21DISSE eu no meu coração:
Ora vem, eu te provarei com a alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isto era vaidade. 2Do riso disse:
Está doido; e da alegria: De que serve esta? 3Busquei
no meu coração como me daria ao vinho (regendo porém o meu coração com sabedoria), e como reterei a loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu, durante o número dos dias de sua vida. 4Fiz para mim obras magníficas: edifiquei para mim casas: plantei para mim vinhas. 5Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto. 6Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. 7Adquiri servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém. 8Amontoei também para mim prata e ouro, e joias de reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda a sorte. 9E engrandeci-me, e
aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém: perseverou também comigo a minha sabedoria. 10E tudo quanto desejaram os meus olhos não lho neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho,
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e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho. 11E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade
e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol. 12Então passei à contemplação da sabedoria, e dos desvarios,
e da doidice; porque, que fará o homem que seguir ao rei? o mesmo que outros já fizeram; 13Então vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas. 14Os olhos
Ec 8
do sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas: também então entendi eu que o mesmo lhes sucede a todos. 15Pelo que eu disse no meu coração: Como acontece ao tolo, assim me sucederá a mim; por que então busquei eu mais a sabedoria? Então disse no meu coração que também isto era vaidade. 16Porque nunca haverá mais lembrança do sábio do que do tolo; porquanto de tudo nos dias futuros total esquecimento haverá. E como morre o sábio, assim morre o tolo! 17Pelo que aborreci esta vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era penosa; sim, tudo é vaidade e aflição de espírito. 18Também eu aborreci todo o meu trabalho, em que trabalhei debaixo do sol, visto como eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim. 19E quem sabe se será sábio ou tolo? contudo, ele se assenhoreará de todo o meu trabalho em que trabalhei, e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isto é vaidade. 20Pelo que eu me apliquei a fazer que o meu coração perdesse a esperança de todo o trabalho, em que trabalhei debaixo do sol. 21Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, e ciência, e destreza; contudo, a um homem que não trabalhou nele, o deixará como porção sua; também isto é vaidade e grande enfado. 22Porque,
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que mais tem o homem de todo o seu trabalho, e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol? 23Porque todos os seus dias
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são dores, e a sua ocupação é desgosto; até de noite não descansa o seu coração: também isto é vaidade. 24Não é pois bom para o homem que
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coma e beba, e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também eu vi que vem da mão de Deus. 25(Porque quem pode comer, ou quem 2.25: Hebr. se apressaria a gozarpode gozar melhor do que eu?) 26Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria e conhecimento e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe,
Pv 28.8
e o dê ao bom perante a sua face. Também isto é vaidade e aflição de espírito.