501Palavra que o Senhor falou contra a Babilônia e contra a terra dos caldeus, por meio do profeta Jeremias.
2“Anunciem entre as nações,
proclamem e levantem
um estandarte;
proclamem, não encubram nada.
Digam: ‘Babilônia foi tomada,
Bel foi humilhado,
Marduque foi destruído.
As suas imagens estão cobertas
de vergonha,
e seus ídolos tremem de terror.’”
3— Porque do Norte veio contra ela uma nação que tornará deserta a sua terra, e não haverá quem nela habite; tanto as pessoas como os animais fugiram e se foram. 4Naqueles dias, naquele tempo, diz o Senhor, os filhos de Israel voltarão, eles e os filhos de Judá juntamente;
andando e chorando, virão e buscarão o Senhor, seu Deus. 5Perguntarão pelo caminho que leva a Sião, com o rosto voltado para lá, e dirão: “Venham, vamos nos unir ao Senhor em aliança eterna que jamais será esquecida.”
6O meu povo tem sido um rebanho de ovelhas perdidas. Os seus pastores as fizeram andar errantes e deixaram que elas se desviassem para os montes. Andaram de monte em monte e se esqueceram do seu aprisco. 7Todos os que as acharam as devoraram. Os seus adversários diziam: “Não é culpa nossa!” Porque eles pecaram contra o Senhor, a morada da justiça,
e contra a esperança de seus pais, o Senhor.
8— Fujam da Babilônia!
Ap 18.4
Saiam da terra dos caldeus! Sejam como os bodes que vão adiante do rebanho! 9Porque eis que eu suscitarei e farei vir contra a Babilônia um conjunto de grandes nações da terra do Norte, e se porão em ordem de batalha contra ela; assim ela será tomada. As flechas deles serão como guerreiros bem treinados que nunca voltam de mãos vazias.
10— A Caldeia servirá de presa; todos os que a saquearem se fartarão, diz o Senhor.
11“Ainda que se alegrem e exultem,
ó saqueadores da minha herança,
ainda que saltem
como um bezerro no pasto
e fiquem rinchando
como um cavalo fogoso,
12a mãe de vocês ficará
profundamente envergonhada;
aquela que os deu à luz
será humilhada.
Eis que ela será
a última das nações,
um deserto, uma terra seca
e uma solidão.
13Por causa da indignação
do Senhor,
não será habitada,
mas ficará totalmente deserta.
Quem passar pela Babilônia
ficará espantado
e zombará por causa do desastre
que lhe aconteceu.
14Ponham-se em ordem de batalha
ao redor da Babilônia,
todos vocês que manejam o arco!
Atirem contra ela!
Não poupem flechas,
porque ela pecou contra o Senhor.
15Gritem contra ela, rodeando-a!
Ela já se rendeu.
As suas torres caíram
e as suas muralhas
vieram abaixo.
Esta é a vingança do Senhor;
vinguem-se dela;
façam com ela o que ela fez
com os outros.
16Eliminem da Babilônia
o que semeia
e o que maneja a foice
no tempo da colheita.
Por causa da espada do opressor,
cada um voltará para o seu povo
e cada um fugirá para a sua terra.”
17— Israel é cordeiro desgarrado, que os leões afugentaram. Primeiro, o rei da Assíria o devorou,
e, por fim, Nabucodonosor lhe quebrou os ossos. 18Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que castigarei o rei da Babilônia e a sua terra, como castiguei o rei da Assíria. 19Farei Israel voltar para a sua morada, e pastará no Carmelo e em Basã; matará a sua fome na região montanhosa de Efraim e em Gileade. 20Naqueles dias e naquele tempo, diz o Senhor, se sairá em busca da iniquidade de Israel, mas ela já não existirá; procurarão os pecados de Judá, mas eles não serão encontrados,
Jr 31.34
porque perdoarei aqueles que eu deixar como remanescente.
21“Ataque a terra de Merataim50.21 Merataim significa “dupla rebelião”
e os moradores de Pecode.50.21 Pecode significa “castigo”
Mate e destrua tudo após eles”,
diz o Senhor,
“e faça tudo o que lhe ordenei.
22Há na terra estrondo de batalha
e de grande destruição.
