21Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
2Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha amiga entre as filhas.
3Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra e debaixo dela me assento;
e o seu fruto é doce ao meu paladar. 4Levou-me 2.4 Hebr. casa do vinhoà sala do banquete, e o seu estandarte em mim era o amor. 5Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor. 6A
sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace.
7Conjuro-vos,
8.4
ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.
8Esta é a voz do meu amado; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros. 9O meu amado
é semelhante ao gamo ou ao filho do corço; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, reluzindo pelas grades. 10O meu amado fala e me diz:
Levanta-te,
amiga minha, formosa minha, e vem. 11Porque eis que passou o inverno: a chuva cessou e se foi. 12Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. 13A figueira já deu os seus figuinhos, e as vides em flor exalam o seu aroma.
Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem. 14Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face,
faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face, aprazível.
15Apanhai-me
Lc 13.32
as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor. 16O meu amado
7.10
é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios. 17Antes
que refresque o dia e caiam as sombras,
8.14
volta, amado meu; faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos corços sobre os montes de Beter.
31De noite
busquei em minha cama aquele a quem ama a minha alma; busquei-o e não o achei. 2Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o e não o achei. 3Acharam-me
os guardas, que rondavam pela cidade; eu perguntei-lhes: Vistes aquele a quem ama a minha alma? 4Apartando-me eu um pouco deles, logo achei aquele a quem ama a minha alma; detive-o, até que o introduzi em casa de minha mãe, na câmara daquela que me gerou. 5Conjuro-vos,
8.4
ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.
6Quem é esta
que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso e de toda a sorte de pós aromáticos? 7Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel. 8Todos armados de espadas, destros na guerra; cada um com a sua espada à cinta, por causa dos temores noturnos. 9O rei Salomão fez para si um palanquim de madeira do Líbano. 10Fez-lhe as colunas de prata, o estrado de ouro, o assento de púrpura, o interior revestido com amor pelas filhas de Jerusalém. 11Saí, ó filhas de Sião, e contemplai o rei Salomão com a coroa com que o coroou sua mãe no dia do seu desposório e no dia do júbilo do seu coração.
41Eis que
5.12
és formosa, amiga minha, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas entre as tuas tranças, o teu cabelo é como o rebanho de cabras que pastam no monte de Gileade. 2Os
teus dentes são como o rebanho das ovelhas tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma há estéril entre elas. 3Os teus lábios são como um fio de escarlata, e o teu falar é doce;
a tua fronte é qual pedaço de romã 4.3 ou atrás do teu véuentre as tuas tranças. 4O teu pescoço
é como a torre de Davi, edificada para pendurar armas; mil escudos pendem dela, todos broquéis de valorosos. 5Os teus dois peitos
Ct 7.3
são como dois filhos gêmeos da gazela, que se apascentam entre os lírios.
6Antes
que refresque o dia e caiam as sombras, irei ao monte da mirra e ao outeiro do incenso.
7Tu és toda formosa,
amiga minha, e em ti não há mancha. 8Vem comigo do Líbano, minha esposa, vem comigo do Líbano; olha desde o cume de Amana,
desde o cume de Senir e de Hermom, desde as moradas dos leões, desde os montes dos leopardos. 9Tiraste-me o coração, minha irmã, minha esposa; tiraste-me o coração com um dos teus olhos, com um colar do teu pescoço. 10Que belos são os teus amores, irmã minha! Ó esposa minha! Quanto melhores são os teus amores
do que o vinho! E o aroma dos teus bálsamos do que o de todas as especiarias! 11Favos de mel manam dos teus lábios,
Pv 24.13-14
Ct 5.1
Os 14.6-7
minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro das tuas vestes é como o cheiro do Líbano. 12Jardim fechado és tu, irmã minha, esposa minha, manancial fechado, fonte selada. 13Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes: o cipreste e o nardo, 14o nardo e o açafrão, o cálamo e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias. 15És a fonte
7.38
dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano!
16Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Se viesse o meu amado para o seu jardim, e comesse os seus frutos excelentes!