Almeida Revista e Atualizada (1993) (ARA)
1

Uso dos provérbios

11Provérbios

1.1
1Rs 4.32
de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel.

2Para aprender a sabedoria e o ensino;

para entender as palavras de inteligência;

3para obter o ensino do bom proceder,

a justiça, o juízo e a equidade;

4para dar aos simples prudência

e aos jovens, conhecimento e bom siso.

5Ouça o sábio e cresça em prudência;

e o instruído adquira habilidade

6para entender provérbios e parábolas,

as palavras e enigmas dos sábios.

7O temor do Senhor

1.7
Pv 9.10
é o princípio do saber,

mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.

Contra as seduções dos pecadores

8Filho meu, ouve o ensino de teu pai

e não deixes a instrução de tua mãe.

9Porque serão diadema de graça para a tua cabeça

e colares, para o teu pescoço.

10Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te,

não o consintas.

11Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue,

espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes;

12traguemo-los vivos, como o abismo,

e inteiros, como os que descem à cova;

13acharemos toda sorte de bens preciosos;

encheremos de despojos a nossa casa;

14lança a tua sorte entre nós;

teremos todos uma só bolsa.

15Filho meu, não te ponhas a caminho com eles;

guarda das suas veredas os pés;

16porque os seus pés correm para o mal

e se apressam a derramar sangue.

17Pois debalde se estende a rede

à vista de qualquer ave.

18Estes se emboscam contra o seu próprio sangue

e a sua própria vida espreitam.

19Tal é a sorte de todo ganancioso;

e este espírito de ganância tira a vida de quem o possui.

Clama a Sabedoria

20Grita na rua a Sabedoria,

nas praças, levanta a voz;

21do alto dos muros clama,

à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras:

1.20-21
Pv 8.1-3

22Até quando, ó néscios, amareis a necedade?

E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio?

E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?

23Atentai para a minha repreensão;

eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito

e vos farei saber as minhas palavras.

24Mas, porque clamei, e vós recusastes;

porque estendi a mão, e não houve quem atendesse;

25antes, rejeitastes todo o meu conselho

e não quisestes a minha repreensão;

26também eu me rirei na vossa desventura,

e, em vindo o vosso terror, eu zombarei,

27em vindo o vosso terror como a tempestade,

em vindo a vossa perdição como o redemoinho,

quando vos chegar o aperto e a angústia.

28Então, me invocarão, mas eu não responderei;

procurar-me-ão, porém não me hão de achar.

29Porquanto aborreceram o conhecimento

e não preferiram o temor do Senhor;

30não quiseram o meu conselho

e desprezaram toda a minha repreensão.

31Portanto, comerão do fruto do seu procedimento

e dos seus próprios conselhos se fartarão.

32Os néscios são mortos por seu desvio,

e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição.

33Mas o que me der ouvidos habitará seguro,

tranquilo e sem temor do mal.