23Como está quebrado,
feito em pedaços
o martelo de toda a terra!
Como a Babilônia se tornou
objeto de horror
entre as nações!
24Preparei uma armadilha,
ó Babilônia,
e você, sem se dar conta, caiu nela.
Você foi surpreendida e apanhada,
porque desafiou o Senhor.
25O Senhor abriu o seu arsenal
e tirou dele as armas
da sua indignação,
porque o Senhor,
o Senhor dos Exércitos,
tem uma obra a realizar
na terra dos caldeus.
26Venham contra ela
de todos os confins da terra!
Abram os seus celeiros,
façam dela montões de ruínas,
destruam-na por completo!
Não deixem sobrar nada!
27Matem à espada
todos os seus touros!
Que sejam levados
para o matadouro!
Ai deles! Pois é chegado o seu dia,
o tempo do seu castigo.”
28— Ouve-se a voz dos que fugiram e escaparam da terra da Babilônia, para anunciarem em Sião a vingança do Senhor, nosso Deus, a vingança pelo que fizeram contra o seu templo.
29— Convoquem uma multidão de flecheiros para que ataquem a Babilônia. Acampem-se ao redor dela e não deixem ninguém escapar. Retribuam-lhe segundo a sua obra;
façam com ela o que ela fez com os outros. Porque ela procedeu com arrogância contra o Senhor, contra o Santo de Israel. 30Portanto, os seus jovens cairão nas suas praças, e todos os seus homens de guerra serão reduzidos a silêncio naquele dia,
diz o Senhor.
31“Eis que eu sou contra você,
cidade orgulhosa”,
diz o Senhor,
o Senhor dos Exércitos,
“porque chegou o seu dia,
o tempo em que hei de castigá-la.
32Então o orgulhoso tropeçará
e cairá,
e não haverá ninguém
que o levante.
Porei fogo nas suas cidades,
o qual queimará
todos os seus arredores.”
33— Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Os filhos de Israel e os filhos de Judá sofrem opressão juntamente. Todos aqueles que os levaram cativos os retêm e não querem deixá-los ir embora. 34Mas o Redentor deles é forte; Senhor dos Exércitos é o seu nome.
Certamente defenderá a causa deles, para aquietar a terra e inquietar os moradores da Babilônia.”
35Diz o Senhor:
“A espada virá sobre os caldeus,
sobre os moradores da Babilônia
e sobre os seus príncipes
e os seus sábios.
36A espada virá sobre os adivinhos,
e eles se tornarão tolos;
virá sobre os valentes dela,
e ficarão apavorados.
37A espada virá
sobre os seus cavalos
e sobre os seus carros de guerra.
Virá sobre os mercenários
que estão no meio dela,
e eles ficarão com medo
como se fossem mulheres.
A espada virá
sobre os tesouros dela,
e serão saqueados.
38A espada virá
sobre as suas águas,
e estas secarão;
porque é uma terra
de imagens de escultura,
e os seus moradores enlouquecem
por estas coisas horríveis.”
39— Por isso, as feras do deserto com os chacais habitarão na Babilônia; também os avestruzes habitarão nela.
Ap 18.2
Nunca mais será povoada, nem habitada de geração em geração. 40Como quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra
2Pe 2.6
Jd 7
e as suas cidades vizinhas, diz o Senhor, assim não habitará ninguém ali, nem morará nela homem algum.
41“Eis que um povo vem do Norte;
uma grande nação e muitos reis
se levantarão dos confins da terra.
42Armam-se de arco e de lança;
são cruéis e não conhecem
a compaixão.
O barulho que fazem
é como o bramido do mar.
Vêm montados em cavalos,
como guerreiros
em ordem de batalha
contra você, ó filha da Babilônia.
43O rei da Babilônia
ouviu a fama deles,
e as suas mãos desfaleceram;
a angústia se apoderou dele,
e dores, como de mulher
que está dando à luz.”
