11E SUCEDEU nos dias
Et 8.9
Dn 6.1
9.1
de Assuero (este é aquele Assuero que reinou desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias); 2Naqueles dias, assentando-se
Ne 1.1
o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que está na fortaleza de Susã, 3No terceiro ano de seu reinado, fez
Et 2.18
Mc 6.21
um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da Pérsia e Média e os maiores senhores das províncias estavam perante ele), 4Para mostrar as riquezas da glória do seu reino, e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber: cento e oitenta dias. 5E, acabados aqueles dias, fez o rei um convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real. 6As tapeçarias eram de pano branco, verde, e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore;
Ez 23.41
Am 2.8
6.4
os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas. 7E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei. 8E o beber era por lei, que ninguém forçasse a outro; porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa, que fizessem conforme à vontade de cada um. 9Também a rainha Vasti fez um banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero.
10E ao sétimo dia,
estando já o coração do rei alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta,
Harbona, Bigtã, e Abagta, Zetar, e a Carcas, os sete eunucos que serviam na presença do rei Assuero, 11Que introduzissem na presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a sua formosura, porque era formosa à vista. 12Porém a rainha Vasti recusou vir conforme à palavra do rei, pela mão dos eunucos; pelo que o rei muito se enfureceu, e ardeu nele a sua ira. 13Então perguntou o rei aos sábios que
Jr 10.7
Dn 2.12
Mt 2.1
entendiam dos tempos (porque assim se tratavam os negócios do rei na presença de todos os que sabiam a lei e o direito; 14E os mais chegados a ele eram: Carsena, Setar, Admata, Tarsis, Meres, Marsena, Memucã, os
Ed 7.14
sete príncipes dos persas e dos medos, que viam a face do rei, e se assentavam os primeiros no reino), 15O que, segundo a lei, se devia fazer da rainha Vasti, por não haver cumprido o mandado do rei Assuero, pela mão dos eunucos? 16Então disse Memucã na presença do rei e dos príncipes: Não somente pecou contra o rei a rainha Vasti, mas também contra todos os príncipes, e contra todos os povos que há em todas as províncias do rei Assuero. 17Porque a notícia deste feito da rainha sairá a todas as mulheres,
de modo que desprezarão a seus maridos aos seus olhos quando se disser: Mandou o rei Assuero que introduzissem à sua presença a rainha Vasti, porém ela não veio. 18E neste mesmo dia as princesas da Pérsia e da Média dirão o mesmo a todos os príncipes do rei, ouvindo o feito da rainha; e assim haverá assaz desprezo e indignação. 19Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito real, e escreva-se nas leis dos persas e dos medos, e não se quebrante que Vasti não entre mais na presença do rei Assuero e o rei dê o reino dela à sua companheira que seja melhor do que ela. 20E, ouvindo-se o mandado, que o rei decretar em todo o seu reino (porque é grande), todas
Cl 3.18
1Pe 3.1
as mulheres darão honra a seus maridos, desde a maior até à menor. 21E pareceram bem estas palavras aos olhos do rei e dos príncipes; e fez o rei conforme à palavra de Memucã. 22Então enviou cartas a todas
as províncias do rei, a cada província segundo a sua escritura, e a cada povo segundo a sua língua:
1Tm 2.12
Que cada homem fosse senhor em sua casa; e que isto se publicasse em todos os povos conforme a língua de cada um.
