201ENTÃO se achou ali por acaso um homem de Belial, cujo nome era Seba, filho de Bicri, homem de Benjamim, o qual tocou a buzina, e disse:
1Rs 12.16
2Cr 10.16
Não temos parte em Davi, nem herança no filho de Jessé; cada um às suas tendas, ó Israel. 2Então todos os homens de Israel deixaram de seguir Davi, e seguiram Seba, filho de Bicri; porém os homens de Judá se uniram ao seu rei desde o Jordão até Jerusalém. 3Vindo pois Davi para sua casa, a Jerusalém, tomou o rei as dez mulheres, suas concubinas,
16.21-22
que deixara para guardarem a casa, e as pôs numa casa em guarda, e as sustentava; porém não entrou a elas: e estiveram encerradas até ao dia da sua morte, vivendo como viúvas. 4Disse mais o rei a Amasa:
Convoca-me os homens de Judá para o terceiro dia: e tu então apresenta-te aqui. 5E foi Amasa para convocar a Judá: porém demorou-se além do tempo que lhe tinha designado. 6Então disse Davi a Abisai: Mais mal agora nos fará Seba, o filho de Bicri, do que Absalão: pelo que toma tu os servos
1Rs 1.33
de teu senhor, e persegue-o, para que porventura não ache para si cidades fortes, e escape dos nossos olhos. 7Então saíram atrás dele os homens de Joabe, e os quereteus,
1Rs 1.38
e os peleteus, e todos os valentes: estes saíram de Jerusalém para irem atrás de Seba, filho de Bicri. 8Chegando eles pois à pedra grande que está junto a Gibeom, Amasa veio perante eles: e estava Joabe cingido da sua roupa que vestiu, e sobre ela um cinto com a espada, em seus lombos, na sua bainha: e, adiantando-se ele, lhe caiu. 9E disse Joabe a Amasa: Vai contigo bem, meu irmão? E Joabe, com a mão direita, pegou
Lc 22.47
da barba de Amasa, para o beijar. 10E Amasa não se resguardou da espada que estava na mão de Joabe, de sorte que este o feriu
1Rs 2.5
com ela na quinta costela, e lhe derramou por terra as entranhas; e não o feriu segunda vez, e morreu: então Joabe e Abisai, seu irmão, foram atrás de Seba, filho de Bicri. 11Mas um dentre os moços de Joabe parou junto a ele, e disse: Quem há que bem queira a Joabe, e quem seja por Davi, siga a Joabe. 12E Amasa estava envolto no seu sangue no meio do caminho: e, vendo aquele homem que todo o povo parava, desviou a Amasa do caminho para o campo, e lançou sobre ele um manto; porque via que todo aquele que chegava a ele parava. 13E, como estava apartado do caminho, todos os homens seguiram a Joabe, para perseguirem a Seba filho de Bicri. 14E passou por todas as tribos de Israel até Abel, a saber, a
19.32
2Cr 16.4
Bete-Maaca e a todos os beritas: e ajuntaram-se todos, e também o seguiram. 15E vieram, e o cercaram em Abel de Bete-Maaca, e levantaram uma tranqueira contra a cidade, assim que já estava em frente do antemuro: e todo o povo que estava com Joabe batia o muro, para o derribar. 16Então uma mulher sábia gritou de dentro da cidade: Ouvi, ouvi, peço-vos que digais a Joabe: Chega-te cá, para que eu te fale. 17Chegou-se a ela, e disse a mulher: Tu és Joabe? E disse ele: Eu sou. E ela lhe disse: Ouve as palavras de tua serva. E disse ele: Ouço. 18Então falou ela, dizendo: Antigamente costumava-se falar, dizendo: Certamente pediram conselho a Abel; e assim o cumpriam. 19Eu sou uma das pacíficas e das fiéis em Israel: e tu procuras matar uma cidade que é madre em Israel: por que pois devorarias
2Sm 21.3
a herança do Senhor? 20Então respondeu Joabe, e disse: Longe, longe de mim que eu tal faça, que eu devore ou arruíne! 21A cousa não é assim: porém um só homem do monte de Efraim, cujo nome é Seba, filho de Bicri, levantou a mão contra o rei, contra Davi; entregai-me só este, e retirar-me-ei da cidade. Então disse a mulher a Joabe: Eis que te será lançada a sua cabeça pelo muro. 22E a mulher, na sua
sabedoria, entrou a todo o povo, e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e a lançaram a Joabe: então tocou a buzina, e se retiraram da cidade, cada um para as suas tendas, e Joabe voltou a Jerusalém, ao rei. 23E Joabe
estava sobre todo o exército de Israel; e Benaia, filho de Joiada, sobre os quereteus e sobre os peleteus; 24E Adorão sobre
1Rs 4.3,6
os tributos; e Josafá, filho de Ailude, era o chanceler; 25E Seva o escrivão; e Zadoque
1Rs 4.4
e Abiatar os sacerdotes; 26E também Ira,
o jairita, era o 20.26: ou sacerdoteoficial-mor de Davi.