44— Eis que, como o leão sobe da floresta do Jordão contra o rebanho em pasto verde, assim, num momento, farei com que ela fuja dali. E estabelecerei sobre ela a quem eu escolher. Pois quem é semelhante a mim? Quem me pedirá contas? E quem é o pastor que me poderá resistir? 45Portanto, ouçam a decisão que o Senhor tomou contra a Babilônia, e os planos que ele fez contra a terra dos caldeus. Certamente até os menores do rebanho serão arrastados. Certamente as suas moradas serão destruídas por causa deles. 46A terra tremerá com o estrondo da tomada da Babilônia; e o seu grito será ouvido entre as nações.
511Assim diz o Senhor:
“Eis que levantarei
um vento destruidor
contra a Babilônia
e os seus habitantes.
2Enviarei estrangeiros
contra a Babilônia,
que a lançarão ao vento
como quem separa
o trigo da palha
e deixarão a terra deserta.
No dia da calamidade,
virão contra ela
de todos os lados.
3Que os flecheiros não tenham
tempo de entesar o arco
nem de vestir as suas armaduras.
Não poupem os seus jovens!
Destruam por completo
todo o seu exército!
4Que eles caiam mortos
na terra dos caldeus,
atravessados pela espada
nas ruas das suas cidades!
5Porque Israel e Judá
não enviuvaram do seu Deus,
do Senhor dos Exércitos;
mas a terra dos caldeus
está cheia de culpa
diante do Santo de Israel.”
6“Fujam da Babilônia!
Que cada um salve a sua vida!
Não sejam destruídos por causa
da maldade dela!
Porque é tempo
da vingança do Senhor:
ele lhe dará o castigo
que ela merece.
7A Babilônia era um copo de ouro
na mão do Senhor.
Esse copo embriagava toda a terra,
e do seu vinho
beberam as nações;
18.3
por isso, enlouqueceram.
8Repentinamente,
a Babilônia caiu
e ficou arruinada.
Chorem por ela!
Tragam bálsamo para a sua ferida;
talvez ela possa ser curada.
9Queríamos curar Babilônia,
mas ela não sarou.
Deixem-na, e que cada um vá
para a sua terra,
porque o seu juízo chega até o céu
e se eleva até as mais altas nuvens.
10O Senhor trouxe
a nossa justiça à luz.
Venham, e anunciemos em Sião
a obra do Senhor, nosso Deus.”
11“Afiem as flechas!
Preparem os escudos!”
O Senhor despertou o espírito dos reis dos medos,
porque o seu propósito é destruir a Babilônia. Pois esta é a vingança do Senhor, a vingança pelo que fizeram contra o seu templo.
12“Levantem um estandarte
contra as muralhas da Babilônia!
Reforcem a guarda!
Coloquem sentinelas!
Preparem emboscadas!
Porque o Senhor planejou
e fez o que tinha dito
a respeito dos moradores
da Babilônia.
13Você que mora
sobre muitas águas
e está rica de tesouros,
o seu fim chegou;
o fio da sua vida foi cortado.
14O Senhor dos Exércitos jurou
por si mesmo, dizendo:
‘Certamente eu a encherei
de homens,
como se fossem gafanhotos,
e eles darão o grito de vitória
sobre você.’”
15Deus fez a terra pelo seu poder.
Com a sua sabedoria,
estabeleceu o mundo;
e, com a sua inteligência,
estendeu os céus.
16Quando ele faz soar a sua voz,
logo há tumulto de águas no céu,
e nuvens sobem
das extremidades da terra.
Ele cria os relâmpagos para a chuva
e dos seus depósitos
faz sair o vento.
17Todas as pessoas são tolas
e não têm conhecimento.
Todo ourives é envergonhado
pela imagem que ele mesmo
esculpiu,
pois as suas imagens são falsas,
e nelas não há fôlego de vida.
18São vaidade, obras ridículas.
Quando chegar o tempo
do seu castigo, virão a perecer.
19Aquele que é a Porção de Jacó
não é semelhante a essas imagens,
porque ele é o Criador
de todas as coisas,
e Israel é a tribo da sua herança.
Senhor dos Exércitos
é o seu nome.
20“Babilônia,
você era o meu martelo
e minhas armas de guerra.
Por meio de você,
despedacei nações
e destruí reinos.
21Por meio de você,
despedacei o cavalo
e o seu cavaleiro;
despedacei o carro de guerra
e o seu cocheiro.
