71MELHOR é a boa fama do que o melhor unguento, e o dia da morte do que o dia do nascimento de alguém. 2Melhor
22.1
é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração. 3Melhor é a tristeza do que o riso,
porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. 4O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria. 5Melhor
15.31-32
é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo. 6Porque qual o crepitar dos espinhos debaixo duma panela, tal é o riso do tolo: também isto é vaidade. 7Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até o sábio,
Dt 16.19
e a peita corrompe o coração. 8Melhor é o fim das cousas do que o princípio delas:
melhor é o longânimo do que o altivo de coração. 9Não te
16.32
Tg 1.19
apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos. 10Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? porque nunca com sabedoria isto perguntarias. 11Tão boa é a sabedoria como a herança,
e dela tiram proveito os que veem o sol. 12Porque a sabedoria serve de sombra, como de sombra serve o dinheiro; mas a excelência da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor. 13Atenta para a obra de Deus;
Ec 1.15
Is 14.27
porque quem poderá endireitar o que ele fez torto? 14No dia da prosperidade goza do bem,
mas no dia da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada ache que tenha de vir depois dele. 15Tudo isto vi nos dias da minha vaidade;
há um justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga os seus dias na sua maldade. 16Não sejas
Rm 12.3
demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio: porque te destruirias a ti mesmo? 17Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco:
Pv 10.27
por que morrerias fora de teu tempo? 18Bom é que retenhas isto, e também disto não retires a tua mão; porque quem teme a Deus escapa de tudo isto. 19A sabedoria
24.5
Ec 9.16,18
fortalece ao sábio, mais do que dez governadores que haja na cidade. 20Na verdade que
2Cr 6.36
Pv 20.9
Rm 3.23
1Jo 1.8
não há homem justo sobre a terra, que faça bem, e nunca peque. 21Tão pouco apliques o teu coração a todas as palavras que se disserem, para que não venhas a ouvir que o teu servo te amaldiçoa. 22Porque o teu coração também já confessou muitas vezes que tu amaldiçoaste a outros. 23Tudo isto inquiri com sabedoria; e disse:
Sabedoria adquirirei; mas ela ainda estava longe de mim. 24Longe
está o que foi, e profundíssimo; quem o achará? 25Eu tornei a voltar-me, e determinei em meu coração saber, e inquirir, e buscar a sabedoria e a razão, e conhecer a loucura da impiedade e a doidice dos desvarios. 26E eu achei
22.14
uma cousa mais amarga do que a morte, a mulher cujo coração são redes e laços, e cujas mãos são ataduras: quem for bom diante de Deus escapará dela, mas o pecador virá a ser preso por ela. 27Vedes aqui, isto achei
diz o pregador, conferindo uma cousa com a outra para achar a causa; 28Causa que a minha alma ainda busca, mas não a achei; um homem entre mil achei eu, mas uma mulher entre todas estas não achei. 29Vede, isto tão somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas eles buscaram muitas invenções.
81QUEM é como o sábio? e quem sabe a interpretação das cousas? A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e a dureza do seu rosto se muda. 2Eu digo:
At 6.15
Observa o mandamento do rei, e isso em consideração para com o juramento de Deus. 3Não te apresses
Rm 13.5
a sair da presença dele, nem persistas em alguma cousa má, porque ele faz tudo o que quer. 4Porque a palavra do rei tem poder;
e quem lhe dirá: Que fazes? 5Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo. 6Porque para
todo o propósito há tempo e modo; porquanto o mal do homem é grande sobre ele. 7Porque não sabe
Ec 6.12
9.12
10.14
o que há de suceder: e, como haja de suceder, quem lho dará a entender? 8Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para reter o espírito; nem tem poder
sobre o dia da morte; nem há armas nesta peleja: nem tão pouco a impiedade livrará aos ímpios. 9Tudo isto vi quando apliquei o meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol: tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua. 10Assim também vi os ímpios sepultados, e eis que havia quem fosse à sua sepultura, e os que fizeram bem e saíam do lugar santo, foram esquecidos na cidade: também isto é vaidade.
11Visto como
se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal. 12Ainda
Rm 2.5
que o pecador faça mal, cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, eu sei com certeza
Mt 25.34,41
que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temerem diante dele. 13Mas ao ímpio não irá bem, e ele não prolongará os seus dias; será como a sombra, visto que ele não teme diante de Deus. 14Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra: há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios, e há ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos. Digo que também isto é vaidade. 15Então exaltei eu a alegria, porquanto o homem nenhuma cousa melhor tem debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se; porque isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus lhe dá debaixo do sol. 16Aplicando eu o meu coração a conhecer a sabedoria, e a ver o trabalho que há sobre a terra (pois nem de dia nem de noite vê o homem sono nos seus olhos); 17Então vi toda a obra de Deus,
Ec 3.11
Rm 11.33
que o homem não pode alcançar a obra que se faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a buscar, não a achará; e, ainda que diga o sábio que a virá a conhecer, nem por isso a poderá alcançar.
91DEVERAS revolvi todas estas cousas no meu coração, para claramente entender tudo isto:
que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus, e também que o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante a sua face. 2Tudo
Ml 3.15
sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio: ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica: assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. 3Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo; que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; que há desvarios no seu coração, na sua vida, e que depois se vão aos mortos. 4Ora, para o que acompanha com todos os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto). 5Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma, nem tão pouco eles têm jamais recompensa,
Is 26.14
mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. 6Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em cousa alguma do que se faz debaixo do sol. 7Vai, pois, come com alegria o teu pão
e bebe com bom coração o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras. 8Em todo o tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. 9Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vaidade, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade: porque esta é a tua porção nesta vida, e do teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol. 10Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.
11Voltei-me,
Am 2.14-15
e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja, nem tão pouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos. 12Que também
o homem não conhece o seu tempo; como os peixes que se pescam com a rede maligna, e como os passarinhos que se prendem com o laço,
Lc 12.20,39
17.26
1Ts 5.3
assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre eles. 13Também vi sabedoria debaixo do sol, que foi para mim grande: 14Houve
uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes tranqueiras: 15E vivia nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem. 16Então disse eu:
24.5
Ec 7.19
9.18
Mc 6.2-3
Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e as suas palavras não foram ouvidas. 17As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina sobre os tolos. 18Melhor
Ec 9.16
é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens.