Plano de leitura da Bíblia – dia 33
Texto(s) da Bíblia
- Lucas 23:26-56
E, enquanto o conduziam, eles agarraram um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus. Uma grande multidão de povo o seguia, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam. Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: — Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem antes por vocês mesmas e por seus filhos! Porque virão dias em que se dirá: “Bem-aventuradas as estéreis, que não geraram, nem amamentaram.” Nesses dias, dirão aos montes: “Caiam em cima de nós!” E às colinas: “Cubram-nos!” Porque, se isto é feito com a madeira verde, o que será da madeira seca? E também eram levados outros dois, que eram malfeitores, para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à sua direita, outro à sua esquerda. Mas Jesus dizia: — Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, para repartir as roupas dele, lançaram sortes. O povo estava ali e observava tudo. Também as autoridades zombavam e diziam: — Salvou os outros. Que salve a si mesmo, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido. Igualmente os soldados zombavam dele e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo: — Se você é o rei dos judeus, salve a si mesmo. Acima de Jesus estava a seguinte inscrição: “Este é o Rei dos Judeus”. Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Jesus, dizendo: — Você não é o Cristo? Salve a si mesmo e a nós também. Porém o outro malfeitor o repreendeu, dizendo: — Você nem ao menos teme a Deus, estando sob igual sentença? A nossa punição é justa, porque estamos recebendo o castigo que os nossos atos merecem; mas este não fez mal nenhum. E acrescentou: — Jesus, lembre-se de mim quando você vier no seu Reino. Jesus lhe respondeu: — Em verdade lhe digo que hoje você estará comigo no paraíso. Já era quase meio-dia, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde. E o véu do santuário se rasgou pelo meio. Então Jesus clamou em alta voz: — Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. O centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: — Verdadeiramente este homem era justo. E todas as multidões reunidas para aquele espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se, batendo no peito. Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia ficaram de longe, contemplando estas coisas. E eis que havia um homem, chamado José, membro do Sinédrio, homem bom e justo, que não tinha concordado com o plano e a ação dos outros; era natural de Arimateia, cidade dos judeus, e esperava o Reino de Deus. Ele foi até Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. E, tirando-o da cruz, envolveu-o num lençol de linho e o depositou num túmulo aberto numa rocha, onde ninguém havia sido sepultado ainda. Era o dia da preparação, e o sábado estava para começar. As mulheres que tinham vindo com Jesus desde a Galileia seguiram José e viram o túmulo e como o corpo foi colocado ali. Então se retiraram para preparar óleos aromáticos e perfumes. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento.
- Gênesis 42
Quando Jacó soube que havia mantimento no Egito, disse a seus filhos: — Por que vocês estão aí olhando uns para os outros? E acrescentou: — Ouvi dizer que há cereais no Egito. Vão até lá e comprem cereais, para que vivamos e não morramos. Então dez dos irmãos de José foram, para comprar cereal do Egito. Mas Jacó não enviou Benjamim, o irmão de José, na companhia dos irmãos, porque dizia: “E se lhe acontecer algum desastre?” Entre os que iam, pois, para lá, foram também os filhos de Israel, pois havia fome na terra de Canaã. José era governador daquela terra; era ele quem vendia a todos os povos da terra. Os irmãos de José vieram e se prostraram com o rosto em terra, diante dele. Quando José viu os seus irmãos, reconheceu-os, porém não se deu a conhecer. Foi ríspido com eles e lhes perguntou: — De onde vocês vêm? Responderam: — Da terra de Canaã, para comprar mantimento. José reconheceu os irmãos, mas eles não o reconheceram. Então José se lembrou dos sonhos que teve a respeito deles e lhes disse: — Vocês são espiões e vieram para ver os pontos fracos da terra. Eles responderam: — Não, meu senhor. Estes seus servos vieram só para comprar mantimento. Somos todos filhos de um mesmo homem; somos homens honestos; estes seus servos não são espiões. Ele, porém, lhes respondeu: — Nada disso! Pelo contrário, vocês vieram para ver os pontos fracos da terra. Eles disseram: — Nós, seus servos, somos doze irmãos, filhos de um homem na terra de Canaã. O mais novo está hoje com o nosso pai, outro já não existe. Então José lhes disse: — É como já falei: vocês são espiões. Nisto vocês serão provados: juro pela vida de Faraó que vocês não sairão daqui, sem que primeiro venha o irmão mais novo de