11NO ano terceiro do reinado de Joaquim,
2Cr 36.6
rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou. 2E o Senhor entregou nas suas mãos a Joaquim, rei de Judá,
Gn 10.10
11.2
Is 11.11
Zc 5.11
e uma parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus,
e pôs os vasos na casa do tesouro do seu deus. 3E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos nobres, 4Mancebos
em quem não houvesse defeito algum, formosos de parecer, e instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viverem no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados
nas letras e na língua dos caldeus. 5E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles
Gn 41.45
1Rs 10.3
pudessem estar diante do rei. 6E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. 7E o chefe dos eunucos lhes pôs
2Rs 24.17
outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego. 8E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção
Ez 4.13
Os 9.3
do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar. 9Ora
deu Deus a Daniel graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. 10E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida: porque veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos mancebos que são vossos iguais? assim arriscareis a minha cabeça para com o rei. 11Então disse Daniel ao 1.11: Hebr. ham-malzardespenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias: 12Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos deem em legumes a comer, e água a beber. 13Então se veja diante de ti o nosso parecer, e o parecer dos mancebos que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos. 14E ele conveio nisto, e os experimentou dez dias. 15E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores; eles estavam mais gordos do que todos os mancebos que comiam porção do manjar do rei. 16Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles, e o vinho que deviam beber, e lhes dava legumes. 17Ora, a estes quatro mancebos
At 7.22
Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria;
mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. 18E ao fim dos dias, em que o rei tinha dito que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. 19E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso permaneceram
Dn 1.5
diante do rei. 20E em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino. 21E Daniel
10.1
esteve até ao primeiro ano do rei Ciro.
21E NO segundo ano do reinado de Nabucodonosor teve Nabucodonosor uns sonhos;
Dn 4.5
6.18
Et 6.1
e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o seu sono. 2E o rei mandou
Dn 5.7
chamar os magos, e os astrólogos, e os encantadores, e os caldeus, para que declarassem ao rei qual tinha sido o seu sonho; e eles vieram e se apresentaram diante do rei. 3E o rei lhes disse: Tive um sonho; e para saber o sonho está perturbado o meu espírito. 4E os caldeus disseram ao rei em siríaco: Ó rei,
Dn 3.9
5.10
vive eternamente! dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação. 5Respondeu o rei, e disse aos caldeus: O que foi me tem escapado; se me não fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados,
Dn 3.29
e as vossas casas serão feitas um monturo; 6Mas se
vós me declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim dons, e dádivas, e grande honra; portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação. 7Responderam segunda vez, e disseram: Diga o rei o sonho a seus servos, e daremos a sua interpretação. 8Respondeu o rei, e disse: Percebo muito bem que vós quereis ganhar tempo; porque vedes que o que eu sonhei me tem escapado. 9Por consequência, se me não fazeis saber o sonho, uma só sentença será a vossa: pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo: portanto dizei-me o sonho, para que eu entenda que me podeis dar a sua interpretação. 10Responderam os caldeus na presença do rei, e disseram: Não há ninguém sobre a terra que possa declarar a palavra ao rei; pois nenhum rei há, senhor ou dominador, que requeira cousa semelhante dalgum mago, ou astrólogo, ou caldeu. 11Porquanto a cousa que o rei requer é difícil, e ninguém há que a possa declarar diante do rei,
5.11
senão os deuses, cuja morada não é com a carne. 12Então o rei muito se irou e enfureceu; e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia. 13E saiu o decreto, segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram a Daniel e aos seus companheiros, para que fossem mortos. 14Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de Babilônia. 15Respondeu, e disse a Arioque, prefeito do rei: Por que se apressa tanto o mandado da parte do rei? Então Arioque explicou o caso a Daniel. 16E Daniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que pudesse dar a interpretação. 17Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, 18Para
que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, com o resto dos sábios de Babilônia. 19Então foi revelado o segredo a Daniel numa
Jó 33.15-16
visão de noite: então Daniel louvou o Deus do céu. 20Falou Daniel, e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; 21Ele muda
Et 1.13
Dn 7.25
11.6
Jr 27.5
os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis:
ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos. 22Ele revela o profundo e o escondido: conhece o que está em trevas, e
com ele mora a luz. 23Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e força;
e agora me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei. 24Por isso Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios de Babilônia: entrou, e disse-lhe assim: Não mates os sábios de Babilônia; introduze-me na presença do rei, e darei ao rei a interpretação. 25Então Arioque depressa introduziu Daniel na presença do rei, e disse-lhe assim: Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá, o qual fará saber ao rei a interpretação. 26Respondeu o rei, e disse a Daniel (cujo nome era Beltessazar): Podes tu fazer-me saber o sonho que vi e a sua interpretação? 27Respondeu Daniel na presença do rei, e disse: O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei; 28Mas
Dn 2.18,47
Am 4.13
há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser
no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas: 29Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há de ser depois disto. Aquele pois
que revela os segredos te fez saber o que há de ser. 30E a mim
At 3.12
me foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes,
mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração. 31Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua: esta estátua, que era grande e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível. 32A cabeça
daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; 33As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. 34Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada,
2Co 5.1
sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. 35Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro,
os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se fez um
grande monte, e encheu toda a terra. 36Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei. 37Tu,
Is 47.5
Jr 27.6-7
Ez 26.7
ó rei, és rei de reis: pois o Deus do céu te tem dado o reino, o poder, e a força, e a majestade. 38E onde
Jr 27.6
quer que habitem filhos de homens, animais do campo, e aves do céu, ele tos entregou na tua mão, e fez que dominasses sobre todos eles;
tu és a cabeça de ouro. 39E depois de ti se levantará outro reino,
5.28,31
inferior ao teu; e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra. 40E
o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as cousas, ele esmiuçará e quebrantará. 41E, quanto
ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma cousa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. 42E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. 43Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro. 44Mas, nos dias destes reis,
4.34
Mq 4.7
Lc 1.32-33
o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo:
esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre. 45Da maneira
Is 28.16
como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disto; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação. 46Então
14.13
o rei Nabucodonosor caiu sobre o seu rosto, e adorou a Daniel,
e ordenou que lhe fizessem oferta de manjares e perfumes suaves. 47Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos,
pois pudeste revelar este segredo. 48Então o rei engrandeceu a Daniel,
e lhe deu muitos e grandes dons e o pôs por governador de toda a província de Babilônia,
9.4
como também por principal governador de todos os sábios de Babilônia. 49E pediu Daniel ao rei,
e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego;
3.2
mas Daniel estava às portas do rei.
31O REI Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, a altura da qual era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados: levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia. 2E o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos e presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais, e todos os governadores das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado. 3Então se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos e presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais, e todos os governadores das províncias, para a consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado, e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado. 4E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós,
ó povos, nações e gente de todas as línguas: 5Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, vos prostrareis, e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado. 6E qualquer que se não prostrar e não a adorar,
será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente. 7Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, e de toda a sorte de música, se prostraram todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado. 8Ora, no mesmo instante, se chegaram
alguns homens caldeus, e acusaram os judeus. 9E falaram, e disseram ao rei Nabucodonosor:
5.10
Ó rei, vive eternamente! 10Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo o homem que ouvisse o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, e da gaita de foles, e de toda a sorte de música, se prostraria e adoraria a estátua de ouro; 11E, qualquer que se não prostrasse e adorasse, seria lançado dentro do forno de fogo ardente. 12
Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abednego: estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem a estátua de ouro, que levantaste, adoraram. 13Então Nabucodonosor, com ira e furor, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abednego. E trouxeram a estes homens perante o rei. 14Falou Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei? 15Agora pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da guitarra, da harpa, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se a não adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro do forno de fogo ardente:
2Rs 18.35
e quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? 16Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. 17Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. 18E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste. 19Então Nabucodonosor se encheu de furor, e se mudou o aspecto do seu semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego: falou, e ordenou que o forno se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer. 20E ordenou aos homens mais fortes, que estavam no seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, para os lançarem no forno de fogo ardente. 21Então aqueles homens foram atados com as suas capas, seus calções, e seus chapéus, e seus vestidos, e foram lançados dentro do forno de fogo ardente. 22E, porque a palavra do rei apertava, e o forno estava sobremaneira quente, a chama do fogo matou aqueles homens que levantaram a Sadraque, Mesaque e Abednego. 23E estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro do forno de fogo ardente. 24Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa: falou, e disse aos seus capitães: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei. 25Respondeu, e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos,
que andam passeando dentro do fogo, e nada há de lesão neles;
38.7
Dn 3.28
e o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos deuses. 26Então se chegou Nabucodonosor à porta do forno de fogo ardente; falou, e disse: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo. 27E ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, e os presidentes, e os capitães do rei, contemplando estes homens,
e viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos: nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles. 28Falou Nabucodonosor, e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, que enviou o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram nele,
Dn 6.22-23
pois 3.28: ou mudaramnão quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus. 29Por mim pois
é feito um decreto, pelo qual todo o povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, seja despedaçado e as suas casas sejam feitas um monturo;
porquanto não há outro Deus que possa livrar como este. 30Então o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abednego, na província de Babilônia.