21PASSADAS estas cousas, e apaziguado já o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que fizera, e do que se tinha decretado
a seu respeito. 2Então disseram os mancebos do rei que lhe serviam: Busquem-se para o rei moças virgens, formosas à vista. 3E ponha o rei comissários em todas as províncias do seu reino, que reúnam todas as moças virgens, formosas à vista, na fortaleza de Susã, na casa das mulheres, debaixo da mão de Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres, e deem-se-lhes os seus enfeites. 4E a moça que parecer bem aos olhos do rei, reine em lugar de Vasti. E isto pareceu bem aos olhos do rei, e assim fez. 5Havia então um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita, 6Que
2Cr 36.10,20
Jr 24.1
fora transportado de Jerusalém, com os cativos que foram levados com Jeconias, rei de Judá, o qual transportara Nabucodonosor, rei de Babilônia. 7Este criara a
Hadassa (que é Ester, filha do seu tio), porque não tinha pai nem mãe; e era moça bela de parecer, e formosa à vista; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha. 8Sucedeu pois que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei, e ajuntando-se muitas moças na fortaleza de
Susã, debaixo da mão de Hegai, também levaram Ester à casa do rei, debaixo da mão de Hegai, guarda das mulheres. 9E a moça pareceu formosa aos seus olhos, e alcançou graça perante ele; pelo que se apressou
a dar-lhe os seus enfeites, e os seus alimentos, como também em lhe dar sete moças de respeito da casa do rei; e a fez passar com as suas moças ao melhor lugar da casa das mulheres. 10Ester
porém não declarou o seu povo e a sua parentela; porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que o não declarasse. 11E passeava Mardoqueu cada dia diante do pátio da casa das mulheres, para se informar de como Ester passava, e do que lhe sucederia. 12E, chegando já a vez de cada moça, para vir ao rei Assuero, depois que fora feito a cada uma segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias das suas purificações, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias, e com as cousas para a purificação das mulheres). 13Desta maneira pois entrava a moça ao rei; tudo quanto ela desejava se lhe dava, para ir da casa das mulheres à casa do rei; 14À tarde entrava, e pela manhã tornava à segunda casa das mulheres, debaixo da mão de Saazgaz, eunuco do rei, guarda das concubinas; não tornava mais ao rei, salvo se o rei a desejasse, e fosse chamada por nome. 15Chegando pois a vez de Ester, filha
de Abigail, tio de Mardoqueu (que a tomara por sua filha), para ir ao rei, cousa nenhuma pediu, senão o que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres; e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam. 16Assim foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado. 17E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens: e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti. 18Então o rei fez um grande convite a
todos os seus príncipes e aos seus servos para a festa de Ester; e deu repouso às províncias, e fez presentes segundo o estado do rei. 19E reunindo-se segunda vez as virgens,
3.2
Mardoqueu estava assentado à porta do rei. 20Ester
porém não declarava a sua parentela e o seu povo, como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria o mandado de Mardoqueu, como quando a criara.
21Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois eunucos do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se indignaram, e procuraram pôr as mãos no rei Assuero. 22E veio isto ao conhecimento de Mardoqueu
e ele o fez saber à rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu. 23E inquiriu-se o negócio, e se descobriu, e ambos foram enforcados numa forca; e foi escrito
nas crônicas perante o rei.
31DEPOIS destas cousas o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata,
1Sm 15.8
agagita, e o exaltou; e pôs o seu lugar acima de todos os príncipes que estavam com ele. 2E todos os servos do rei, que estavam
à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu
não se inclinava nem se prostrava. 3Então os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o
mandado do rei? 4Sucedeu pois que, dizendo-lhe eles isto de dia em dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era judeu. 5Vendo pois
5.9
Dn 3.19
Hamã que Mardoqueu se não inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor. 6Porém em seus olhos teve em pouco o pôr as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado o povo de Mardoqueu); Hamã pois procurou destruir a todos os judeus que havia em todo o reino de Assuero, ao povo de Mardoqueu.
7No primeiro mês (que é o mês de nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto
é, a sorte, perante Hamã, de dia em dia, e de mês em mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de adar. 8E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo,
At 16.20
cujas leis são diferentes das leis de todos os povos, e que não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar. 9Se bem parecer ao rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei. 10Então tirou o rei
Et 8.2,8
o anel da sua mão, e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus. 11E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos. 12Então
chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no dia treze do mesmo, e conforme a tudo quanto Hamã mandou se escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província e aos principais de cada povo; a cada província segundo a sua escritura, e a cada povo segundo
8.9
a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou. 13E as cartas se enviaram pela mão
Et 8.8,10,12
dos correios a todas as províncias do rei, que destruíssem, matassem, e lançassem a perder a todos os judeus desde o moço até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é mês de adar),
e que saqueassem o seu despojo. 14Uma cópia
do escrito para que se proclamasse a lei em cada província, foi enviada a todos os povos, para que estivessem preparados para aquele dia. 15Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei, saíram, e a lei se proclamou na fortaleza de Susã; e o rei e Hamã se assentaram a beber; porém a cidade de Susã
Pv 29.2
estava confusa.