22Por meio de você,
despedacei homens e mulheres,
despedacei velhos e jovens,
despedacei rapazes e moças.
23Por meio de você,
despedacei o pastor
e o seu rebanho,
despedacei o lavrador
e a sua junta de bois,
despedacei governadores
e autoridades.”
24— Diante dos olhos de vocês, pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldeia toda a maldade que fizeram em Sião, diz o Senhor.
25“Eis que sou contra você,
ó montanha destruidora,
que destrói toda a terra”,
diz o Senhor.
“Estenderei a mão contra você,
farei com que role
do alto das rochas
e se transforme
em monte queimado.
26De você não será tirada
nenhuma pedra
para ser pedra angular
ou para fazer um alicerce,
porque você será
uma desolação perpétua”,
diz o Senhor.
27“Levantem um estandarte
na terra,
toquem a trombeta
entre as nações,
preparem as nações
para lutarem contra ela.
Convoquem contra ela os reinos
de Ararate, Mini e Asquenaz.
Nomeiem contra ela
um comandante.
Façam vir cavalos
como gafanhotos eriçados.
28Preparem as nações
para lutarem contra ela,
os reis dos medos,
os seus governadores,
todas as suas autoridades
e toda a terra do seu domínio.
29A terra treme
e se contorce em dores,
porque os planos do Senhor
contra a Babilônia estão firmes,
para fazer da terra da Babilônia
uma desolação,
sem que haja quem nela habite.
30Os valentes da Babilônia
pararam de lutar
e permanecem nas fortalezas.
Desfaleceu-lhes a força,
tornaram-se como mulheres.
As suas casas estão em chamas,
os ferrolhos dos portões
foram quebrados.
31Um arauto sai ao encontro
de outro arauto,
um mensageiro sai ao encontro
de outro mensageiro,
para anunciar ao rei da Babilônia
que a sua cidade foi invadida
de todos os lados,
32que as passagens do rio
estão ocupadas,
as fortalezas estão em chamas,
e os homens de guerra,
amedrontados.
33Porque assim diz
o Senhor dos Exércitos,
o Deus de Israel:
‘A filha da Babilônia é como a eira
quando é aplanada e pisada;
ainda um pouco, e chegará para ela
o tempo da colheita.’”
34“Nabucodonosor,
rei da Babilônia, nos devorou,
esmagou-nos e fez de nós
um objeto inútil.
Como monstro marinho,
nos engoliu,
encheu a sua barriga
com as nossas comidas finas
e nos jogou fora.
35Que a moradora de Sião diga:
‘A violência que se fez a mim
e à minha carne
caia sobre a Babilônia!’
Que Jerusalém diga:
‘O meu sangue caia
sobre os moradores
da Caldeia!’”
36Portanto, assim diz o Senhor:
“Eis que defenderei a sua causa
e vingarei o mal que lhe fizeram.
Secarei as águas da Babilônia
e farei com que se esgotem
as suas fontes.
37Babilônia se tornará
um montão de ruínas,
morada de chacais,
objeto de espanto e de vaias,
e não haverá quem nela habite.
38Os babilônios rugem como leões
e rosnam como leõezinhos.
39Estando eles esganados,
prepararei um banquete para eles.
Eu os deixarei embriagados,
para que se alegrem
e durmam sono eterno
e não acordem”,
diz o Senhor.
40“Farei com que sejam levados
como cordeiros ao matadouro,
como carneiros e bodes.”
41“Como foi tomada a Babilônia,
e apanhada de surpresa
a glória de toda a terra!
Como é possível?
Babilônia se tornou
objeto de horror
entre as nações.
42O mar invadiu a Babilônia
e a cobriu com a multidão
das suas ondas.
43Suas cidades se tornaram
em desolação,
terra seca e deserta,
terra em que ninguém habita
e por onde não passa ninguém.
44Castigarei Bel na Babilônia
e farei com que lance de sua boca
o que engoliu.
As nações nunca mais
afluirão a ele.
Também a muralha da Babilônia
cairá.”
45“Saia do meio dela, meu povo!
Que cada um salve a sua vida
do furor da ira do Senhor.
