71
Mt 7.28
Tendo Jesus concluído todos os seus discursos dirigidos ao povo, entrou
Mt 8.5-13
em Cafarnaum.
2Um servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. 3O centurião, tendo ouvido falar a respeito de Jesus,
Mt 8.5
enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. 4Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram: Ele é digno de que lhe faças isso; 5pois é amigo do nosso povo e ele mesmo edificou a nossa sinagoga. 6Jesus foi com eles. Quando ia chegando à casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. 7Por isso, eu mesmo não me julguei digno de vir a ti; mas dize uma palavra, e o meu criado ficará são. 8Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: Vai ali, e ele vai; e a outro: Vem cá, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz. 9Jesus, ouvindo isso, admirou-se e, virando-se para a multidão que o acompanhava, disse: Eu vos afirmo
que nem mesmo em Israel achei tamanha fé. 10Voltando para casa os que haviam sido enviados, encontraram o servo de perfeita saúde.
11Em dia subsequente, dirigia-se Jesus para uma cidade chamada Naim, e iam com ele seus discípulos e uma grande multidão. 12Ao aproximar-se ele da porta da cidade, eis que levavam para fora um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e vinha com ela muita gente da cidade. 13Logo que
Lc 10.1
11.1,39
12.42
13.15
17.5-6
18.6
19.8
22.61
24.34
Jo 4.1
6.23
11.2
o Senhor a viu, compadeceu-se dela e disse-lhe: Não chores! 14Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Moço, eu te mando: levanta-te! 15Aquele que havia estado morto sentou-se e começou a falar; e Jesus o entregou à mãe dele. 16Todos ficaram
cheios de medo
e glorificaram a Deus, dizendo: Um grande
profeta levantou-se entre nós; e: Deus visitou ao seu povo. 17
A notícia disso se divulgou por toda a Judeia e por toda a circunvizinhança.
18
Mt 11.2-19
Todas essas coisas foram contadas a João pelos seus discípulos. 19João, chamando dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar: És tu aquele que há de vir ou havemos de esperar outro? 20Quando esses homens chegaram a Jesus, disseram: João Batista enviou-nos para te perguntar: És tu aquele que há de vir ou havemos de esperar outro? 21Na mesma hora,
curou Jesus a muitos de moléstias,
de flagelos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. 22Então, lhes respondeu: Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, aos pobres anuncia-se-lhes o evangelho. 23E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.
24Partidos que foram os mensageiros de João, começou Jesus a falar ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? 25Mas que saístes a ver? um homem vestido de roupas finas? Os que se vestem ricamente e vivem no luxo, assistem nos palácios dos reis. 26Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, vos digo, e muito mais do que profeta. 27Este é aquele de quem está escrito:
Mt 11.10
Mc 1.2
Eis aí envio eu ante a tua face o meu anjo,
que há de preparar o teu caminho diante de ti.
28Eu vos digo: entre os nascidos de mulher, não há nenhum maior do que João; mas o que é menor no reino de Deus é maior do que ele. 29Ao ouvir isso, todo o povo e até os publicanos36Um dos fariseus convidou-o para jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. 37
Mc 14.3-9
Jo 12.1-8
Havia na cidade uma mulher que era pecadora; ela, sabendo que ele estava jantando na casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; e, 38pondo-se-lhe aos pés, chorando, começou a regá-los com lágrimas, e os enxugava com os cabelos da sua cabeça, e beijava-lhe os pés, e ungia-os com o perfume. 39Ao ver isso, o fariseu que o convidara dizia consigo: Se este homem fosse
Jo 4.19
profeta, saberia quem é a que o toca e que sorte de mulher é, pois é uma pecadora. 40Disse Jesus ao fariseu: Simão, tenho uma coisa para te dizer. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. 41Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos
Mc 6.37
denáriosUm denário valia 315 réis, moeda brasileira., e o outro, cinquenta. 42
Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou a dívida a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? 43Respondeu Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. 44Virando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa
19.2
43.24
Jz 19.21
1Tm 5.10
e não me deste água para os pés; mas esta mos regou com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. 45
Não me deste ósculo; ela, porém, desde que entrei, não cessou de beijar-me os pés. 46
Ec 9.82Sm 12.20
Dn 10.3
Não ungiste a minha cabeça com óleo, mas esta com perfume ungiu os meus pés. 47Por isso, te digo: Perdoados lhe são os seus pecados, que são muitos, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa pouco ama. 48Disse à mulher:
Perdoados são os teus pecados. 49Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer consigo mesmos: Quem é este que até perdoa pecados? 50Mas Jesus disse à mulher:
Mt 9.22
A tua fé te salvou;
Mc 5.34
vai-te em paz.