Almeida Revista e Corrigida (2009) (ARC)
18

Cântico de louvor a Deus pelas suas muitas bênçãos

Para o cantor-mor. Salmo do servo do Senhor, Davi, que disse as palavras deste cântico ao Senhor, no dia em que o Senhor o livrou de todos os seus inimigos e das mãos de Saul

181Eu te amarei do coração, ó Senhor, fortaleza minha. 2O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio;

18.2
Hb 1.13
o meu escudo, 18.2 Hebr. o chifrea força da minha salvação e o meu alto refúgio. 3Invocarei o nome do Senhor, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos.

4Cordéis de morte me cercaram, e torrentes de impiedade me assombraram. 5Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam.

6Na angústia, invoquei ao Senhor e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz e aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.

7Então, a terra

18.7
At 4.31
se abalou e tremeu; e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto se indignou. 8Do seu nariz subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo que consumia; carvões se acenderam dele. 9Abaixou os céus e desceu, e a escuridão estava debaixo de seus pés. 10E montou num querubim e voou; sim, voou sobre as asas do vento. 11Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus. 12Ao resplendor da sua presença as nuvens se espalharam, e a saraiva, e as brasas de fogo. 13E o Senhor trovejou nos céus; o Altíssimo levantou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo. 14Despediu
18.14
Is 30.30
as suas setas e os espalhou; multiplicou raios e os perturbou. 15Então, foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo; pela tua repreensão, Senhor, ao soprar das tuas narinas.

16Enviou desde o alto e me tomou; tirou-me das muitas águas. 17Livrou-me do meu inimigo forte e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu. 18Surpreenderam-me no dia da minha calamidade; mas o Senhor foi o meu amparo. 19Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.

20Recompensou-me

18.20
1Sm 24.19
o Senhor conforme a minha justiça e retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos. 21Porque guardei os caminhos do Senhor e não me apartei impiamente do meu Deus. 22Porque todos os seus juízos estavam diante de mim, e não rejeitei os seus estatutos. 23Também fui sincero perante ele e me guardei da minha iniquidade. 24Pelo que me retribuiu o Senhor conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos.

25Com o benigno te mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero; 26com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável. 27Porque tu livrarás o povo aflito e abaterás os olhos altivos. 28Porque tu

18.28
Jó 18.6
acenderás a minha candeia; o Senhor, meu Deus, alumiará as minhas trevas. 29Porque contigo entrei pelo meio de um esquadrão e com o meu Deus saltei uma muralha. 30O caminho de Deus
18.30
Dt 32.4
é perfeito; a palavra do Senhor é provada; é um escudo para todos os que nele confiam.

31Porque, quem

18.31
Dt 32.31,39
é Deus senão o Senhor? E quem é rochedo senão o nosso Deus? 32Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho. 33Faz os meus pés como os das cervas e põe-me nas minhas alturas. 34Adestra as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços quebraram um arco de cobre. 35Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me susteve, e a tua mansidão me engrandeceu. 36Alargaste os meus passos e os meus artelhos não vacilaram. 37Persegui os meus inimigos e os alcancei; não voltei, senão depois de os ter consumido. 38Atravessei-os, de sorte que não se puderam levantar; caíram debaixo dos meus pés. 39Pois me cingiste de força para a peleja; fizeste abater debaixo de mim aqueles que contra mim se levantaram. 40Deste-me também o pescoço dos meus inimigos, para que eu pudesse destruir os que me aborrecem. 41Clamaram,
18.41
Pv 1.28
Is 1.15
mas não houve quem os livrasse; até ao Senhor, mas ele não lhes respondeu. 42Então, os esmiucei como o pó diante do vento; deitei-os fora como a lama das ruas.

43Livraste-me das contendas do povo e me fizeste cabeça das nações; um povo que não conheci me servirá. 44Em ouvindo a minha voz, me obedecerão; os estranhos se submeterão a mim. 45Os estranhos decairão e terão medo nas suas fortificações.

46O Senhor vive; e bendito seja o meu rochedo, e exaltado seja o Deus da minha salvação. 47É Deus que me vinga inteiramente e sujeita

18.47
Sl 47.4
os povos debaixo de mim; 48o que me livra de meus inimigos; — sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra mim, tu me livras do homem violento.

49Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações e cantarei louvores ao teu nome. 50É ele que

18.50
2Sm 7.13
engrandece as vitórias do seu rei e usa de benignidade com o seu ungido, com Davi, e com a sua posteridade para sempre.