51.6
46Não desfaleça
o coração de vocês,
nem tenham medo do rumor
que se há de ouvir na terra.
Pois virá num ano um rumor,
noutro ano, outro rumor.
Haverá violência na terra,
dominador contra dominador.”
47“Portanto, eis que vêm dias
em que castigarei
as imagens de escultura
da Babilônia.
Toda a sua terra
será envergonhada,
e todos os seus feridos
cairão no meio dela.
48Os céus, a terra
e tudo o que neles há
jubilarão
sobre a Babilônia,
porque do Norte
lhe virão os destruidores”,
diz o Senhor.
49“Como a Babilônia fez cair
os feridos de Israel,
assim, na Babilônia, cairão
os feridos de toda a terra.”
50“Vocês que escaparam
da espada,
andem, não parem!
De longe, lembrem-se do Senhor
e pensem em Jerusalém.
51Vocês dirão:
‘Estamos envergonhados,
porque ouvimos falar da afronta.
O nosso rosto
se cobre de vergonha,
porque vieram estrangeiros
e entraram nos santuários
da Casa do Senhor.’”
Lm 1.10
52“Portanto, eis que vêm dias”,
diz o Senhor,
“em que castigarei
as imagens de escultura
da Babilônia;
e em toda a terra
os feridos gemerão.
53Mesmo que a Babilônia
subisse aos céus
e mesmo que fortificasse no alto
a sua fortaleza,
ainda assim eu mandaria
destruidores contra ela”,
diz o Senhor.
54“Da Babilônia se ouvem gritos,
e da terra dos caldeus,
o ruído de grande destruição.
55Porque o Senhor está destruindo
a Babilônia
e fazendo cessar o barulho
que ela faz.
As suas ondas bramarão
como muitas águas
e se ouvirá o tumulto da sua voz.
56Porque um destruidor
vem contra ela,
contra a Babilônia;
os seus valentes estão presos,
já estão quebrados os seus arcos.
Porque o Senhor é Deus
que retribui,
Jr 51.6,24
e ele certamente lhe retribuirá.
57Deixarei embriagados
os seus príncipes,
os seus sábios,
os seus governadores,
as suas autoridades
e os seus valentes.
Dormirão sono eterno
e não acordarão”,
diz o Rei, cujo nome é
Senhor dos Exércitos.
58Assim diz o Senhor
dos Exércitos:
“A grossa muralha da Babilônia
será totalmente derrubada,
e os seus altos portões
serão incendiados.
Assim, os povos
trabalharam em vão,
e o esforço das nações acabou
sendo consumido pelo fogo.”
59Esta é a ordem que o profeta Jeremias deu a Seraías, filho de Nerias, filho de Maaseias, quando este estava de saída para a Babilônia com Zedequias, rei de Judá, no quarto ano do seu reinado. Seraías era o chefe dos camareiros. 60Jeremias escreveu num livro todo o mal que havia de vir sobre a Babilônia, a saber, todas as palavras já escritas contra a Babilônia. 61Jeremias disse a Seraías:
— Quando você chegar à Babilônia, trate de ler em voz alta todas estas palavras. 62Depois, diga: “Ó Senhor! Tu falaste a respeito deste lugar que o exterminarias, a fim de que nada fique nele, nem pessoa nem animal, e que se tornaria em desolação perpétua.” 63Quando você acabar de ler o livro, amarre-o numa pedra e jogue-o no meio do Eufrates. 64Então diga: “Assim será afundada a Babilônia e não se levantará, por causa do mal que eu hei de trazer sobre ela; e os seus moradores sucumbirão.”
Até aqui as palavras de Jeremias.
47.1-15
Ap 18.21
521Zedequias tinha vinte e um anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna. 2Zedequias fez o que era mau aos olhos do Senhor, segundo tudo o que Jeoaquim havia feito. 3Foi por causa da ira do Senhor contra Jerusalém e contra Judá que isto aconteceu, a ponto de os rejeitar da sua presença.
Zedequias rebelou-se contra o rei da Babilônia. 4Aconteceu que, no nono ano do reinado de Zedequias, aos dez dias do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército. Sitiaram a cidade
e construíram rampas de ataque ao redor dela. 5A cidade ficou sitiada até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias. 6Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada pela fome, e não havia pão para o povo da terra, 7a cidade foi arrombada.
