Almeida Revista e Corrigida (2009) (ARC)
31

Jó declara sua integridade nos seus deveres

311Fiz concerto com os meus olhos;

31.1
Mt 5.28
como, pois, os fixaria numa virgem? 2Porque qual seria a parte
31.2
Jó 20.29
27.13
de Deus vinda de cima, ou a herança do Todo-Poderoso desde as alturas? 3Porventura, não é a perdição para o perverso, e o desastre, para os que praticam iniquidade? 4Ou não vê
31.4
2Cr 16.9
Jó 34.21
Pv 5.21
15.3
Jr 32.19
ele os meus caminhos e não conta todos os meus passos?

5Se andei com vaidade, e se o meu pé se apressou para o engano 6(pese-me em balanças fiéis, e saberá Deus a minha sinceridade); 7se os meus passos se desviaram do caminho, e se o meu coração

31.7
Nm 15.39
Ec 11.9
Ez 6.9
Mt 5.29
segue os meus olhos, e se às minhas mãos se apegou alguma coisa, 8então, semeie eu,
31.8
Lv 26.16
Dt 28.30,38
e outro coma, e seja a minha descendência arrancada até à raiz.

9Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou se eu andei rondando à porta do meu próximo, 10então, moa minha mulher para

31.10
2Sm 12.11
Jr 8.10
outro, e outros se encurvem sobre ela. 11Porque isso seria uma
31.11
Gn 38.24
Lv 20.10
Dt 22.22
Jó 31.28
infâmia e delito, pertencente aos juízes. 12Porque é fogo que consome até à perdição e desarraigaria toda a minha renda.

13Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo, 14então, que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo a causa, que lhe responderia? 15Aquele

31.15
Jó 34.19
Pv 14.31
22.2
Ml 3.10
que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?

16Se retive o que os pobres desejavam ou fiz desfalecer os olhos da viúva; 17ou sozinho comi o meu bocado, e o órfão não comeu dele 18(porque desde a minha mocidade cresceu comigo como com seu pai, e o guiei desde o ventre da minha mãe); 19se a alguém vi perecer por falta de veste e, ao necessitado, por não ter coberta; 20se os seus lombos me não

31.20
Dt 24.13
abençoaram, se ele não se aquentava com as peles dos meus cordeiros; 21se eu levantei a mão contra
31.21
Jó 22.9
o órfão, porque na porta via a minha ajuda, 22então, caia do ombro a minha espádua, e quebre-se o meu braço desde o osso. 23Porque o castigo de Deus era para mim um
31.23
Is 13.7
Jl 1.15
assombro, e eu não podia suportar a sua grandeza.

24Se

31.24
Mc 10.24
1Tm 6.17
no ouro pus a minha esperança ou disse ao ouro fino: Tu és a minha confiança; 25se
31.25
Pv 11.28
me alegrei de que era muita a minha fazenda e de que a minha mão tinha alcançado muito; 26se olhei
31.26
Dt 4.19
11.16
17.3
Ez 3.16
para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, caminhando gloriosa; 27e o meu coração se deixou enganar em oculto, e a minha boca beijou a minha mão, 28também isto seria
31.28
Jó 31.11
delito pertencente ao juiz; pois assim negaria a Deus, que está em cima.

29Se me alegrei

31.29
Pv 17.5
da desgraça do que me tem ódio, e se eu exultei quando o mal o achou 30(também não deixei
31.30
Mt 5.44
Rm 12.14
pecar o meu paladar, desejando a sua morte com maldição); 31se a gente da minha tenda não disse: Ah! Quem se não terá saciado com a sua carne! 32O estrangeiro
31.32
Gn 19.2-3
não passava a noite na rua; as minhas portas abria ao viandante. 33Se, como Adão, encobri as minhas
31.33
Gn 3.8,12
Pv 28.13
transgressões, ocultando o meu delito no meu seio, 34trema eu perante uma
31.34
Êx 23.2
grande multidão, e o desprezo das famílias me apavore, e eu me cale, e não saia da porta. 35Ah! Quem me dera um que me ouvisse! Eis que o meu intento é que o Todo-Poderoso
31.35
Jó 13.22
me responda e que o meu adversário escreva um livro. 36Por certo que o levaria sobre o meu ombro, sobre mim o ataria como coroa. 37O número dos meus passos lhe mostraria; como
31.37
1Rs 21.19
Tg 5.4
príncipe me chegaria a ele.

38Se a minha terra clamar contra mim, e se os seus regos juntamente chorarem; 39se comi a sua novidade sem dinheiro e sufoquei a alma dos seus donos, 40por trigo me produza cardos,

31.40
Gn 3.18
e por cevada, joio. Acabaram-se as palavras de Jó.