Almeida Revista e Corrigida (2009) (ARC)
4

Elifaz repreende Jó

41Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: 2Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras? 3Eis que ensinaste a muitos e esforçaste

4.3
Is 35.3
as mãos fracas. 4As tuas palavras levantaram os que tropeçavam,
4.4
Is 35.3
e os joelhos desfalecentes fortificaste. 5Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas. 6Porventura, não era o
4.6
Jó 1.1
Pv 3.26
teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?

7Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? 8Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam

4.8
Pv 22.8
Os 10.13
Gl 6.7-8
isso mesmo. 9Com o hálito de Deus perecem; e com o assopro da sua ira se consomem. 10O bramido do leão, e a voz do leão feroz, e os dentes dos leõezinhos se quebrantam. 11Perece o leão velho, porque não há presa, e os filhos da leoa andam dispersos.

12Uma palavra se me disse em segredo; e os meus ouvidos perceberam um sussurro dela. 13Entre pensamentos de visões da noite, quando cai sobre os

4.13
Jó 33.15
homens o sono profundo, 14sobreveio-me o espanto e o
4.14
Hc 3.16
tremor, e todos os meus ossos estremeceram. 15Então, um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne; 16parou ele, mas não conheci a sua feição; um vulto estava diante dos meus olhos; e, calando-me, ouvi uma voz que dizia: 17Seria, porventura,
4.17
Jó 9.2
o homem mais justo do que Deus? Seria, porventura, o varão mais puro do que o seu Criador? 18Eis que
4.18
Jó 15.15
25.5
2Pe 2.4
nos seus servos não confia e nos seus anjos encontra loucura; 19quanto
4.19
Jó 15.16
2Co 4.7
5.1
mais naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são machucados como a traça! 20Desde de manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem, sem que disso se faça caso. 21Porventura, não passa com eles a sua excelência? Morrem, mas sem sabedoria.