Nova Almeida Atualizada (2017) (NAA)
4

A parábola do semeador

Mt 13.1-9; Lc 8.4-8

41Jesus começou a ensinar outra vez à beira-mar. E uma numerosa multidão se reuniu em volta dele, de modo que entrou num barco,

4.1
Lc 5.1-3
onde se assentou, afastando-se da praia. E todo o povo estava à beira-mar, na praia. 2Assim, ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e, durante o seu ensino, dizia:

3— Escutem! Eis que o semeador saiu a semear. 4E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. 5Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. 6Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. 7Outra parte caiu entre os espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. 8Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto; a semente brotou, cresceu e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.

4.8
Is 55.11

9E Jesus acrescentou:

— Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Por que Jesus usava parábolas

Mt 13.10-17; Lc 8.9-10

10Quando Jesus ficou só, os que estavam junto dele com os doze começaram a lhe fazer perguntas a respeito das parábolas. 11Jesus disse a eles:

— A vocês é dado conhecer o mistério do Reino de Deus, mas aos de fora tudo se ensina por meio de parábolas, 12para que, vendo, vejam

4.12
Is 6.9-10
e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se e sejam perdoados.

A explicação da parábola

Mt 13.18-23; Lc 8.11-15

13Então Jesus lhes perguntou:

— Se vocês não entendem esta parábola, como compreenderão todas as outras? 14O semeador semeia a palavra. 15Estes são os da beira do caminho, onde a palavra é semeada: quando a ouvem, logo Satanás vem e tira a palavra semeada neles. 16E estes são os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. 17Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo de pouca duração. Quando chega a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, 19mas as preocupações deste mundo, a fascinação da riqueza e outras ambições aparecem e sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. 20Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.

A luz

Lc 8.16-18

21Jesus também lhes disse:

— Será que alguém traz uma lamparina para que seja colocada debaixo de um cesto ou da cama? Por acaso não a coloca num lugar em que ilumine bem?

4.21
Mt 5.15
Lc 11.33
22Porque não há nada oculto,
4.22
Mt 10.26
Lc 12.2
senão para ser manifesto; e nada escondido, senão para ser revelado. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.

24Então lhes disse:

— Prestem bem atenção no que vocês ouvem. Com a medida com que tiverem medido

4.24
Mt 7.2
Lc 6.38
vocês serão medidos, e mais ainda lhes será acrescentado. 25Pois ao que tem,
4.25
Mt 13.12
25.29
Lc 19.26
mais será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.

A parábola da semente

26Jesus disse ainda:

— O Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. 27Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como.

4.27
Ec 11.5
28A terra por si mesma frutifica: primeiro aparece a planta, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. 29E, quando o fruto já está maduro, logo manda cortar com a foice, porque chegou a colheita.
4.29
Jl 3.13
Ap 14.15

A parábola do grão de mostarda

Mt 13.31-32; Lc 13.18-19

30Disse mais:

— Com que poderemos comparar o Reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? 31Ele é como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; 32mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças; cria ramos tão grandes, que as aves do céu podem se aninhar à sua sombra.

4.32
Ez 17.23

O uso das parábolas

Mt 13.34-35

33E com muitas parábolas semelhantes Jesus lhes expunha a palavra, conforme podiam compreendê-la.

4.33
Jo 16.12
34E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos.

Jesus acalma uma tempestade

Mt 8.23-27; Lc 8.22-25

35Naquele dia, sendo já tarde, Jesus disse aos discípulos:

— Vamos passar para a outra margem.

36E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. 37Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava se enchendo de água. 38E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro. Os discípulos o acordaram e lhe disseram:

— Mestre, o senhor não se importa que pereçamos?

39E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar:

— Acalme-se! Fique quieto!

O vento se aquietou, e tudo ficou bem calmo.

4.39
Sl 65.7
89.9
40Então Jesus lhes perguntou:

— Por que vocês são tão medrosos? Como é que ainda não têm fé?

41E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros:

— Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?