os encantamentos. Chegaram ao lugar onde Balaão estava e lhe transmitiram as palavras de Balaque. Balaão lhes disse: — Fiquem aqui esta noite, e lhes trarei a resposta, como o Senhor me falar. Então os chefes dos moabitas ficaram com Balaão. Deus veio a Balaão e perguntou: — Quem são esses homens que estão com você? Balaão respondeu: — Balaque, rei dos moabitas, filho de Zipor, enviou esses homens para que me dissessem: “Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra. Venha agora e amaldiçoe este povo; talvez eu possa combatê-lo e expulsá-lo daqui.” Então Deus disse a Balaão: — Não vá com eles, nem amaldiçoe o povo; porque é povo abençoado. Na manhã seguinte Balaão se levantou e disse aos chefes de Balaque: — Voltem para a sua terra, porque o Senhor não me deixa ir com vocês. Então os chefes dos moabitas se levantaram, foram a Balaque e disseram: — Balaão se recusou a vir conosco. De novo, Balaque enviou chefes, em maior número e mais honrados do que os primeiros. Eles chegaram a Balaão e lhe disseram: — Assim diz Balaque, filho de Zipor: Peço-lhe que não se demore em vir até aqui, porque eu o cobrirei de honras e farei tudo o que você me disser; venha, pois, e, por favor, amaldiçoe este povo. Balaão respondeu aos oficiais de Balaque: — Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia transgredir o mandado do Senhor, meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande. Agora peço que fiquem aqui também esta noite, para que eu saiba o que mais o Senhor me dirá. De noite o Senhor veio a Balaão e lhe disse: — Como aqueles homens vieram chamá-lo, levante-se e vá com eles; mas faça apenas o que eu lhe disser. Balaão levantou-se pela manhã, preparou a sua jumenta e partiu com os chefes de Moabe. Mas acendeu-se a ira de Deus, porque Balaão foi, e o Anjo do Senhor se pôs por adversário no caminho dele. Ora, Balaão ia montado na sua jumenta, e dois de seus servos iam com ele. A jumenta viu o Anjo do Senhor parado no caminho, com a sua espada na mão; por isso a jumenta se desviou do caminho, indo pelo campo. Então Balaão espancou a jumenta para fazê-la voltar ao caminho. Mas o Anjo do Senhor pôs-se num caminho estreito entre as vinhas, havendo muro dos dois lados. Quando a jumenta viu o Anjo do Senhor, encostou-se no muro e apertou o pé de Balaão contra ele. Por isso Balaão tornou a espancá-la. Então o Anjo do Senhor passou mais adiante e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita nem para a esquerda. Quando a jumenta viu o Anjo do Senhor, deixou-se cair debaixo de Balaão. Balaão ficou irado e espancou a jumenta com uma vara. Então o Senhor fez a jumenta falar, e ela disse a Balaão: — O que foi que eu fiz a você, para que você me espancasse já três vezes? Balaão respondeu à jumenta: — Foi porque você zombou de mim. Se eu tivesse uma espada na mão, mataria você agora mesmo! A jumenta disse a Balaão: — Não é verdade que eu sou a sua jumenta, em que você tem montado toda a sua vida até hoje? Será que tem sido o meu costume fazer isso com você? Ele respondeu: — Não. Então o Senhor abriu os olhos a Balaão e ele viu o Anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão. Por isso Balaão inclinou a cabeça e se prostrou com o rosto em terra. Então o Anjo do Senhor lhe disse: — Por que você já espancou a sua jumenta três vezes? Eis que eu saí para ser o seu adversário, porque o seu caminho é perverso diante de mim. A jumenta me viu e já três vezes se desviou de mim. Se ela não tivesse se desviado, eu teria matado você e a teria deixado com vida. Então Balaão disse ao Anjo do Senhor: — Pequei, porque não sabia que o senhor estava neste caminho para se opor a mim; agora, se parece mal aos seus olhos seguir viagem, voltarei. O Anjo do Senhor disse a Balaão: — Vá com esses homens, mas fale somente o que eu lhe disser. Assim, Balaão foi com os chefes de Balaque. Quando Balaque ouviu que Balaão havia chegado, foi ao encontro dele até a cidade de Moabe, que está nos confins do Arnom e na fronteira extrema. Balaque perguntou a Balaão: — Por acaso não mandei mensageiros para chamá-lo? Por que você não veio até aqui? Será que não posso, de fato, cobrir você de honrarias? Balaão respondeu a Balaque: — Eis que estou aqui diante de você. Mas será que poderei, agora, falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei. Balaão foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote. Então Balaque sacrificou bois e ovelhas, e enviou uma parte da carne a Balaão e aos chefes que estavam com ele.
- Cântico dos Cânticos 2:8-17
Ouço a voz do meu amado. Eis que ele vem, saltando sobre os montes, pulando sobre as colinas. O meu amado é semelhante ao gamo ou ao filho da gazela. Eis que ele está detrás de nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades. O meu amado fala e me diz: Levante-se, minha querida, minha linda, e venha comigo. Porque eis que passou o inverno, a chuva cessou e se foi, aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e já se ouve a voz da rolinha em nossa terra. A figueira começou a dar seus figos, e as vinhas em flor exalam o seu aroma. Levante-se, minha querida, minha linda, e venha comigo. Minha pombinha, escondida nas fendas dos penhascos, no esconderijo das rochas escarpadas, mostre-me o seu rosto, deixe-me ouvir a sua voz; porque a sua voz é doce, e o seu rosto é lindo. Peguem as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor. O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios. Antes que rompa o dia e fujam as sombras, volte, meu amado. Venha correndo como o gamo ou o filho das gazelas sobre os montes de Beter.
- Cântico dos Cânticos 3:1-5
De noite, na minha cama, busquei o amado de minha alma; busquei-o, mas não o achei. Eu me levantarei agora e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado da minha alma. Busquei-o, mas não o achei. Os guardas, que rondavam a cidade, me encontraram. Então lhes perguntei: “Vocês viram o amado da minha alma?” Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma. Agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar na casa de minha mãe e no quarto daquela que me concebeu. Filhas de Jerusalém, jurem pelas gazelas e pelas corças selvagens que vocês não acordarão nem despertarão o amor, até que este o queira.