11E SUCEDEU, depois da morte de Saul, voltando Davi da
derrota dos amalequitas, e ficando Davi dois dias em Siclague, 2Sucedeu, ao terceiro dia, que eis que um homem
2Sm 4.10
veio do arraial de Saul com os vestidos rotos e com terra sobre a cabeça; e, sucedeu que chegando ele a Davi, se lançou no chão, e se inclinou. 3E Davi lhe disse: Donde vens? E ele, lhe disse: Escapei do exército de Israel. 4E disse-lhe Davi: Como foi lá isso? peço-te, dize-me. E ele lhe respondeu: O povo fugiu da batalha, e muitos do povo caíram e morreram, assim como também Saul e Jônatas, seu filho, foram mortos. 5E disse Davi ao mancebo que lhe trazia as novas: Como sabes tu que Saul e Jônatas, seu filho, são mortos? 6Então disse o mancebo que lhe dava a notícia: Cheguei por acaso
à montanha de Gilboa, e eis que Saul estava encostado sobre a sua lança, e eis que os carros e capitães de cavalaria apertavam com ele. 7E, olhando ele para trás de si viu-me a mim, e chamou-me; e eu disse: Eis-me aqui. 8E ele me disse: Quem és tu? E eu lhe disse: Sou amalequita. 9Então ele me disse: Peço-te, arremessa-te sobre mim, e mata-me, porque angústias me têm cercado, pois toda a minha vida está ainda em mim. 10Arremessei-me pois sobre
ele, e o matei, porque bem sabia eu que não viveria depois da sua queda, e tomei a coroa que tinha na cabeça, e a manilha que trazia no braço, e as trouxe aqui a meu senhor. 11Então apanhou Davi os seus vestidos, e os rasgou,
13.31
como também todos os homens que estavam com ele. 12E prantearam, e choraram, e jejuaram até à tarde por Saul, e por Jônatas, seu filho, e pelo povo do Senhor, e pela casa de Israel, porque tinham caído à espada. 13Disse então Davi ao mancebo que lhe trouxera a nova: Donde és tu? E disse ele: Sou filho de um homem estrangeiro, amalequita. 14E Davi lhe disse: Como
1Sm 24.6
26.9
31.4
não temeste tu estender a mão para matares ao ungido do Senhor? 15Então chamou
Davi a um dos mancebos, e disse: Chega, e lança-te sobre ele. E ele o feriu, e morreu. 16E disse-lhe Davi: O
2Sm 1.10
1Rs 2.32-33,37
Lc 19.22
teu sangue seja sobre a tua cabeça, porque a tua própria boca testificou contra ti, dizendo: Eu matei o ungido do Senhor.
17E lamentou Davi a Saul e a Jônatas, seu filho, com esta lamentação: 18(Dizendo
1Sm 31.3
ele que ensinassem aos filhos de Judá o uso do arco. Eis que está escrito no livro do Reto:) 19Ah! ornamento de Israel! nos teus altos fui ferido: como caíram
os valentes! 20Não o noticieis
16.23
1Sm 18.6
31.4,9
Mq 1.10
em Gate, não o publiqueis nas ruas de Ascalom, para que não se alegrem as filhas dos filisteus, para que não saltem de contentamento as filhas dos incircuncisos. 21Vós, montes de Gilboa,
1Sm 31.1
Jó 3.3-4
Jr 20.14
nem orvalho, nem chuva caia sobre vós nem sobre vós, campos de ofertas alçadas, pois aí desprezivelmente foi arrojado o escudo dos valentes, o escudo de Saul, como se não fora ungido
com óleo. 22Do sangue dos feridos, da gordura dos valentes, nunca se retirou para trás o arco de Jônatas, nem voltou vazia a espada de Saul. 23Saul e Jônatas, tão amados
e queridos na sua vida, também na sua morte se não separaram: eram mais ligeiros do que as águias, mais
fortes do que os leões. 24Vós, filhas de Israel, chorai por Saul, que vos vestia de escarlata em delícias, que vos fazia trazer ornamentos de ouro sobre os vossos vestidos. 25Como caíram os valentes no meio da peleja! Jônatas nos teus altos foi ferido. 26Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! mais maravilhoso me era o teu amor
19.2
20.17,41
23.16
do que o amor das mulheres. 27Como caíram
os valentes, e pereceram as armas de guerra!