vocês. Enviem um de vocês, que busque o seu irmão. Vocês ficarão detidos para que sejam provadas as palavras de vocês, se há verdade no que dizem; ou se não, juro pela vida de Faraó que vocês são espiões. E deixou todos presos por três dias. No terceiro dia, José lhes disse: — Façam o seguinte e viverão, pois temo a Deus. Se são homens honestos, que um de vocês fique detido aqui onde estão presos; os outros podem ir, levando cereal para matar a fome das suas famílias. E tragam-me o seu irmão mais novo, com o que serão verificadas as palavras de vocês, e vocês não morrerão. E eles se dispuseram a fazê-lo. Então disseram entre si: — Na verdade, estamos sendo castigados por causa de nosso irmão, pois vimos a angústia de sua alma, quando nos pedia, e não lhe demos ouvidos; por isso, nos sobrevém agora esta ansiedade. Rúben respondeu-lhes: — Não é verdade que eu disse: “Não pequem contra o jovem”? Mas vocês não quiseram me ouvir. Pois agora estão vendo que o sangue dele está sendo requerido de nós. Eles, porém, não sabiam que José os entendia, porque lhes falava por meio de um intérprete. E, retirando-se deles, José chorou. Depois, voltando para junto deles, lhes falou outra vez. Escolheu Simeão e o algemou na presença deles. José ordenou que lhes enchessem de cereal os sacos, e lhes restituíssem o dinheiro, a cada um no saco de cereal, e os suprissem de comida para o caminho. E assim foi feito. E carregaram o cereal sobre os seus jumentos e partiram dali. Quando um deles abriu o saco de cereal, para dar de comer ao seu jumento na estalagem, encontrou o dinheiro na boca do saco de cereal. Então disse aos irmãos: — Devolveram o meu dinheiro. Está aqui na boca do saco de cereal. O coração dos irmãos se encheu de medo, e, tremendo, entreolhavam-se, dizendo: — O que é isto que Deus nos fez? E vieram para Jacó, seu pai, na terra de Canaã, e lhe contaram tudo o que lhes havia acontecido, dizendo: — O homem, o senhor da terra, falou conosco de maneira ríspida e nos tratou como espiões da terra. Dissemos a ele: “Somos homens honestos e não espiões. Somos doze irmãos, filhos de um mesmo pai; um já não existe, e o mais novo está hoje com o nosso pai na terra de Canaã.” Então o homem, o senhor da terra, respondeu: “Nisto saberei que vocês são homens honestos: deixem comigo um de seus irmãos, peguem o cereal para remediar a fome de suas casas e vão embora. Mas tragam-me o seu irmão mais novo. Assim saberei que vocês não são espiões, mas homens honestos. Então entregarei o irmão de vocês, e vocês poderão negociar na terra.” Aconteceu que, quando foram despejar o cereal que havia nos sacos, cada um tinha a sua trouxinha de dinheiro no saco de cereal. Ao ver as trouxinhas com o dinheiro, eles e o seu pai ficaram com medo. Então Jacó, o pai deles, disse: — Vocês vão me deixar sem filhos. José se foi. Simeão se foi. Agora querem levar Benjamim! Todas essas coisas acontecem contra mim. Mas Rúben disse a seu pai: — O senhor pode matar os meus dois filhos, se eu não trouxer Benjamim de volta. Deixe que eu tome conta dele, e o trarei de volta para o senhor. Mas Jacó respondeu: — O meu filho não irá com vocês. O irmão dele está morto, e ele é o único que ficou. Se lhe acontece algum desastre no caminho, vocês farão descer os meus cabelos brancos com tristeza à sepultura.
- Salmos 33
Exultem no Senhor, ó justos! Aos que são retos fica bem louvá-lo. Louvem o Senhor com harpa, louvem-no com cânticos na lira de dez cordas. Cantem-lhe um cântico novo, toquem com arte e com júbilo. Porque a palavra do Senhor é reta, e todo o seu proceder é fiel. Ele ama a justiça e o direito; a terra está cheia da bondade do Senhor. Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. Ele ajunta em montão as águas do mar; e em reservatório encerra os abismos. Que toda a terra tema o Senhor, que tremam todos os habitantes do mundo. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir. O Senhor frustra os planos das nações e anula os intentos dos povos. O plano do Senhor dura para sempre; os intentos do seu coração, por todas as gerações. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para a sua herança. O Senhor olha dos céus e vê todos os filhos dos homens; do lugar de sua morada, observa todos os moradores da terra, ele, que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras. Não há rei que se salve com o poder dos seus exércitos; nem por sua muita força se livra o valente. O cavalo não garante a vitória; apesar de sua grande força, a ninguém pode livrar. Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar a alma deles da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida. Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo. Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome. Seja sobre nós, Senhor, a tua misericórdia, como de ti esperamos.