Almeida Revista e Atualizada (1993) (ARA)
18

O maior no reino dos céus

Mc 9.33-37; Lc 9.46-48

181Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior

18.1
Lc 22.24
no reino dos céus? 2E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. 3E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes
18.3
Mc 10.15
Lc 18.17
e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. 4Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. 5E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.

Os tropeços

Mc 9.42-48; Lc 17.1-2

6Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.

7Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo! 8Portanto, se a tua mão

18.8
Mt 5.30
ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. 9Se um dos teus olhos
18.9
Mt 5.29
te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.

A parábola da ovelha perdida

Lc 15.3-7

10Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste. 11[Porque o Filho do Homem

18.11
Lc 19.10
veio salvar o que estava perdido.] 12Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou? 13E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior prazer sentirá por causa desta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. 14Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.

Como se deve tratar a um irmão culpado

15Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. 16Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas,

18.16
Dt 17.6
19.15
toda palavra se estabeleça. 17E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. 18Em verdade vos digo que tudo o que ligardes
18.18
Mt 16.19
Jo 20.23
na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. 19Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. 20Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.

Quantas vezes se deve perdoar a um irmão

Lc 17.3-4

21Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? 22Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

A parábola do credor incompassivo

23Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. 24E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. 26Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. 27E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. 28Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. 29Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. 30Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. 31Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. 32Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; 33não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? 34E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. 35Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.