211E HOUVE em dias de Davi uma fome de três anos, de ano em ano; e Davi consultou o Senhor, e o Senhor lhe disse: É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas. 2Então chamou o rei aos gibeonitas, e lhes falou (ora os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do resto
dos amorreus, e os filhos de Israel lhes tinham jurado, porém Saul procurou feri-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá). 3Disse pois Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça? e que satisfação vos darei, para que abençoeis a
herança do Senhor? 4Então os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tão pouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. E disse ele: Que é pois que quereis que vos faça? 5E disseram ao rei: Quanto ao homem que nos destruiu, e procurou que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em termo algum de Israel. 6De seus filhos se nos deem sete homens, para que os enforquemos ao Senhor em Gibeá
11.4
de Saul, o eleito do Senhor. E disse o rei: Eu os darei. 7Porém o rei poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por
20.8,15,42
23.18
causa do juramento do Senhor, que entre eles houvera, entre Davi e Jônatas, filho de Saul. 8Porém tomou o rei os dois filhos de
Rispa, filha de Aia, que tinha tido de Saul, a saber a Armoni e a Mefibosete; como também os cinco filhos da irmã de Mical, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita. 9E os entregou na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o
Senhor; e caíram estes sete juntamente: e foram mortos nos dias da sega, nos dias primeiros, no princípio da sega das cevadas. 10Então Rispa,
2Sm 3.7
21.8
filha de Aia, tomou um pano de cilício, e estendeu-lho sobre uma penha, desde o princípio da sega, até que destilou a água sobre eles do céu: e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite. 11E foi dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aia, concubina de Saul. 12Então foi Davi, e tomou os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho, dos moradores de
Jabes-Gileade os quais os furtaram da rua de Bete-Sã, onde os
filisteus os tinham pendurado, quando os filisteus feriram a Saul em Gilboa. 13E fez subir dali os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho: e ajuntaram também os ossos dos enforcados. 14Enterraram os ossos de Saul, e de Jônatas seu filho na terra de Benjamim,
18.28
2Sm 24.25
em Zela, na sepultura de seu pai Quis, e fizeram tudo o que o rei ordenara; e depois disto Deus se aplacou para com a terra.
15Tiveram mais os filisteus uma peleja contra Israel: e desceu Davi, e com ele os seus servos: e tanto pelejaram contra os filisteus, que Davi se cansou. 16E Isbi-Benobe, que era dos filhos do gigante, e o peso de cuja lança tinha trezentos siclos de cobre, e que cingia uma espada nova, este intentou ferir Davi. 17Porém Abisai, filho de Zeruia, o socorreu, e feriu o filisteu, e o matou: então os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais
1Rs 11.36
15.4
Sl 132.17
sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel. 18E aconteceu
20.4
depois disto que houve em Gobe ainda outra peleja contra os filisteus: então Sibecai, o husatita, feriu a Safe, que era dos filhos do gigante. 19Houve mais outra peleja contra os filisteus em Gobe: e Elanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita
feriu Golias, o geteu, de cuja lança era a haste como órgão de tecelão. 20Houve ainda também
outra peleja em Gate, onde estava um homem de alta estatura, que tinha em cada mão seis dedos, e em cada pé outros seis, vinte e quatro por todos, e também este nascera do gigante. 21E injuriava a Israel: porém Jônatas, filho de
Simeia, irmão de Davi, o feriu. 22Estes
quatro nasceram ao gigante em Gate: e caíram pela mão de Davi e pela mão de seus servos.
