Jó queixa-se da obstinação e dureza dos seus amigos

19¹Então, respondeu Jó:

²Até quando afligireis a minha alma

e me despedaçareis com palavras?

³Já são dez vezes que me haveis vituperado.

Não vos envergonhais de me oprimir?

⁴Embora tenha eu de fato errado,

o meu erro fica comigo.

⁵Se

e me incriminardes pelo meu opróbrio,

⁶sabei que

e me cercou com a

⁷Eis que

peço socorro, porém não há justiça.

⁸

e pôs

⁹

e tirou-me da cabeça

¹⁰De todos os lados,

e a minha

¹¹

e

¹²Avançam-se

e acampam-se ao redor da minha tenda.

¹³Ele

¹⁴Meus parentes faltaram,

e

¹⁵Os que moram em minha casa e as minhas servas me têm por estranho.

Sou estrangeiro aos seus olhos.

¹⁶Chamo ao meu servo, e ele não me responde.

Tenho que suplicar-lhe com a minha boca.

¹⁷O meu bafo é intolerável à minha mulher,

sou repugnante aos filhos de minha mãe.

¹⁸Até os pequeninos me

Tentando levantar-me, falam de mim.

¹⁹Todos os

e os que eu amava me voltam as costas.

²⁰Os

e escapei-me com a pele dos meus dentes.

²¹Compadecei-vos de mim, compadecei-vos de mim, amigos meus,

pois a

²²Por que me

e não cessais de devorar a minha carne?

²³Oxalá que as minhas palavras fossem agora escritas!

Oxalá que fossem

²⁴Que com uma pena de ferro e com chumbo,

fossem para sempre gravadas na rocha!

²⁵Sei, porém, que

e o que vem depois de mim se levantará em pé sobre o pó;

²⁶E, depois de destruída esta minha pele,

mesmo fora da minha carne

²⁷Vê-lo-ei ao meu lado,

e os meus olhos o contemplarão, não mais como adversário.

Eis que os meus rins

²⁸Se disserdes: Como o havemos

E que a causa deste mal se acha em mim,

²⁹temei a

Terríveis são os castigos dela,

para que saibais