Embora os caldeus estivessem em volta da cidade, todos os homens de guerra fugiram e saíram de noite pelo caminho do portão que fica entre as duas muralhas perto do jardim do rei. Fugiram na direção do vale do Jordão. 8Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o exército deste se dispersou e o abandonou. 9Então Zedequias foi preso e levado ao rei da Babilônia, em Ribla, na terra de Hamate, o qual lhe pronunciou a sentença. 10O rei da Babilônia mandou matar os filhos de Zedequias à vista deste; também mandou matar todas as autoridades de Judá, em Ribla. 11Mandou furar os olhos
de Zedequias, amarrou-o com correntes de bronze, levou-o à Babilônia e o conservou no cárcere até o dia da sua morte.
12No décimo dia do quinto mês, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém. 13Ele queimou a Casa do Senhor
e o palácio real, bem como todas as casas de Jerusalém. Também entregou às chamas todas as construções importantes. 14Todo o exército dos caldeus que estava com o chefe da guarda derrubou todas as muralhas ao redor de Jerusalém. 15Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos os mais pobres do povo, o resto do povo que havia ficado na cidade, os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia e o restante da população. 16Porém Nebuzaradã, o chefe da guarda, deixou alguns dos mais pobres da terra para serem vinhateiros e lavradores.
17Os caldeus cortaram em pedaços as colunas de bronze
que estavam na Casa do Senhor, bem como os suportes e o mar de bronze que estavam na Casa do Senhor; e levaram todo o bronze para a Babilônia. 18Levaram também as panelas, as pás, os apagadores, as bacias, os recipientes de incenso e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava. 19O chefe da guarda levou também os copos, os braseiros, as bacias, as panelas, os candelabros, os recipientes de incenso e as taças, tudo o que fosse de ouro ou de prata. 20Quanto às duas colunas, ao mar de bronze e aos doze touros de bronze que o sustentavam, e que Salomão havia feito para a Casa do Senhor, o peso do bronze de todos esses utensílios era incalculável. 21Quanto às colunas, a altura de uma era de oito metros, e um cordão de cinco metros e trinta e cinco a cercava. Eram ocas, e a grossura do metal era de dez centímetros. 22Sobre ela havia um capitel de bronze; a altura de cada capitel era de dois metros e vinte. A obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor eram de bronze. 23Semelhante a esta era a outra coluna com as romãs. Havia noventa e seis romãs aos lados; todas as romãs sobre a obra de rede ao redor eram cem.
24O chefe da guarda também levou cativos Seraías, sumo sacerdote, Sofonias, segundo sacerdote, e os três guardas da porta. 25Da cidade ele levou um oficial, que era comandante das tropas de guerra, e sete conselheiros do rei que ainda estavam na cidade, bem como o escrivão-chefe do exército, que alistava o povo da terra, e sessenta homens do povo do lugar, que estavam na cidade. 26Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou-os ao rei da Babilônia, em Ribla. 27O rei da Babilônia os matou ali mesmo, em Ribla, na terra de Hamate.
Assim Judá foi levado cativo para fora de sua terra. 28Este é o povo que Nabucodonosor levou para o exílio: no sétimo ano, três mil e vinte e três judeus; 29no décimo oitavo ano de Nabucodonosor, ele levou cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas pessoas; 30no vigésimo terceiro ano de Nabucodonosor, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativas, dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco pessoas. Ao todo, foram levadas quatro mil e seiscentas pessoas.
31No trigésimo sétimo ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e cinco do décimo segundo mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano em que começou a reinar, libertou Joaquim, rei de Judá, e o fez sair do cárcere. 32Falou com ele de modo bondoso e lhe deu um lugar de mais honra do que a dos reis que estavam com ele na Babilônia. 33Permitiu que ele deixasse de usar as roupas de prisioneiro, e Joaquim passou a comer na presença dele todos os dias da sua vida. 34E da parte do rei da Babilônia lhe foi dada subsistência vitalícia, uma pensão diária, até o dia da sua morte, durante todos os dias da sua vida.