221E FALOU
Jz 5.1
Davi ao Senhor as palavras deste cântico, no dia em que o Senhor o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. 2Disse pois: O Senhor
é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador. 3Deus é o meu rochedo
Pv 18.10
Jr 16.19
Lc 1.69
Hb 2.13
nele confiarei: o meu escudo, e 22.3: Hebr. o chifrea força de minha salvação, o meu alto retiro, e o meu refúgio. Ó meu Salvador, de violência me salvaste. 4O Senhor, digno de louvor, invoquei, e de meus inimigos fiquei livre. 5Porque me cercaram as ondas de morte: as torrentes de Belial me assombraram. 6Cordas
do inferno me cingiram; encontraram-me laços de morte. 7Estando
Sl 116.4
Jn 2.2
em angústia invoquei ao Senhor, e a meu Deus clamei: do seu templo ouviu ele a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos. 8Então se abalou e tremeu a
Jó 26.11
terra, os fundamentos dos céus se moveram e abalaram, porque ele se irou. 9Subiu
Hc 3.5
Hb 12.29
o fumo de seus narizes, e da sua boca um fogo devorador: carvões se incenderam dele. 10E abaixou
1Rs 8.12
Sl 97.2
Is 64.1
os céus, e desceu: e uma escuridão havia debaixo de seus pés. 11E subiu um querubim, e voou: e foi visto sobre as asas do vento. 12E por tendas pôs
Sl 97.2
as trevas ao redor de si: ajuntamento de águas, nuvens dos céus. 13Pelo resplendor da sua presença brasas de fogo se
acendem. 14Trovejou desde os céus o Senhor
1Sm 2.10
7.10
Is 30.30
e o Altíssimo fez soar a sua voz. 15E disparou
Hc 3.11
frechas, e os dissipou: raios, e os perturbou. 16E apareceram as profundezas do mar, os fundamentos do mundo se descobriram: pela repreensão
Sl 106.9
Na 1.4
Mt 8.26
do Senhor; pelo sopro do vento dos seus narizes. 17Desde o alto enviou, e me tomou; tirou-me das muitas águas. 18Livrou-me
do meu possante inimigo, e daqueles que me tinham ódio, porque eram mais fortes do que eu. 19Encontraram-me no dia da minha calamidade: porém o Senhor se fez o meu esteio. 20E
Sl 31.9
tirou-me para o largo, e arrebatou-me dali; porque tinha prazer em mim. 21Recompensou-me o Senhor conforme à
2Sm 22.25
1Rs 8.32
minha justiça: conforme à pureza de minhas mãos me retribuiu. 22Porque guardei
Pv 8.32
os caminhos do Senhor: e não me apartei impiamente do meu Deus. 23Porque todos os seus
juízos estavam diante de mim: e de seus estatutos me não desviei. 24Porém fui
17.1
Jó 1.1
sincero perante ele: e guardei-me da minha iniquidade. 25E me retribuiu
o Senhor conforme à minha justiça, conforme à minha pureza diante dos seus olhos. 26Com o benigno te mostras benigno: com
Mt 5.7
o varão sincero te mostras sincero. 27Com o puro te mostras puro: mas com o perverso te mostras avesso. 28E o povo aflito te livras: mas teus
Jó 40.11-12
Is 2.11-12,17
5.15
Dn 4.37
olhos são contra os altivos, e tu os abaterás. 29Porque tu, Senhor, és a minha candeia: e o Senhor esclarece as minhas trevas. 30Porque contigo passo pelo meio dum esquadrão: pelo meu Deus salto um muro. 31O caminho
Pv 30.5
Dn 4.37
Ap 15.3
de Deus é perfeito e a palavra do Senhor refinada; e é o escudo de todos os que nele confiam. 32Porque, quem é Deus,
Is 45.5-6
senão o Senhor? e quem é rochedo, senão o nosso Deus? 33Deus é a minha
Dt 18.13
Jó 22.3
Is 12.2
Hb 13.21
fortaleza e a minha força, e ele perfeitamente desembaraça o meu caminho. 34Faz ele os meus
2Sm 2.18
Is 33.16
58.14
Hc 3.19
pés como os das cervas, e me põe sobre as minhas alturas. 35Instrui as minhas mãos para a peleja, de maneira que um arco de cobre se quebra pelos meus braços. 36Também me deste o escudo da tua salvação, e pela tua brandura me vieste a engrandecer. 37Alargaste
os meus passos debaixo de mim, e não vacilaram os meus artelhos. 38Persegui os meus inimigos, e os derrotei, e nunca me tornei até que os consumisse. 39E os consumi, e os atravessei, de modo que nunca mais se levantaram, mas caíram debaixo
dos meus pés. 40Porque me cingiste
de força para a peleja, fizeste abater debaixo de mim os que se levantaram contra mim. 41E deste-me o pescoço
Êx 23.27
Js 10.24
de meus inimigos, daqueles que me tinham ódio, e os destruí. 42Olharam, porém, não houve libertador: sim, para o Senhor,
Pv 1.28
Is 1.15
Mq 3.4
porém não lhes respondeu. 43Então os moí
Is 10.6
Dn 2.35
Mq 7.10
Zc 10.5
como o pó da terra; como a lama das ruas os trilhei e dissipei. 44Também me livraste
5.1
19.9,14
20.1-2,22
das contendas do meu povo; guardaste-me para cabeça das nações; o povo que não conhecia,
2Sm 8.1-14
Is 55.5
me servirá. 45Os filhos
Mq 7.17
de estranhos se me sujeitaram; ouvindo a minha voz, me obedeceram. 46Os filhos de estranhos descaíram; e, cingindo-se, saíram dos seus encerramentos. 47Vive o Senhor, e bendito seja o meu rochedo; e exaltado seja Deus, a rocha da minha salvação: 48O Deus que me dá inteira vingança e sujeita os povos debaixo de mim. 49E o que me tira dentre os meus inimigos: e tu me exaltas sobre os que contra mim se levantam; do homem violento me livras. 50Por isso, ó Senhor, te louvarei entre as
gentes, e entoarei louvores ao teu nome. 51Ele é a torre
Sl 144.10
das salvações do seu rei, e usa de benignidade com o seu ungido, com Davi, e com a sua semente para sempre.